terça-feira, 29 de julho de 2014

GDF nega erro de médica que bateu boca com bombeiro: 'mal-entendido'


Diretor do Hospital Regional de Ceilândia, Élio de Aguiar, secretário-adjunto de Saúde, José Bonifácio Carreira Alvim e subsecretário de Atenção à Saúde, Roberto Bittencourt (Foto: Raquel Morais/G1)Diretor do Hospital Regional de Ceilândia, Élio de Aguiar, secretário-adjunto de Saúde, José Bonifácio Carreira Alvim e subsecretário de Atenção à Saúde, Roberto Bittencourt (Foto: Raquel Morais/G1)
O subsecretário de Atenção à Saúde do Distrito Federal, Roberto Bittencourt, negou nesta segunda-feira (28) que tenha havido erro na conduta da médica plantonista que discutiu com bombeiros após a corporação transportar uma paciente em estado grave ao Hospital Regional de Ceilândia. O gestor afirma que os laudos apontam que a mulher de 57 anos já chegou morta à unidade de saúde e que mesmo assim foi submetida aos procedimentos de reanimação. "Acho que [o que ocorreu] foi um mal-entendido", declarou.
“Ela [a médica] agiu de forma correta. O atendimento do ponto de vista técnico foi dentro do que há de melhor”, disse o subsecretário. O homem afirma que não houve omissão de socorro e que a paciente recebeu cuidado imediatamente. “Não houve nenhum tipo de problema em relação ao atendimento.”
O incidente aconteceu no final da tarde de sábado. Os bombeiros transportaram a paciente da QNQ 4 até o hospital. Dentro da viatura, ela teria sofrido uma parada cardiorrespiratória e recebeu massagem cardíaca. Os militares dizem que tentaram comunicar à unidade que levariam uma mulher em estado grave, mas que não conseguiram contato.
Chegando ao hospital, a paciente teria sido levada para a sala vermelha e recebido os cuidados do Samu. A médica – que era a única plantonista em clínica médica, porque a outra apresentou atestado – teria batido boca com os bombeiros questionando se eles sabiam ou não que ela pediu que houvesse restrição de atendimento, por déficit na equipe.
Fachada do Hospital Regional de Ceilândia (Foto: TV Globo/Reprodução)Fachada do Hospital Regional de Ceilândia
(Foto: TV Globo/Reprodução)
A Secretaria de Saúde diz que a profissional apenas questionou os militares enquanto acompanhava os procedimentos feitos pelo Samu. "O ato concreto é que a discussão não interferiu rigorosamente em nada no atendimento à paciente. [...] Temos avaliação muito clara de que a doutora não cometeu nenhum excesso", disse Bittencourt.
Responsável pelo transporte da paciente, o sargento Alan Lins afirma que foi expulso “aos berros” pela médica da sala vermelha e que cerca de 20 minutos depois soube que a paciente morreu. O homem deu voz de prisão à profissional por desacato. Antes de irem para a delegacia, o subsecretário diz que a médica finalizou o atendimento à paciente e prestou socorro a outra vítima de parada cardíaca, que sobreviveu. 
“A informação que nós temos de outros profissionais que trabalham com ela é de que ela é uma das melhores médicas do Hospital Regional de Ceilândia. Não dá para abrir mão dela”, afirmou. “A conduta clínica dela foi perfeitamente correta.”
A Polícia Civil descarta que tenha havido desacato, mas investiga possível omissão de socorro. A corregedoria da secretaria também avalia o caso. Enquanto isso, a médica, que já foi filmada em abril dizendo a um acompanhante para “arrumar uma trouxa de roupa para lavar”, está afastada do atendimento ao público.
Para o subsecretário, a profissional tem equilíbrio para trabalhar em pronto-socorro. “Defendemos que nenhum profissional de saúde pode agredir um paciente ou outro profissional. Não defendemos isso. Mas existem situações que fogem ao nosso controle”, declarou.
A Polícia Civil informou que tem 30 dias para fazer a investigação. As testemunhas e familiares da paciente serão ouvidos neste período. Além disso, a corporação vai ter acesso ao laudo com as causas da morte. A médica pode responder por omissão de socorro, com o agravante de homicídio culposo.
Déficit na área
O secretário-adjunto de Saúde, José Bonifácio Carreira Alvim, afirmou que faltam médicos para atuar em clínica médica. Segundo ele, a contratação temporária de 115 profissionais foi barrada na Justiça a pedido do Ministério Público, que cobra a realização de concurso público. "Temos problemas, sim", disse.
Diretor do Hospital Regional de Ceilândia, Élio de Aguiar confirmou passar pelo problema na unidade de saúde. Ele também relatou sobrecarga e disse que 70% dos pacientes que chegam ao local não precisam de atendimento de emergência.
"Precisamos fortalecer nossa atenção primária dentro da regional", declarou. "Não tenho quantidade de profissionais adequada, mas ja encaminhei ao secretário a demana."
Outro processo
Um vídeo feito por uma leitora no Hospital Regional de Ceilândia mostra a mesma médica gritando com uma pessoa no corredor da instituição, depois de um bate-boca com a acompanhante de uma paciente. Na gravação, é possível ver que o local está cheio.
A médica aparece na porta da sala gritando: "Vão trabalhar. Vai arrumar uma trouxa de roupa para lavar. Não tem o que fazer não? Vai arrumar uma trouxa de roupa para lavar. Deixa os outros trabalhar." Já dentro do consultório, ela continua exaltada e diz: "Se me agredir, eu agrido. Eu não estou aqui para apanhar."
A leitora que fez a gravação não quis se identificar. Ela disse que a briga entre a médica e a acompanhante começou porque a servidora disse que não iria atender mais ninguém que chegasse à emergência.
"Eu resolvi filmar porque ela começou a dizer que ia bater na moça e chamar a moça para fora do hospital para elas brigarem", disse. "Eu acho um absurdo uma coisa dessas na saúde pública."
A médica, que não quis gravar entrevista, disse à TV Globo na época que ficou nervosa durante o plantão porque era a única servidora no hospital e que tinha recebido uma ameaça de agressão por uma paciente insatisfeita com o atendimento.
O presidente do Sindicato dos Médicos do DF, Gutemberg Fialho, disse na época que lamentava o episódio e atribuiu o comportamento da médica à sobrecarga de trabalho. Segundo Fialho, há um déficit de três mil profissionais na rede pública.

terça-feira, 15 de julho de 2014

Corpo retirado de velório por suspeita de erro médico é enterrado no RS

11/07/2014 10h53 - Atualizado em 11/07/2014 11h04

Corpo retirado de velório por suspeita de erro médico é enterrado no RS

Por suspeita de erro médico, corpo de jovem foi encaminhado a necropsia.
Caso inusitado ocorreu na quinta (10), em Caxias do Sul, na Serra Gaúcha.

Luma LeãoDa RBS TV
Foi enterrado na manhã desta sexta-feira (11) o corpo da adolescente de 17 anos que foi retirado do velório na quinta (10) pela Polícia Civil de Caxias do Sul, na Serra do Rio Grande do Sul. O fato inusitado ocorreu depois que o pai e a irmã da vítima registraram uma denúncia por erro médico. O corpo, que teve de ser encaminhado a a perícia no Departamento Médico Legal (DML), foi sepultado no Cemitério Público Municipal da cidade.
Corpo foi tirado de velório para o Departamento Médico Legal (Foto: Reprodução/RBS TV)Corpo foi tirado de velório para o Departamento
Médico Legal (Foto: Reprodução/RBS TV)
Segundo a família, a bexiga da jovem teria sido cortada durante uma cesariana, agravando o estado de saúde da paciente. Ela chegou a entrar em coma, mas não resistiu e morreu no fim da tarde da quarta-feira (9). O bebê passa bem.
A Polícia Civil aguarda agora o laudo da necropsia que vai esclarecer as causas da morte para decidir se abre ou não inquérito. O hospital de Caxias do Sul onde ocorreu o fato informou que está analisando o caso com a equipe médica.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Polícia decide indiciar 10 pessoas por morte de fotógrafo em frente a hospital

A polícia decidiu indiciar por homicídio o presidente do Instituto Nacional de Cardiologia, no Rio de Janeiro. José Leôncio de Andrade Feitosa e mais nove pessoas - entre diretores, recepcionistas e vigilantes do hospital - vão responder pela morte do fotógrafo Luiz Cláudio Marigo.
Mês passado, Luiz Cláudio sofreu um ataque cardíaco na porta do instituto, mas ninguém do hospital o socorreu.
No mês passado Luiz Cláudio Marigo morreu dentro de um ônibus, na frente do Instituto Nacional de Cardiologia, no Rio de Janeiro.
Às 11h06, Luiz Cláudio, de 63 anos, entra no ônibus. Ele está de camisa vermelha. Seis minutos depois, cai no chão. Ele teve uma parada cardíaca. (Veja as imagens no vídeo acima)
Alertado pelos passageiros, o motorista parou a poucos metros do Instituto Nacional de Cardiologia, um dos hospitais referência no tratamento de doenças do coração no Brasil.
A câmera de segurança do ônibus registra: o motorista segue em direção ao hospital para pedir ajuda.
De acordo com o depoimento de uma testemunha, que foi procurar no hospital, a resposta que um segurança deu na recepção foi: "Nós não damos atendimento, liga para o Samu".
O Instituto Nacional de Cardiologia não atende emergências. 
“Os funcionários da portaria alegavam que tinham uma ordem expressa da administração e com isso confessaram, inclusive, que já foram repreendidos quando fizeram atendimento”, disse o delegado Roberto Gomes Nunes.
Na portaria, havia a orientação: "Em caso de necessidade, o paciente deverá se dirigir ao hospital de emergência mais próximo."
Para o médico Rogério Moura, da Sociedade Brasileira de Cardiologia, a triagem na porta de um hospital não pode ser feita por um segurança.
“Nesse momento, a triagem que foi feita por um não profissional de saúde não conseguiu determinar a necessidade de que ele fosse atendido de forma emergencial. Eu acho que é isso que aconteceu”, destaca o cardiologista.
Sem socorro das equipes do Instituto de Cardiologia, só 13 minutos depois, paramédicos da prefeitura que saíam do hospital depois de levar um paciente, entram no ônibus para atender o fotógrafo. Logo depois, a Defesa Civil também aparece. Mas já era tarde.
A polícia concluiu as investigações na sexta-feira (11). E nesta segunda-feira (14) vai entregar o inquérito ao Ministério Público. O delegado responsável pelo caso decidiu indiciar por homicídio doloso, aquele com intenção de matar, dez pessoas. Entre eles, o presidente do instituto, José Leôncio de Andrade Feitosa, e três diretores. Além de funcionários da recepção e vigilantes.
Todos foram procurados pelo Fantástico, mas não quiseram dar entrevista.
“Os diretores, os médicos responsáveis pelo ambulatório, eles deixam a cargo dos vigilantes, dos recepcionistas, fazer a triagem de quem pode, deve ou não ser atendido pelos médicos. Só que essas pessoas não têm qualquer conhecimento de medicina e isso é o absurdo maior”, destaca o delegado.
Depois da morte de Luiz Cláudio, a família chegou à conclusão, que por questões financeiras, não teria como manter o estúdio onde ele trabalhava. Por isso, todo o acervo do fotógrafo foi levado para o apartamento da família. São milhares de imagens, muitas inéditas, registradas em 40 anos de trabalho.
São fotografias premiadas de animais, de plantas, paisagens do mundo inteiro. A família não se conforma.
“Se a pessoa nega auxílio, ela está dando possibilidade de uma morte ocorrer por responsabilidade dela. Nada vai trazer ele de volta, mas eu espero que se faça justiça”, destaca a viúva Cecília Marigo.
“O mais justo para mim é que essa situação mude e que nunca mais a triagem na porta do hospital seja feita por segurança”, disse o filho, Vitor Marigo.

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Grupo protesta por morte de menina de 8 anos em UPA de Praia Grande

Um grupo de moradores de Praia Grande, no litoral de São Paulo, fez um protesto nesta segunda-feira (30) em frente à Unidade de Pronto Atendimento da cidade. Eles apontam falhas no atendimento aos pacientes. A manifestação aconteceu depois que a menina Esther, de oito anos, morreu por um provável erro de diagnóstico.
O protesto na frente da UPA foi para pedir Justiça e alertar para os problemas na Unidade de Pronto Atendimento. Esther tinha oito anos, a tia da menina, Marlene dos Santos, conta o que aconteceu.”Quando a Esther deu entrada na UPA os médicos disseram que ela tinha uma infecção de urina, a menina foi só piorando. A mãe levou para a Santa Casa de Santos, chegando lá descobriu que era apendicite, ela teve que fazer a cirurgia urgente”, relata.
Garota de oito anos morreu após suposto erro de diagnóstico (Foto: Reprodução / TV Tribuna)Garota de oito anos morreu após suposto
erro de diagnóstico (Foto: Reprodução / TV Tribuna)
Segundo os moradores, o caso de Esther é um entre vários outros. Eles dizem que a ordem pelo local é atender os pacientes e mandar logo para casa. Mais casos vão surgindo, como o de Márcia Guedes, que sofre ao ver o tratamento que a sogra está recebendo. “Veio desmaiada para o hospital, o médico deu Dramin, deram alta para ela. Não foi nem ele, foi a enfermeira. Foi para o Irmã Dulce, lá o neurologista fez a ultrassom dela e falou que ela tinha tido AVC, meu marido veio aqui reclamar e o médico disse que ela tinha que fazer novos exames, porque o médico de lá não estava sabendo de nada”, conta Márcia.
A direção técnica da UPA do bairro Samambaia, gerenciada pela Fundação do ABC, disse que está avaliando o prontuário com os dados dos procedimentos adotados durante o atendimento da menina Esther. Ainda segundo a direção, se alguma irregularidade for constatada será aberto um processo administrativo para que medidas sejam adotadas.

terça-feira, 1 de julho de 2014

Família de vítima de erro médico no parto é indenizada em Taubaté, SP

A Justiça condenou a Fundação Universitária de Saúde de Taubaté (Fust), a Universidade de Taubaté (Unitau) e a prefeitura, a indenizar os pais de uma criança que teve lesão cerebral por conta de um erro médico durante o parto. A criança morreu em 2005, aos 9 anos, devido às sequelas causadas pelo erro. Cabe recurso à decisão.
A decisão unânime dos desembargadores do Tribunal de Justiça fixou multa de R$ 67,8 mil pelos danos morais e pensão mensal no valor de R$ 2,5 mil. A condenação foi obtida por meio de uma ação da Defensoria Pública.
Na época do ocorrido, o Hospital Universitário (HU) era gerido pela Fust. Atualmente, a unidade é ligada ao Grupo São Camilo e gerido pelo Estado. O município e a Unitau foram condenados solidariamente pelo erro.
Segundo a ação, em abril de 1996, a gestante procurou o Hospital Universitário (HU) de Taubaté com contrações abdominais. Grávida de nove meses, ela foi atendida por estudantes residentes que, apesar de constatarem a dilatação típica de trabalho de parto e a regularidade das contrações, mandaram a gestante de volta para casa, quado deveria ter sido internada.
No início da noite, com o aumento das contrações abdominais, a grávida retornou ao hospital e deu à luz a uma menina, mas por conta da demora para receber o atendimenta, a criança teve 40% do cérebro lesionado. O bebê ficou tetraplégico e com atraso profundo de cognição, além de ter frequentes crises convulsivas. Devido às sequelas do parto, a criança morreu aos 9 anos de idade.
Outro lado
A assessoria de imprensa da Prefeitura de Taubaté informou, por meio de nota, que recorreu da decisão visto que a Fust é um órgão autônomo, vinculado à Universidade de Taubaté e não está ligada diretamente ao município. A Universidade de Taubaté e a Fust informaram que também recorreram da decisão.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

No PA, ao saber sobre morte, família descobre corte em bebê após cesárea

Uma família de Santarém, no oeste do Pará, descobriu um corte no corpo de um bebê logo após o parto feito no Hospital Municipal de Santarém (HMS), na tarde de segunda-feira (23). Os familiares contam que o médico que fez o parto cesárea disse que a criança já nasceu morta e que a causa da morte não foi o corte.


No atestado de óbito consta que a causa da morte foi “sofrimento fetal agudo circular de cordão”, que ocorre quando a criança nasce com o cordão umbilical enrolado no pescoço. Segundo a avó do bebê, Raimunda Batista, a família acredita que, apesar do corte, a principal causa da morte foi a demora no atendimento. Ela explica que a mãe, Marcilene Dias da Cruz, de 22 anos, foi levada ao Hospital Municipal no sábado (21) com dores e perda de líquido, mas somente na segunda-feira foi operada.
Raimunda destaca que, ainda no sábado, Marcilene recebeu uma injeção e foi mandada de volta para casa, mas retornou ao hospital no dia seguinte com dores. “Eles abandonaram ela na sala de espera. O primeiro médico que atendeu falou que ela ia ter filho normal, mas do jeito que ela era grande, ela não ia ter normal. Ele falou que até as 7hs da manhã de segunda a gente operava ela, mas não fizeram isso. Ela foi operada quatro horas da tarde”, ressaltou. Ainda segundo ela, a cirurgia foi feita por outro médico, diferente do que atendeu a paciente pela manhã.
Após o parto, Raimunda conta que o bebê estava enrolado em um pano no necrotério e que a família só descobriu o corte ao observá-lo detalhadamente.
Ao G1, o obstetra Waldir Mesquita disse que recebeu a paciente, que estava no atendimento de pré parto desde o dia anterior, por volta das 15h15 de segunda-feira, "com diagnóstico de sofrimento fetal agudo, que é um acidente que ocorre de forma rápida. Eu a submeti à operação cesariana, que é o procedimento indicado e, ao retirar o bebê, ele estava com três circulares de cordão e essa é que foi a causa da morte”, afirma.
Em relação ao corte no corpo da criança, ele explicou que se trata de um procedimento que pode ocorrer, principalmente em situações urgentes, mas garante que não prejudica a saúde do paciente. “O que existe é o que chamamos de escoriação no bebê, que vai do dorso, pega a nádega e parte da coxa. Isso se deve ao risco das duas pinças podem fazer quando você tira o bebê. Como o caso dela era urgente, a gente foi tirar o bebê apressadamente para tentar ver se conseguia reanimá-lo. E provavelmente, repito, provavelmente, essas pinças-corte devem ter riscado o dorso do bebê, mas isso não tem nada a ver com a causa da morte”, alegou o médico.
A família chegou a ir ao Propaz para registrar Boletim de Ocorrência, mas foi orientada a levar a informação ao Ministério Público do Estado.
Por telefone, a diretora do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, Stael Rejane, informou que o corpo da criança foi necropsiado na tarde desta terça (24), e que o prazo para entrega do resultado é de 10 a 30 dias.
G1 entrou em contato com o HMS e aguarda um posicionamento.
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terça-feira, 24 de junho de 2014

Polícia apura se negligência médica causou morte de criança em Ji-Paraná

A Polícia Civil de Rondônia apura a denúncia de que uma criança de 3 anos teria morrido por negligência médica na noite da última terça-feira (17), no Hospital Municipal de Ji-Paraná (RO). A família de Henrique Rodrigues de Souza conta que o menino morreu logo após receber uma medicação no hospital. A direção da unidade de saúde nega falha o atendimento.
Ruth Prudêncio da Silva, avó da criança, diz que Henrique chegou ao hospital na tarde de terça-feira com dificuldades para respirar e foi atendido por um médico clínico geral, pois não havia pediatra de plantão. O menino foi encaminhado para exames que não identificaram o problema.
Segundo a avó, a criança estava agitada e o médico prescreveu uma medicação para acalmá-lo. Momentos depois, a criança passou mal. "Foi instantâneo. Aplicaram a injeção e meu neto já começou a vomitar e parou de respirar", disse a avó. Ruth afirma ainda que foi impedida de ter acesso ao prontuário de atendimento médico após a confirmação da morte da criança. "A impressão é que eles estavam querendo esconder alguma coisa", afirmou.
O diretor do Hospital Municipal, Antelmo Ferreira, explicou que o procedimento utilizado no atendimento a criança foi o correto e que a vítima já chegou ao hospital em estado grave. Ferreira confirma que não havia pediatra no plantão, mas alega que uma médica atendeu o menino, que em seguida foi atendido por um neurologista. Ele foi encaminhado para exames com suspeitas de meningite, mas o resultado deu negativo. Segundo ele, no momento em que a criança seria transferida para capital houve uma parada cardiorrespiratória levando-o a morte. "Ele foi medicado desde o momento que chegou ao hospital e tentamos de tudo, mas o estado dele já era grave", contou.
Segundo a polícia, o caso será investigado e encaminhado para o Ministério Público para verificar a responsabilidade do hospital na morte do menino.
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sexta-feira, 20 de junho de 2014

MOBEM -MOVIMENTO BASTA COM ERROS MÉDICOS: Propostas do movimento

MOBEM -MOVIMENTO BASTA COM ERROS MÉDICOS: Propostas do movimento: MOVIMENTO BASTA COM ERROS MÉDICOS MOBEM     O movimento não tem por finalidade denegrir a imagem de qualquer profissional da saú...

MS registra 300 casos de erro médico

Em Dourados, apendicite foi ‘tratada’ como problema de ‘gases’. Paciente denuncia negligência

Hospital da Vida está fazendo levantamento sobre o caso do homem com apendicite
(Foto: Divulgação)
Hospital da Vida está fazendo levantamento sobre o caso do homem com apendicite
(Foto: Divulgação)
Valéria Araújo
DOURADOS – A Associação de Vítimas de Erros Médicos de Mato Grosso do Sul (Avem-MS) investiga mais de 300 casos de erros na saúde pública no Estado. Em Dourados um caso registrado este mês chama a atenção. A família de paciente de 42 anos, que preferiu não se identificar por medo de represárias, afirma ser vítima de negligência. Isto porque, segundo a família, o paciente que sofria de problemas graves de apendicite, teria sido tratado com remédio para gases.
De acordo com o presidente da Avem, Valdemar Moraes, o douradense foi três vezes ao Hospital da Vida de Dourados sentindo fortes dores abdominais. “Em todas as vezes foi dispensado por médicos, que afirmaram que se tratava apenas de gases”, diz.
Segundo informações, exames de urina e de sangue foram feitos, mas nenhum problema foi detectado por equipes médicas. “Ao chegar em casa, ainda com fortes dores, o apêndice estourou. O paciente vomitou com muito sangue e teve que ser socorrido às pressas no Hospital Evangélico, que diagnosticou o problema e realizou uma cirurgia de emergência”, disse Valdemar.
A família, que poderia ter sido atendida pelo SUS, segundo Valdemar, contraiu uma dívida de R$ 15 mil. “Isto porque o Hospital da Vida não fez o encaminhamento para o Hospital Evangélico, o que caracteriza negligência”, reclama.
Segundo Valdemar, ao ser procurado pela família, moveu uma ação junto ao Ministério Público Estadual em Campo Grande. “O procurador responsável enviou o caso para a 10ª promotoria de Justiça de Dourados e o caso está sendo investigado”, conta.
O presidente também disse que uma medida cautelar pede que o município arque com as despesas de R$ 15 mil, referentes a cirurgia que poderia ter sido feita pelo SUS. Também denuncia o Hospital por danos morais.
OUTRO LADO
Procurado pelo O PROGRESSO o diretor do Hospital da Vida, Orlando Martelli, garantiu que o HV está fazendo um levantamento sobre o caso para tomar as providências cabíveis. “Se houve falha, o responsável será punido”, afirma.
ERROS
Segundo Valdemar Moraes são mais de 300 erros médicos investigados. Os principais casos estão relacionados a perfurações na bexiga e problemas no parto. Segundo Valdemar, em Dourados é preciso com urgência a implantação de uma filial da associação. Para isto falta apoio. Denúncias podem ser feitas pelo telefone: (67) 3362 1375.
Em outubro de 2010 meu pai Francisco de assis filho, começou sentir fortes dores no pé esquerdo entre os dois ultimos dedo, a pártir daí as dores foi aumentando cada vez mais, onde o levei para o posto de saúde do Nova bahia onde foi medicado e voltamos para casa e os remédios não tiveram efeito no terceiro dia retornamos ao mesmo posto e veio novamente passar pelo médico já com seu pé enchado totalmente onde já não mais andava, e foi pedido exame de sangue fizemos depois retornamos para casa com novos medicamentos e nada de se resolver seu problema um dia depois voltamos novamente para o posto e outro clinico o avaliou e disse que possivelmente poderia ser acido úrico novamente fizemos exames e não constatou acido úrico, novamente retornamos ao mesmo posto já com seu pé totalmente necrosado e a médica clinica constatou que era micose braba e daí novos medicamentos enclusive pomada onde seu pé já estava muito enchado e mandou fazer compressas quente para o inchasso onde resultou que queimou toda a pele no dia seguinte a coisa foi piorando voltamos para a emergencia do posto onde dois clinico experientes nem quiseram mexer no pé dele porque já estava necrosado demais e muito enchado onde encaminhou ele para o hospital regional de campo grande ms onde os médicos que os avaliou no hospital mandaram fazer teste de diabete onde constatou que tinha diabete e estava com mais de 300 onde medicamento nenhum fazeria efeito e o medico Célio Heleguida cirurgiao vascular perguntou se no posto não fizeram o teste de glicose, e o mesmo ficou arrorizado pela negligencia e disse para meu pai que fazeria o possivel para não ter que amputar seus dedos porque a infecção já estava no osso e infelismente teve que amputar dois dedos parte do pé e toda a camada de cima do pé rancou toda a pele que já estava necrosada , durante 10 dias passamos pelo mesmo posto 05 vezes e nenhum dos medicos pediram teste de glicose sendo que a diabete qualquer medico sabe seus sintomas alegou o doutor célio entramos na justiça e quero mais informações sobre como devo fazer que sou filho dele para sustenta-lo ele paga aluguel, moto financiada, terreno curativo que tem que fazer todos os dias já não temos mais condições de arcar com toda essa despesa ele era autonomo e nao pagava inss, quero uma orientação como devo agir
 Fonte : O PROGRESSO

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Bombeiro dá voz de prisão a médico de UPA após morte de idosa

Um cabo do Corpo de Bombeiros deu voz de prisão a um médico, na noite desta terça-feira, na UPA de Madureira, na Zona Norte do Rio, por desacato e suposta negligência. Os dois se desentenderam durante o atendimento a uma mulher, que acabou morrendo após sofrer um derrame cerebral. De acordo com o enfermeiro do Samu Renato Alves de Lima, o médico sequer tocou na paciente, que deu entrada na unidade em parada cardíaca. O profissional não foi levado para a 29ª DP (Madureira) por estar de plantão, mas a delegada adjunta Ana Carolina Medeiros registrou o caso como homicídio culposo (quando não há intenção de matar) por omissão imprópria.
- Conseguimos reanimar a vítima no local em que ela havia passado mal e viemos fazendo massagem cardíaca. Ao chegar à UPA, ela parou de novo. Além de demorar para atender, o médico apenas olhou e disse que não adiantava fazer nada. Eu perguntei por que ele não faria o protocolo de ressuscitação. Ele respondeu que, se eu quisesse, podia fazer. Apliquei adrenalina na idosa e tentei reanimá-la, mas não consegui - conta o enfermeiro, que, em seguida, questionou a conduta do médico: - Ele me xingou de filho da puta e perguntou se eu queria ferrar ele. Eu disse que queria fazer o meu trabalho e dar uma chance de a mulher poder sobreviver.
O enfermeiro, que já trabalhou na UPA de Madureira por quase quatro anos, afirmou já conhecer o médico anteriormente.
Socorro começou na rua
A aposentada Luíza da Penha Cabral Batista, de 68 anos, começou a passar mal dentro de um ônibus engarrafado na Rua Carvalho de Souza, entre Cascadura e Madureira. A jornalista Cristiane Pepe, de 30 anos, que estava num ônibus atrás, viu quando a idosa desceu, expelindo secreção pela boca, e saiu para socorrê-la.
- Várias pessoas ligaram para o Samu. O trânsito estava completamente parado, e a ambulância demorou 40 minutos para chegar. Fiquei fazendo massagem cardíaca na senhora até que o cabo Renato desceu da ambulância, ainda no Viaduto Negrão de Lima, e veio correndo me ajudar. Ficamos revezando na massagem cardíaca - conta Cristiane.
Os carros foram dando passagem até que a ambulância conseguiu chegar ao local em que a vítima estava.
- O tempo todo, monitoramos os batimentos cardíacos. Pegamos a contramão na pista do BRT e conseguimos chegar à UPA de Madureira. Eu estava na porta da sala vermelha da UPA e vi quando o médico apenas olhou e saiu - diz Cristiane.
A delegada Ana Carolina Medeiros afirmou que vai ouvir o médico e todos os demais funcionários que estavam de plantão na UPA, além de pedir as imagens das câmeras de segurança.
- O médico será intimidado para prestar depoimento, provavelmente ainda esta semana. O objetivo é apurar as circunstânciar da morte e eventuais responsabilidades - explicou.
Já a família, ainda abalada com o ocorrido, espera que o caso possa ser esclarecido o quanto antes.
- Minha esposa foi a primeira parente a chegar. Quando também cheguei à UPA, o médico me procurou quando fui reconhecer o corpo e me disse que o atendimento teria sido feito de maneira correta. A gente só quer que a justiça seja feita, que o próprio laudo do IML possa auxiliar a explicar isso tudo. É muito triste - disse Gustavo Monteiro, marido de uma neta de Luiza.


Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/bombeiro-da-voz-de-prisao-medico-de-upa-apos-morte-de-idosa-12802764.html#ixzz34L6EpOQm


Fonte :Jornal extra-on line