terça-feira, 12 de dezembro de 2017

MOBEM -MOVIMENTO BASTA COM ERROS MÉDICOS: Abaixo-assinado Opção do paciente do sigilo ou não...

MOBEM -MOVIMENTO BASTA COM ERROS MÉDICOS: Abaixo-assinado Opção do paciente do sigilo ou não...: A favor de maior transparência no prontuário médico,onde o paciente optaria pelo sigilo do prontuário ou não,sendo que esse prontuário seri...

Levantamento da Anvisa aponta erros médicos que matam e deixam sequelas

A cada hora, pelo menos três pacientes sofrem algum incidente em unidades de saúde do Brasil

Rio -  Em determinados momentos, a impressão é que a coisa menos importante dentro de um hospital é o doente. A cada hora, pelo menos três pacientes sofrem algum incidente em unidades de saúde do Brasil. São vítimas de erros grotescos, verdadeiras trapalhadas, que, muitas vezes, são fatais. Episódios que beiram o absurdo, como o misterioso desaparecimento do corpo de um bebê em um hospital do Méier, fazem parte da série de aberrações. Essas falhas, que poderiam ser evitadas, são classificadas como Eventos Adversos (EA) e Never Events (NE), erros graves que nunca deveriam ocorrer em serviços de saúde. Casos bizarros, como esquecer material hospitalar dentro do paciente após a cirurgia, operar o lado errado do corpo ou até o paciente errado, constam na lista de EA e NE da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Pietro, filho de Crislayne, nasceu com microcefaliaEstefan Radovicz / Agência O Dia

O mais recente levantamento da Anvisa, com base nas notificações feitas pelos 1.372 Núcleos de Segurança do Paciente (NSP) do país, relata 796 NE, com 16 óbitos, em 2015. Os EA atingiram 31.774 casos nos serviços de saúde pública e privada do Brasil. Os números assombrosos da Anvisa estão longe de retratar a realidade, que é muito mais grave, já que a praxe é ocultar os casos.
"Os EA que ocorrem a nível ambulatorial, em relação ao uso inadequado de medicamentos, são raramente notificados, principalmente, quando não há um sistema de saúde integrado (ambulatório e hospitais de referência)", apontou o médico Alfredo Guarischi, membro da Câmara Técnica de Segurança do Paciente do Conselho Federal de Medicina (CFM). Segundo ele, um dos motivos da subnotificação é a possibilidade de judicialização. "Existem situações em que pode ter ocorrido imperícia, imprudência ou negligência, mas há também a 'indústria do erro', com a busca de ganho financeiro diante um EA".

Mãe de Crislayne, Cristiane, mostra fratura da filhaEstefan Radovicz / Agência O Dia

Mesmo com as subnotificações, o número é 278% maior em 2015 do que o comunicado em 2014, quando foram registrados 8.400 incidentes. Por causa dessas 'barbeiragens', 232 pessoas morreram. Apesar de a pesquisa abranger todos as unidades de saúde, é nos hospitais onde ocorrem a grande maioria dos casos: 93%. Os pacientes mais vitimados são os da faixa etária entre 56 e 85 anos, com 46% dos casos. Mas, os bebês também são machucados: 1.531 crianças, entre 29 dias e um ano, sofreram alguma lesão por causa de erros tolos. "Os eventos adversos acontecem todos os dias, desde a recepção até o atendimento médico", garantiu o presidente da Associação de Vítimas de Erros Médicos de São Paulo (Advitem), Luiz Carlos Soares da Silveira, que recebe 15 denúncias por mês. "É muito triste. Quando a pessoa procura o socorro é porque está sofrendo e deposita as esperanças nas mãos dos profissionais de saúde. Mas, acaba sendo punida por confiar", lamentou Silveira.

Em outubro, a estudante Crislayne Scala dos Santos, de 16 anos, alegou ter tido os ossos da bacia fraturados durante o nascimento do filho numa maternidade da Baixada Fluminense. Segundo Guarischi, os mecanismos que levam a um erro sem danos é o mesmo que leva a tragédias. "A imensa maioria decorre de falhas múltiplas, por falta de rotinas e treinamento de toda a equipe. A transparência em discutir o 'por que' e 'como' ocorreu o fato é fundamental para prevenção de futuros eventos", ensinou. Para Jorge Darze, presidente da Federação Nacional dos Médicos, a formação dos profissionais de saúde é um dos ingredientes que contribui para o quadro. "O governo autoriza a proliferação de escolas das mais variadas carreiras de saúde, sem a devida fiscalização. Estamos formando profissionais que nem sempre estão qualificados", disse. Darze apontou ainda outras causas, como a falência da política de recursos humanos, atraso no pagamento de salários e deficiência numérica de profissionais nas unidades de saúde.
Sopa na veia e queda de janela matam pacientes
Um dos casos mais bizarros de falha no serviço de saúde aconteceu em Barra Mansa, Sul do Rio, em 2012. A paciente Ilda Vitor Maciel, de 88 anos, morreu após uma técnica de enfermagem da Santa Casa de Misericórdia, injetar sopa no cateter venoso da idosa ao invés de soro. Em setembro deste ano, um paciente morreu após cair da janela do corredor de circulação do Hospital Getúlio Vargas, na Penha. A família do diarista Jorge Rangel Gonçalves, 66, processou o hospital. "Meu pai foi vítima de negligência. Como um homem dopado de remédios consegue sair do leito, andar pelo hospital, quebrar o vidro da janela e cair sem que nenhum funcionário visse?", questionou, inconformado, o filho do paciente, o vigilante Bruno César Alves Rangel, 30 anos. Gonçalves havia se internado no HGV, três dias antes de morrer, com sintomas de arritmia cardíaca e suspeita de infecção pulmonar. O estranho é que foi o segundo caso de paciente do HGV que morreu ao despencar da janela, em 2017. Em janeiro, Luiz Antonio dos Santos, 53 anos, também caiu misteriosamente do terceiro andar e faleceu. A polícia investiga os dois casos. 

Jorge Rangel caiu da janela no Getúlio VargasDivulgaçãoFonte Jornal o dia

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Falhas em hospitais matam mais que o câncer, a violência e o trânsito

Um estudo feito pela Universidade Federal de Minas Gerais mostrou números assustadores e preocupantes: a cada cinco minutos, três pacientes morrem por alguma falha nos hospitais do Brasil. É a segunda causa de morte, só perde para doenças do coração.
A corretora de seguros Sônia Menezes pensa todos os dias em como a vida seria diferente se a filha dela não tivesse entrado em uma sala de cirurgia.
Na época, Camila tinha 19 anos. Ela se internou por causa de uma dor de ouvido e morreu logo após o procedimento. “Eles perfuraram uma artéria muito importante, deu hemorragia interna e eles não viram. Ela estava deitada, engoliu tudo e foi para o estômago. O sangue parou e ela morreu”, conta.
Foram 15 anos de briga na Justiça até que a negligência médica fosse confirmada. Camila entrou numa lista enorme de pessoas que morreram por falhas nos hospitais públicos ou privados do país. Os dados são assustadores e estão no Anuário da Segurança Assistencial Hospitalar, divulgado nesta quarta (22).
No ano passado, mais de 300 mil pacientes morreram por causa de erro médico, negligência ou algum incidente em hospital. De acordo com o estudo, as falhas em hospitais mataram por dia mais do que câncer, violência e acidentes de trânsito.
“O tempo todo alguém tá no hospital e cai da cama, alguém tá no hospital e pega uma infecção hospitalar, alguém tá no hospital e não tomou as medicações preventivas adequadas e forma um trombo na perna”, diz Renato Couto, professor da UFMG e um dos responsáveis pelo anuário. 
As principais vítimas dessas falhas são crianças com até 28 dias de vida e adultos com mais de 60 anos. Esses incidentes são mais comuns em hospitais de pequeno porte e que ficam em cidades menores. Ainda de acordo com os pesquisadores, 90% dessas mortes poderiam ser evitadas.
“Isso não só é um grande alerta, como o que se espera é que a sociedade estando alerta, ela tome providências”, completa Renato.
O vice-presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo culpa a falta de investimento. “Nós precisamos entender que sem dinheiro não existe saúde de qualidade. Por quê? Porque isso implica em tecnologia especialmente em formação, especialmente em treinamento, pessoas qualificadas prestando o melhor daquilo que são os recursos disponíveis”, explica Renato Françoso Filho, presidente do Conselho Regional de Medicina.
Em nota, o Ministério da Saúde diz que faz projetos de melhoria em mais de 60 hospitais públicos, que 5 mil profissionais de saúde já foram capacitados com especializações e cursos e que as ações de segurança do paciente foram incorporadas em vários programas do governo. A Associação Nacional de Hospitais Privados não respondeu ao Jornal Hoje.
Fonte G1

link para ver a reportagem:https://glo.bo/2B5z6NY

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

A responsabilidade civil por erro médico


Reportagem do Dia: erro médico e impunidade em hospital de Barueri (SP)

http://r7.com/O1Cp

Encontro Nacional de vítimas de erros médicos

ENCONTRO NACIONAL DE VÍTIMAS DE ERROS MÉDICOS CONVITE: Convidamos você, para participar do Encontro Nacional de Vítimas de Erros Médicos, a realizar-se nos dias 09 e 10/12/2017, em Maringá - Paraná, com objetivo de buscar informações e traçar diretrizes, visando aglutinar conhecimentos dos Códigos de Processos Éticos, Cíveis e Criminais. PROGRAMAÇÃO Dia: 09/12/2017 Auditório HÉLIO MOREIRA Prefeitura do Município de Maringá ➡ 7:30 às 8:30 - Credenciamento; ➡ 8:30 - Solenidade de Abertura; ➡ 9:00 – Apresentação - Coffe break; ➡ 9:30 – Palestra: Dra. JOCELENE BATISTA PEREIRA, Médica, Mestre e Gestora Hospitalar em São Paulo; ➡ Debate ◾11:00 – Manifestação Pública; ◾12:00 – Almoço; Plenário HORÁCIO RACANELO FILHO; Câmara Municipal de Maringá ➡ 14:00 – Palestra: Dr. ALBERTO JORGE SANTIAGO CABRAL, Assessor Especial da Presidência do COFEN – CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM; ➡ Debate ◾15:00 – Palestra: Dr. SANDRO LIMA - Psicólogo, Presidente do MOBEM/RJ; ➡ Debate ◾16:00 – Palestra: Dr. MAURICIO GIACOMELLI, Advogado Criminalista; ➡ Debate ◾17:00 – Palestra: ANA LUCIA HENRIQUES BARBOSA, Presidente MOBEM/PA; ➡ 18:00 – Encerramento; DIA: 10/12/2017 Plenário HORÁCIO RACANELO FILHO Câmara Municipal de Maringá ➡ 9:00 – PLENÁRIA ◾Apresentação: MARCOS PALERMO; ➡ 9:20 – PLENÁRIA Apresentação: NICOLAS BOUKOUVALAS; ➡ 9:40 – PLENÁRIA ◾Apresentação: JONAS LOURENÇO; ➡ 10:00 – coffe break; ➡ 10:30 – PLENÁRIA GERAL; ➡ 12:00 – Encerramento.