quarta-feira, 11 de junho de 2014

Bombeiro dá voz de prisão a médico de UPA após morte de idosa

Um cabo do Corpo de Bombeiros deu voz de prisão a um médico, na noite desta terça-feira, na UPA de Madureira, na Zona Norte do Rio, por desacato e suposta negligência. Os dois se desentenderam durante o atendimento a uma mulher, que acabou morrendo após sofrer um derrame cerebral. De acordo com o enfermeiro do Samu Renato Alves de Lima, o médico sequer tocou na paciente, que deu entrada na unidade em parada cardíaca. O profissional não foi levado para a 29ª DP (Madureira) por estar de plantão, mas a delegada adjunta Ana Carolina Medeiros registrou o caso como homicídio culposo (quando não há intenção de matar) por omissão imprópria.
- Conseguimos reanimar a vítima no local em que ela havia passado mal e viemos fazendo massagem cardíaca. Ao chegar à UPA, ela parou de novo. Além de demorar para atender, o médico apenas olhou e disse que não adiantava fazer nada. Eu perguntei por que ele não faria o protocolo de ressuscitação. Ele respondeu que, se eu quisesse, podia fazer. Apliquei adrenalina na idosa e tentei reanimá-la, mas não consegui - conta o enfermeiro, que, em seguida, questionou a conduta do médico: - Ele me xingou de filho da puta e perguntou se eu queria ferrar ele. Eu disse que queria fazer o meu trabalho e dar uma chance de a mulher poder sobreviver.
O enfermeiro, que já trabalhou na UPA de Madureira por quase quatro anos, afirmou já conhecer o médico anteriormente.
Socorro começou na rua
A aposentada Luíza da Penha Cabral Batista, de 68 anos, começou a passar mal dentro de um ônibus engarrafado na Rua Carvalho de Souza, entre Cascadura e Madureira. A jornalista Cristiane Pepe, de 30 anos, que estava num ônibus atrás, viu quando a idosa desceu, expelindo secreção pela boca, e saiu para socorrê-la.
- Várias pessoas ligaram para o Samu. O trânsito estava completamente parado, e a ambulância demorou 40 minutos para chegar. Fiquei fazendo massagem cardíaca na senhora até que o cabo Renato desceu da ambulância, ainda no Viaduto Negrão de Lima, e veio correndo me ajudar. Ficamos revezando na massagem cardíaca - conta Cristiane.
Os carros foram dando passagem até que a ambulância conseguiu chegar ao local em que a vítima estava.
- O tempo todo, monitoramos os batimentos cardíacos. Pegamos a contramão na pista do BRT e conseguimos chegar à UPA de Madureira. Eu estava na porta da sala vermelha da UPA e vi quando o médico apenas olhou e saiu - diz Cristiane.
A delegada Ana Carolina Medeiros afirmou que vai ouvir o médico e todos os demais funcionários que estavam de plantão na UPA, além de pedir as imagens das câmeras de segurança.
- O médico será intimidado para prestar depoimento, provavelmente ainda esta semana. O objetivo é apurar as circunstânciar da morte e eventuais responsabilidades - explicou.
Já a família, ainda abalada com o ocorrido, espera que o caso possa ser esclarecido o quanto antes.
- Minha esposa foi a primeira parente a chegar. Quando também cheguei à UPA, o médico me procurou quando fui reconhecer o corpo e me disse que o atendimento teria sido feito de maneira correta. A gente só quer que a justiça seja feita, que o próprio laudo do IML possa auxiliar a explicar isso tudo. É muito triste - disse Gustavo Monteiro, marido de uma neta de Luiza.


Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/bombeiro-da-voz-de-prisao-medico-de-upa-apos-morte-de-idosa-12802764.html#ixzz34L6EpOQm


Fonte :Jornal extra-on line

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Família recorre a CFM por morte de bebê por suposto erro médico em RO

A Mãe de bebê que denunciou médicos por sucessivos erros que teriam levado a filha a morte -  na época com três meses de vida -  levou o caso ao Conselho Federal de Medicina (CFM), após a esfera regional do órgão ter entendido que não houve erro por parte dos profissionais. Taiane Barba Brilhante registrou a denúncia no Conselho Regional de Medicina de Rondônia (Cremero) em novembro de 2012, cerca de três meses após a morte de Isabella Barba Brilhante. Ela era a primeira filha do casal. 
Lembrar do dia 31 de agosto de 2012 e de todo o sofrimento da família com a morte da filha ainda causa tristeza e revolta para Taiane Barba Brilhante, que agora aguarda decisão do CFM, segundo ela, na esperança de ver os dois médicos suspeitos de negligência punidos.
O Cremero informou que o relatório final, votado pelos conselheiros, apontou que não houve negligência por parte dos profissionais. Conforme procedimento da instituição, a denunciante, no caso a mãe, pode recorrer ao CFM caso não concorde com o resultado do relatório votado pelos conselheiros. E foi o que Taiane fez. “Denunciamos alegando morte por sucessivos erros médicos. Eles decidiram em novembro de 2013, quase um ano depois, que não houve erro, mas sim um acidente. Foi aí que buscamos recurso em Brasília. Tenho fé em Deus e na justiça”, diz a mãe.
Isabella Barba, com três meses. (Foto: Arquivo pessoal/Divulgação)Isabella Barba, com três meses
Foto: Arquivo pessoal/Divulgação)
O caso
A criança foi levada ao hospital particular onde a mãe trabalhava na época por causa de uma inflamação no ouvido. Um médico receitou o antibiótico amoxicilina, mas os sintomas persistiram e a criança voltou a ser examinada, no mesmo hospital, desta vez por uma médica plantonista que receitou 14 gotas de nimesulida, a cada 12 horas, por cinco dias, sem suspender o uso do antibiótico. A criança sofreu uma intoxicação e precisou ser encaminhada às pressas para a UTI do Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro onde, segundo a mãe, foi vítima de outro erro médico.
“Depois, a médica ainda disse que estava ciente da dosagem. Minha filha era prematura e tinha só três meses. Já no Hospital de Base, o médico precisou colocar um dreno e perfurou o coração, quando tentou o procedimento do lado direito perfurou o pulmão. Minha filha só tinha uma inflamação no ouvido e passou por tudo isso”, disse Taiane que afirma ter esperanças de ver os profissionais punidos.
A mãe foi demitida do hospital meses após o falecimento da filha. Os dois médicos envolvidos não receberam qualquer sansão. “Eles continuam atendendo, colocando em risco a vida de outras pessoas. Como podem ainda exercer a medicina? Isso me deixa indignada”, desabafa Taiane.
Na época, a mãe questionou a equipe do hospital [de Base] que pediu que ela “confiasse em Deus”. O laudo médico apresentado pelo hospital diz que a criança morreu após apresentar quadro de disfunção de múltiplos órgãos; choque hipovolêmico; hemorragia pulmonar; hipertensão pulmonar; crise convulsiva e distúrbio eletrolítico. A mãe afirma que foi anexado ao processo um laudo emitido pelo pediatra, apontando que a criança tinha um desenvolvimento normal e boa saúde antes dos procedimentos.
O processo corre em sigilo no CFM. Taiane diz que a última vez entrou em contato com o órgão disseram que a fase é de apuração, e que o prontuário médico ainda não havia sido enviado à Brasília.
Enquanto isso, o casal diz que não pretende tentar outro filho por enquanto, por falta de condições psicológicas. “Eu quero muito, mas enquanto essa situação não se resolver, enquanto eu não conseguir ver justiça sendo feita, eu não tenho condições psicológicas ou emocionais para engravidar”, disse Taiane, emocionada. Isabella completaria 2 anos no último dia 14.

FONTE G1

tópicos:

Família de idoso morto reclama de negligência médica em Monte Alto

A família de um idoso de 75 anos, morador de Monte Alto (SP), acusa a equipe médica do Pronto Socorro da cidade de negligência médica, por não ter diagnosticado o quadro de traumatismo craniano que levou o homem à morte na madrugada do último domingo (25). O filho da vítima, Jair Morselli Junior, reclama que o pai foi atendido na unidade de saúde no sábado (24), após uma queda durante o banho, permaneceu em observação por duas horas e acabou sendo liberado. Em casa, o homem voltou a sentir-se mal, mas não foi socorrido porque, segundo Morselli Junior, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) não possuía ambulância disponível.
Essa é a segunda denúncia desse tipo em uma semana, contra o Samu Regional e o Pronto Socorro de Monte Alto. Na última segunda-feira (19), os familiares do DJ André Rogério Borges, de 33 anos, reclamaram da demora no atendimento médico e de falta de ambulância para transferir o rapaz, após ser agredido em uma casa noturna. Segundo os familiares, a vítima estava em estado grave e demorou cinco horas para ser levado da cidade à Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas (HC-UE) de Ribeirão Preto.
A Secretaria Municipal da Saúde informou que apura os dois casos, que também estão sendo investigados pela Polícia Civil do município. O delegado André Luiz Ferreira de Almeida afirmou aguarda os laudos médicos das mortes.
Caso recente
Morselli Junior conta que o pai caiu no banheiro no final da tarde de sábado e foi levado ao Pronto Socorro de Monte Alto, onde permaneceu em observação por duas horas, após ser medicado. “Eu perguntei para o médico se estava tudo bem, o que tinha acontecido, e ele me disse que estava tudo bem e que meu pai podia ir pra casa. Eu acho que ele não deveria ter sido liberado, deveria ter ficado em observação a noite toda."
Ainda segundo o filho, poucas horas após ser levado para casa, o idoso voltou a passar mal e foi então que a família decidiu ligar ao Samu, mas a resposta foi de que não havia ambulância disponível para realizar o socorro. Inconformado com a situação, Morselli Junior chegou a ir até a sede do serviço e constatou que havia três veículos no local.
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Jair Morselli de 75 anos morreu após queda acidental ao sair do banho (Foto: Valdinei Malaguti/ EPTV)Jair Morselli, de 75 anos, morreu em casa, após ser
atendido no Pronto Socorro de Monte Alto
(Foto: Valdinei Malaguti/ EPTV)
“E entrei para tentar falar com alguém e resolver isso. Foram grosseiros quando me viram e disseram que tinham outro chamado para socorrer antes do meu pai. Voltei pra casa, mas já era tarde, ele estava morrendo”, relembra o filho, mostrando o atestado de óbito, que aponta a causa da morte como traumatismo crânio-encefálico. A família registrou um boletim de ocorrência contra o Samu.
Saúde investiga
A secretária da Saúde de Monte Alto, Yayeko Kanesiro Toyoshima, afirmou que não houve negligência médica no caso do idoso, já que o médico realizou exames como tomografia, eletrocardiograma, raios-X e glicemia, que, segundo ela, são padrões para ocorrências de suspeita de traumatismo craniano.
Em relação ao atendimento do Samu, Yayeko alega que houve falha na priorização dos pacientes. De acordo com ela, havia duas ambulâncias na cidade na madrugada de domingo: uma transferia um paciente paraRibeirão Preto e outra atendia a um chamado feito quatro minutos antes da ligação da família do idoso.

“Acredito que houve uma falha de comunicação, uma falha na priorização de atendimento por parte do Samu. Eles poderiam ter colocado o Jair [Morselli] na frente do outro chamado, já que ele, inclusive, chegou a ir até lá. Vamos investigar para saber se isso realmente e aconteceu, e se ficar comprovado, vamos abrir um inquérito administrativo”, disse a secretária.
Atestado de óbito mostra que idoso morreu de traumatismo craniano (Foto: Valdinei Malaguti/ EPTV)Atestado de óbito mostra causa da morte como como traumatismo craniano (Foto: Valdinei Malaguti/ EFONTE G1  LINK DO VÍDEO:http://glo.bo/1kiMByk

Em vídeo, prefeita de Ribeirão assume erro em morte de jovem em UPA

A prefeita de Ribeirão Preto (SP), Dárcy Vera (PSD), assumiu nesta sexta-feira (23) que houve negligência por parte da equipe médica que atendeu a jovem Gabriela Zafra, de 16 anos, há uma semana. A adolescente morreu com suspeita de meningite após procurar atendimento por cinco vezes em três unidades de saúde no mesmo dia. "Realmente, houve falha. Nós temos que assumir que houve falha, deveriam ter feito mais exames nela", disse Dárcy ao irmão da vítima, o estudante Gustavo Henrique da Silva, de 19 anos, que liderou um protesto contra a qualidade do serviço de público de saúde na cidade.
Cerca de 150 manifestantes participaram do ato na manhã desta sexta-feira, que terminou em frente ao Palácio Rio Branco, sede do governo de Ribeirão. O grupo foi atendido na porta da Prefeitura pelo secretário da Saúde, Stênio Miranda, e depois recebido pela prefeita no gabinwte. No encontro, Dárcy chegou a se ajoelhar no chão, junto de Gustavo, e se emocionou. "Houve falha. A gente vai apurar sim e eu quero te entregar toda a documentação", disse
Mais cedo, Stênio Miranda conversou com os manifestantes e voltou a afirmar que a suposta negligência médica será investigada. De joelhos e emocionado, o irmão da adolescente pediu ao secretário melhores condições de atendimento na saúde, destacando que nas cinco vezes em que a irmã procurou as unidades, nenhum exame foi realizado. “Eu implorei para que alguém a salvasse."
Em nota, a Secretaria da Saúde negou que Dárcy tenha assumido a falha, informando que a Secretaria da Saúde formou uma comissão técnica para apurar todas as condutas adotadas. "É com base nesse relatório que serão tomadas as medidas administrativas, éticas e legais cabíveis."
Manifestação
Na manhã desta sexta-feira, os manifestantes percorreram a Avenida Saudade, no bairro Campos Elíseos, depois passaram pela esplanada do Theatro Pedro II, no Centro, e seguiram para a Praça Barão do Rio Branco, onde está localizado o prédio da Prefeitura. O grupo afirmou que permanecerá no local até as 15h, quando seguirá para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde Gabriela morreu na madrugada de sexta-feira (16).
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O irmão da adolescente, Gustavo Henrique da Silva, de 19 anos, pedia por uma saúde mais digna em Ribeirão Preto, SP (Foto: Paulo Souza/ EPTV)O irmão da adolescente conversou com o secretário
da Saúde na porta da Prefeitura durante a manhã
desta sexta-feira (Foto: Paulo Souza/ EPTV)
Ajoelhado na escadaria do Paço Municipal, o secretário da Saúde disse que está acompanhando a investigação do caso. A Prefeitura abriu uma sindicância para apurar a morte de Gabriela.  “Infelizmente, na saúde, nós lidamos com os limites entre a vida e a morte, e somos derrotados", disse Miranda. A Polícia Civil, o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) e o Ministério Público também investigam o caso.
O caso
Gabriela buscou atendimento em três unidades de saúde de Ribeirão Preto em um único dia e teve uma parada cardíaca na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), na madrugada de sexta-feira (16). Todo o sofrimento da menina foi acompanhado pela mãe, a diarista Fabiana Zafra.  Segundo ela, a adolescente começou a sentir dor de cabeça e mal estar na tarde de quarta-feira (14), e tomou um analgésico para conseguir dormir. No dia seguinte, voltou a passar mal e então foi levada pela mãe à Unidade Básica Distrital de Saúde (UBDS) Quintino Facci II, por volta de 9h30, onde a paciente passou apenas pela pré-consulta.
Cerca de 150 pessoas fizeram um protesto pedindo por justiça pela morte de Gabriela (Foto: Paulo Souza/ EPTV)Cerca de 150 pessoas fizeram protesto por melhoria
na saúde de Ribeirão (Foto: Paulo Souza/ EPTV)
Preocupada com o estado de saúde da filha, Fabiana conseguiu agendar uma consulta de urgência em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) no bairro Ribeirão Verde, onde a equipe médica apontou suspeita de caxumba e encaminhou a adolescente à UPA. Na unidade, os médicos diagnosticaram torcicolo.
Em casa, a jovem não apresentava melhora e passou a ter outros sintomas, como diarreia e vômito. Por volta de 18h, a mãe voltou a levá-la à UPA e os médicos a diagnosticaram com intoxicação alimentar, receitando soro para hidratação e remédio contra cólica intestinal. Mais uma vez, Gabriela recebeu alta e voltou para casa.

Às 21h30, a jovem voltou a ser levada para a UPA sentindo muitas dores. A mãe pediu aos profissionais que realizassem um hemograma completo, mas os médicos teriam afirmado que o exame era desnecessário, pois se tratava de uma virose. Gabriela morreu dentro da unidade, após uma parada cardíaca por volta de 1h40.

Veja o vídeo no link abaixo:
http://glo.bo/1p1k3fz
Fonte G1

Corpo de recém-nascido desaparece durante transferência para hospital

O corpo do recém-nascido Nicolas Naitz Silva, morto na última quinta-feira (22), em Porto Velhoestá desaparecido. O sumiço aconteceu quando a criança, já falecida, era transferida da Maternidade Regina Pacis, onde estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal, para o Hospital de Base, local em que a mãe, Marcieli Naitz, encontrava-se em tratamento. Segundo a certidão de óbito, o bebê faleceu no mesmo dia em que nasceu, de sepse neonatal (infecção em recém-nascido) e asfixia pré-natal. A Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) ainda não tem informações sobre o paradeiro do corpo. O caso foi encaminhado à Polícia Civil, que investiga a denúncia.
Os pais de Nicolas moram em Cujubim, distante 224 quilômetros da capital do estado. No hospital do município, os médicos recomendaram a transferência para Porto Velho. Na viagem, a ambulância teve que parar em Candeias do Jamari, uma vez que Marcieli já estava em trabalho de parto avançado. O nascimento ocorreu no hospital da cidade, e, de lá, a mãe e a criança foram encaminhadas para Porto Velho. Marcieli foi direto para o Hospital de Base e Nicolas foi internado no Hospital Infantil Cosme Damião, onde ficou de 10h às 16h. Devido ao estado do bebê, ele foi transferido para a UTI neonatal da maternidade Regina Pacis. No local, Nicolas faleceu às 18h.
A avó Iranete Naitz acompanhou todo o trajeto do neto em Porto Velho (Foto: Camilo Estevam/G1)A avó Iranete Naitz acompanhou todo o trajeto do
neto em Porto Velho (Foto: Camilo Estevam/G1)
A avó do bebê, Irenilda Naitz, acompanhou o recém-nascido desde a chegada em Porto Velho. Ela conta que, quando foi informada do falecimento, apenas recebeu o atestado de óbito e foi autorizada a ver o bebê de longe e logo foi retirada da sala em que o corpo se encontrava. Segundo Irenilda, uma enfermeira informou então que o corpo deveria ser levado para o Hospital de Base, uma vez que a maternidade não possui câmara fria. A ambulância para transferir o bebê chegou à maternidade às 21h30. “Quando chegou a ambulância, a enfermeira desceu com supostamente um feto enrolado em um pano branco, não deixando a minha mãe encostar ou ver se era mesmo meu bebê lá dentro”, afirma a mãe do bebê.
A avó relata que, na chegada ao Hospital de Base, foi orientada por funcionários do necrotério do local a seguir para a ala em que Marcieli estava internada e que o restante das providências seriam tomadas. No dia seguinte, quando a mãe de Nicolas teve alta e foi buscar o bebê, juntamente com funcionário da funerária contratada pela família, foi informada de que não foi registrada a entrada de qualquer corpo de criança no necrotério do hospital. Marcieli diz que um funcionário do local confirmou a chegada de um lençol, mas que sem qualquer corpo.
A família procurou a Polícia Civil e registrou um boletim de ocorrência. A Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente investiga o caso. Procurada pelo G1, a Secretaria Estadual de Saúde de Rondônia disse que o sumiço do bebê foi comunicado no mesmo dia às autoridades policiais.
FONTE :G1

Justiça define data para júri popular de médicos da ‘Máfia dos Órgãos’

A Justiça definiu nesta sexta-feira (23) a data para o júri popular dos quatro médicos acusados da morte do menino Paulo Veronesi Pavesi, de 10 anos, em 2000, emPoços de Caldas (MG). O julgamento será realizado no dia 31 de julho a partir das 8h no fórum da cidade.
Após 14 anos de investigações, estarão no banco dos réus o neurocirurgião José Luiz Gomes da Silva, o nefrologista Álvaro Ianhez, que na época coordenava a Central MG-Sul Transplantes, apontada pelo Ministério Público como clandestina, o anestesiologista Marco Alexandre Pacheco da Fonseca e o intensivista José Luiz Bonfitto.
Eles são acusados de homicídio qualificado contra o menino Paulinho. O Ministério Público afirma que o garoto estava vivo e que os profissionais teriam  cometido irregularidades na constatação da morte encefálica, que resultou na retirada dos rins e das córneas do garoto enquanto ele ainda estava vivo.
Asilado na Europa, pai presta depoimento
O pai do menino Paulo Veronesi Pavesi, o Paulinho, prestou depoimento na última segunda-feira (19) em Londres sobre a morte do filho, que deu início às investigações da "Máfia dos Órgãos", em Poços de Caldas (MG). Ele depôs como testemunha do caso na sede da Polícia Metropolitana de Londres, acompanhado de um detetive da Scotland Yard. O pai do garoto pediu asilo ao governo italiano em 2008 , após relatar ameaças sofridas pelos envolvidos na morte da criança e anos depois mudou-se para a Inglaterra, onde vive com a família.
O depoimento será remetido ao Brasil para ser anexado ao processo que já condenou os médicos Celso Frasson Scafi, Cláudio Rogério Carneiro Fernandes e Sérgio Poli Gaspar, com penas que variam de 14 a 18 anos.
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Médicos são acusados da retirada e transplante irregular de menino de 10 anos (Foto: Jéssica Balbino/ G1)Médicos foram condenados pelo 'Caso Pavesi'
  (Foto: Jéssica Balbino/ G1)
Médicos condenados ganham direito de recorrer em liberdade
Uma decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) publicada no início deste mês de maio, garantiu que os médicos Celso Roberto Frasson Scafi, Cláudio Rogério Carneiro Fernandes e o anestesista Sérgio Poli Gaspar,condenados pela retirada dos órgãos do menino Pavesi, continuem em liberdade e exercendo a profissão em Poços de Caldas. As prisões pedidas pelo juiz da 1ª Vara Criminal de Poços de Caldas, Narciso Alvarenga Monteiro de Castro, foram revogadas definitivamente pelos desembargadores do tribunal.
Entenda o Caso Pavesi
As investigações do ‘Caso Pavesi’ já duram quase 14 anos. Em 2002, quatro médicos, José Luis Gomes da Silva; José Luis Bonfitto; Marco Alexandre Pacheco da Fonseca e Álvaro Ianhez; foram denunciados pelo Ministério Público por homicídio qualificado.
Na denúncia consta que cada um dos profissionais cometeu atos encadeados que causaram a morte do menino. Entre eles, a admissão em hospital inadequado, a demora no atendimento neurocirúrgico, a realização de uma cirurgia feita por um profissional sem habilitação legal que resultou em erro médico e a inexistência de um tratamento efetivo e eficaz. A denúncia aponta também fraude no exame que determinou a morte encefálica do menino.
Paulinho Pavesi morreu aos 10 anos após cair, passar por cirurgia e ter os órgãos removidos (Foto: Paulo Pavesi/ Arquivo Pessoal)Paulinho Pavesi morreu aos 10 anos após cair, passar por cirurgia e ter os órgãos removidos (Foto: Paulo Pavesi/ Arquivo Pessoal)
A investigação deu origem a outros sete inquéritos e a Santa Casa de Misericórdia de Poços de Caldas perdeu o credenciamento para realizar os transplantes em 2002. O caso foi tema de discussões também no Congresso Nacional em 2004, durante a CPI que investigou o tráfico de órgãos. Os médicos foram acusados de homicídio doloso qualificado pelo Ministério Público Federal.
Em janeiro deste ano, o pai do menino, Paulo Airton Pavesi, que vive na Europa, publicou o livro “Tráfico de Órgãos no Brasil – O que a máfia não quer que você saiba”. Com diferentes passagens que relatam a despedida do garoto, a exumação do corpo e a luta para provar que o menino foi vítima da chama ‘Máfia dos Órgãos’, Pavesi enfatiza que a história toda foi censurada e por isso, optou por lançar o livro de maneira independente e distribuir livremente pela internet.
Caso 2 começa a ser julgado
No início deste mês, teve início o julgamento do médico José Luiz Gomes da Silva, acusado de homicídio contra Adeleus Lúcio Rozin, em abril de 2001, na chamada ‘Máfia dos Órgãos’. Ele compareceu a uma audiência de instrução e julgamento no dia 6 de maio na 1ª Vara Criminal de Poços de Caldas (MG), mas recusou-se a responder as perguntas feitas pela promotoria e pelo juiz Narciso Alvarenga Monteiro de Castro. A audiência durou 9 horas e ainda não há previsão para a publicação da sentença.
Ele foi denunciado após a morte do aposentado, com 58 anos na época. O paciente teve rins, fígado e córneas retirados para transplante. De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público, Adeleus teria chegado ao Hospital da Santa Casa no dia 15 de abril de 2001 com traumatismo craniano e morreu dois dias depois, quando teve os órgãos removidos.
Médico José Luiz Gomes da Silva não quis falar sobre o caso em Poços de Caldas (Foto: Jéssica Balbino / G1)Médico José Luiz Gomes da Silva não quis falar sobre
o caso  (Foto: Jéssica Balbino / G1)
Outros casos relacionados e a Máfia dos Órgãos
O médico julgado no início deste mês aparece ainda em outros processos ligados à 'Máfia dos Órgãos'. Referente ao ‘Caso 2’, tramita também na Justiça o ‘Caso 3’, que terminou com a morte da vítima Alice Mezavila Tavares, na época com 49 anos, após receber um rim doado pela família de Adeleus. Ela esperou pelo menos três anos pelo transplante do órgão e segundo a família, as causas apontadas pela Santa Casa foram infecção generalizada e insuficiência renal crônica.
Entre os outros casos, estão o de uma vítima de 41 anos, morta em 25 de janeiro de 2001 e que teve córneas e rins retiradas. Maria Benedita, de 50 anos, que morava em Itajubá (MG) e morreu depois de receber, na Santa Casa de Poços de Caldas, um rim de uma pessoa de Passos (MG).
Outra vítima, de 50 anos não teve os órgãos captados, no entanto, o motivo não consta no prontuário médico. A morte aconteceu no dia 6 de junho de 2001.
Já as investigações que apontam a suposta existência de um esquema para a retirada irregular de órgãos tiveram início após a morte do menino Paulo Veronesi Pavesi, o Paulinho, em 2000. A criança, na época com 10 anos, teria tido os órgãos removidos enquanto ainda estava viva. Há ainda a expectativa de que outros quatro médicos, entre eles José Luiz Gomes da Silva, sejam levados à júri popular por conta da morte do Caso Pavesi.
O Caso 1 também já foi julgado e condenou os médicos Alexandre Crispino Zincone, João Alberto Góes Brandão, Celso Roberto Frasson Scafi e Cláudio Rogério Carneiro Fernandes em primeira instância.

Fonte G1

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Médicos do Hospital do Andaraí dizem que unidade não tem condições de ser referência durante a Copa Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/medicos-do-hospital-do-andarai-dizem-que-unidade-nao-tem-condicoes-de-ser-referencia-durante-copa-

Carolina Heringer

Escolhido como uma das unidades de referência no atendimento médico durante a Copa do Mundo, o Hospital Federal do Andaraí está longe do “padrão Fifa”. Pelo menos é o que garantem os profissionais da unidade. Nesta quarta-feira, médicos do hospital enviaram um manifesto à direção, advertindo que não há condições de atender a possíveis vítimas durante o evento.
O documento também foi encaminhado ao Ministério Público Federal, ao Sindicato dos Médicos do Estado do Rio (Sinmerj) e ao Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio (Cremerj). Nele, os profissionais listam os problemas que já enfrentam na unidade, como a falta de insumos básicos (gaze estéril, fraldas e medicamento) e as instalações provisórias da emergência, que já perduram há mais de três anos.
- No último dia 14, soubemos que fomos escolhidos como referência no atendimento durante a Copa. Mas não temos condições de atuar em situações de crise. Você lemba do atentado na Maratona de Boston, no ano passado? Numa situação daquelas, não temos condições de atendimento - afirma um médico da unidade, que não quis se identificar, relembrando o incidente nos EUA, no qual três pessoas morreram e 264 ficaram feridas.
Às 10h desta quinta-feira, médicos do Hospital do Andaraí se reúnem com o diretor da unidade, João Marcelo Ramalho.
- O Andaraí não tem condições de ser uma referência durante a Copa. O hospital é uma imagem do abandono. Não tem uma emergência digna, faltam todas as especialidades, além de ser um hospital desabastecido - criticou Jorge Darze, presidente do Sinmerj.
Em nota, a direção da unidade informou que está passando por obras para “melhorias e readequação de sua infraestrutura” e que o hospital foi reabastecido com insumos básicos e também para cirurgias ortopédicas.

Fonte jornal extra -online
Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/medicos-do-hospital-do-andarai-dizem-que-unidade-nao-tem-condicoes-de-ser-referencia-durante-copa-12563002.html#ixzz32Rd3yUcH

Médicos do Hospital do Andaraí dizem que unidade não tem condições de ser referência durante a Copa Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/medicos-do-hospital-do-andarai-dizem-que-unidade-nao-tem-condicoes-de-ser-referencia-durante-copa-


quinta-feira, 8 de maio de 2014

Médicos operam pé errado e paciente se revolta: 'Fui tratado como lixo'

O autônomo Francisco Ferreira de Melo Junior, de 50 anos, teve o pé esquerdo operado quando, na verdade, estava com o dedão do outro pé quebrado. O suposto erro médico aconteceu na Santa Casa de Santos, no litoral de São Paulo.
Segundo Francisco, o problema começou em abril. "Eu acabei quebrando o dedão do pé direito no dia 22. Fui ao pronto-socorro da Zona Noroeste e, logo depois, fui encaminhado para a Santa Casa. No dia 27, fui internado e fiz a operação. Quando acordei, já estava com o pé saudável operado", lembra.
Vítima ficou com medo de possível "queima de arquivo" (Foto: Reprodução/TV Tribuna)Vítima só fez a segunda cirurgia com a presença
da família (Foto: Reprodução/TV Tribuna)
Após a cirurgia, o autônomo diz que ficou com medo. "Eu não sabia o que fazer. Os médicos disseram que me dopariam e arrumariam o erro, mas eu não botava fé. Cheguei a pensar que seria uma 'queima de arquivo' para encobrir o erro. Só aceitei fazer a cirurgia depois de avisar a minha família sobre o ocorrido", explica.
Francisco afirma que o maior problema não foi a operação errada. "O pior de tudo foi o mau tratamento que recebi. Não me deram nenhuma satisfação, não me pediram desculpas. Fui tratado como lixo", destaca.
O paciente prestou queixa na Polícia Civil e fez exame de corpo de delito, no qual foi constatado que havia dois pinos em seu pé esquerdo. Por meio de nota, a Santa Casa de Santos informou que tomou conhecimento sobre o caso e irá apurar os fatos.

Fonte: G1

Justiça determina o fim das Organizações Sociais nas UTIs de três hospitais estaduais Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/justica-determina-fim-das-organizacoes-sociais-nas-utis-de-tres-hospitais-estaduais

Luã Marinatto Uma decisão unânime da 9ª Câmara Cível, do último dia 16, determina o fim das atividades das chamadas Organizações Sociais de Saúde (OS’s) nos setores de tratamento intensivo de três hospitais da rede estadual. O mandado de segurança — obtido a partir de uma ação movida pelo Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro (Sinmed-RJ) contra o secretário de Saúde, Sérgio Cortês — abrange a UTI e a Unidade Semi-Intensiva do Hospital Albert Schweitzer, em Realengo, e as UTIs dos hospitais Getúlio Vargas e Carlos Chagas (na Penha e em Marechal Hermes, respectivamente). "(O poder público) não pode, cômoda e simplesmente, retirar-se e deixar que a empresa privada, seja sob que forma for, assuma o controle de atividade típica e primária do Estado", escreveu o desembargador relator Rogerio de Oliveira Souza, em um dos trechos da decisão. No entender de Jorge Darze, presidente do Sinmed-RJ, a postura da Justiça servirá para criar jurisprudência em outros processos semelhantes movidos pelo sindicato. Isso porque todas as ações seguem uma mesma linha de argumentação: — As OS’s esbarram no preceito consitucional de que a saúde é direito de todos e dever do Estado. Não pode delegar a terceiros. Além disso, o setor privado só pode atuar em caráter complementar — explicou Darze. Estado vai recorrer A Secretaria estadual de Saúde, por sua vez, afirmou que "não existem funcionários para suprir essa demanda, nem entre os servidores, nem entre os concursados pela Fundação Saúde". Já a Procuradoria Geral do Estado (PGE-RJ) não soube confirmar se chegou a ser notificada oficialmente, mas garantiu que recorrerá da decisão da 9ª Câmara Cível. A justificativa da Secretaria de Saúde, contudo, não é bem aceita pelo sindicato. Segundo Jorge Darze, o Estado poderia contratar novos servidores em caráter emergencial, com contratos de seis meses e possibilidade de renová-los por mais seis: — Enquanto isso, faz-se um concurso para contratação definitiva. Há dispositivo legal para casos assim. Fonte: Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/justica-determina-fim-das-organizacoes-sociais-nas-utis-de-tres-hospitais-estaduais-8246844.html#ixzz318DhmT5o