segunda-feira, 26 de maio de 2014

Corpo de recém-nascido desaparece durante transferência para hospital

O corpo do recém-nascido Nicolas Naitz Silva, morto na última quinta-feira (22), em Porto Velhoestá desaparecido. O sumiço aconteceu quando a criança, já falecida, era transferida da Maternidade Regina Pacis, onde estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal, para o Hospital de Base, local em que a mãe, Marcieli Naitz, encontrava-se em tratamento. Segundo a certidão de óbito, o bebê faleceu no mesmo dia em que nasceu, de sepse neonatal (infecção em recém-nascido) e asfixia pré-natal. A Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) ainda não tem informações sobre o paradeiro do corpo. O caso foi encaminhado à Polícia Civil, que investiga a denúncia.
Os pais de Nicolas moram em Cujubim, distante 224 quilômetros da capital do estado. No hospital do município, os médicos recomendaram a transferência para Porto Velho. Na viagem, a ambulância teve que parar em Candeias do Jamari, uma vez que Marcieli já estava em trabalho de parto avançado. O nascimento ocorreu no hospital da cidade, e, de lá, a mãe e a criança foram encaminhadas para Porto Velho. Marcieli foi direto para o Hospital de Base e Nicolas foi internado no Hospital Infantil Cosme Damião, onde ficou de 10h às 16h. Devido ao estado do bebê, ele foi transferido para a UTI neonatal da maternidade Regina Pacis. No local, Nicolas faleceu às 18h.
A avó Iranete Naitz acompanhou todo o trajeto do neto em Porto Velho (Foto: Camilo Estevam/G1)A avó Iranete Naitz acompanhou todo o trajeto do
neto em Porto Velho (Foto: Camilo Estevam/G1)
A avó do bebê, Irenilda Naitz, acompanhou o recém-nascido desde a chegada em Porto Velho. Ela conta que, quando foi informada do falecimento, apenas recebeu o atestado de óbito e foi autorizada a ver o bebê de longe e logo foi retirada da sala em que o corpo se encontrava. Segundo Irenilda, uma enfermeira informou então que o corpo deveria ser levado para o Hospital de Base, uma vez que a maternidade não possui câmara fria. A ambulância para transferir o bebê chegou à maternidade às 21h30. “Quando chegou a ambulância, a enfermeira desceu com supostamente um feto enrolado em um pano branco, não deixando a minha mãe encostar ou ver se era mesmo meu bebê lá dentro”, afirma a mãe do bebê.
A avó relata que, na chegada ao Hospital de Base, foi orientada por funcionários do necrotério do local a seguir para a ala em que Marcieli estava internada e que o restante das providências seriam tomadas. No dia seguinte, quando a mãe de Nicolas teve alta e foi buscar o bebê, juntamente com funcionário da funerária contratada pela família, foi informada de que não foi registrada a entrada de qualquer corpo de criança no necrotério do hospital. Marcieli diz que um funcionário do local confirmou a chegada de um lençol, mas que sem qualquer corpo.
A família procurou a Polícia Civil e registrou um boletim de ocorrência. A Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente investiga o caso. Procurada pelo G1, a Secretaria Estadual de Saúde de Rondônia disse que o sumiço do bebê foi comunicado no mesmo dia às autoridades policiais.
FONTE :G1

Justiça define data para júri popular de médicos da ‘Máfia dos Órgãos’

A Justiça definiu nesta sexta-feira (23) a data para o júri popular dos quatro médicos acusados da morte do menino Paulo Veronesi Pavesi, de 10 anos, em 2000, emPoços de Caldas (MG). O julgamento será realizado no dia 31 de julho a partir das 8h no fórum da cidade.
Após 14 anos de investigações, estarão no banco dos réus o neurocirurgião José Luiz Gomes da Silva, o nefrologista Álvaro Ianhez, que na época coordenava a Central MG-Sul Transplantes, apontada pelo Ministério Público como clandestina, o anestesiologista Marco Alexandre Pacheco da Fonseca e o intensivista José Luiz Bonfitto.
Eles são acusados de homicídio qualificado contra o menino Paulinho. O Ministério Público afirma que o garoto estava vivo e que os profissionais teriam  cometido irregularidades na constatação da morte encefálica, que resultou na retirada dos rins e das córneas do garoto enquanto ele ainda estava vivo.
Asilado na Europa, pai presta depoimento
O pai do menino Paulo Veronesi Pavesi, o Paulinho, prestou depoimento na última segunda-feira (19) em Londres sobre a morte do filho, que deu início às investigações da "Máfia dos Órgãos", em Poços de Caldas (MG). Ele depôs como testemunha do caso na sede da Polícia Metropolitana de Londres, acompanhado de um detetive da Scotland Yard. O pai do garoto pediu asilo ao governo italiano em 2008 , após relatar ameaças sofridas pelos envolvidos na morte da criança e anos depois mudou-se para a Inglaterra, onde vive com a família.
O depoimento será remetido ao Brasil para ser anexado ao processo que já condenou os médicos Celso Frasson Scafi, Cláudio Rogério Carneiro Fernandes e Sérgio Poli Gaspar, com penas que variam de 14 a 18 anos.
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Médicos são acusados da retirada e transplante irregular de menino de 10 anos (Foto: Jéssica Balbino/ G1)Médicos foram condenados pelo 'Caso Pavesi'
  (Foto: Jéssica Balbino/ G1)
Médicos condenados ganham direito de recorrer em liberdade
Uma decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) publicada no início deste mês de maio, garantiu que os médicos Celso Roberto Frasson Scafi, Cláudio Rogério Carneiro Fernandes e o anestesista Sérgio Poli Gaspar,condenados pela retirada dos órgãos do menino Pavesi, continuem em liberdade e exercendo a profissão em Poços de Caldas. As prisões pedidas pelo juiz da 1ª Vara Criminal de Poços de Caldas, Narciso Alvarenga Monteiro de Castro, foram revogadas definitivamente pelos desembargadores do tribunal.
Entenda o Caso Pavesi
As investigações do ‘Caso Pavesi’ já duram quase 14 anos. Em 2002, quatro médicos, José Luis Gomes da Silva; José Luis Bonfitto; Marco Alexandre Pacheco da Fonseca e Álvaro Ianhez; foram denunciados pelo Ministério Público por homicídio qualificado.
Na denúncia consta que cada um dos profissionais cometeu atos encadeados que causaram a morte do menino. Entre eles, a admissão em hospital inadequado, a demora no atendimento neurocirúrgico, a realização de uma cirurgia feita por um profissional sem habilitação legal que resultou em erro médico e a inexistência de um tratamento efetivo e eficaz. A denúncia aponta também fraude no exame que determinou a morte encefálica do menino.
Paulinho Pavesi morreu aos 10 anos após cair, passar por cirurgia e ter os órgãos removidos (Foto: Paulo Pavesi/ Arquivo Pessoal)Paulinho Pavesi morreu aos 10 anos após cair, passar por cirurgia e ter os órgãos removidos (Foto: Paulo Pavesi/ Arquivo Pessoal)
A investigação deu origem a outros sete inquéritos e a Santa Casa de Misericórdia de Poços de Caldas perdeu o credenciamento para realizar os transplantes em 2002. O caso foi tema de discussões também no Congresso Nacional em 2004, durante a CPI que investigou o tráfico de órgãos. Os médicos foram acusados de homicídio doloso qualificado pelo Ministério Público Federal.
Em janeiro deste ano, o pai do menino, Paulo Airton Pavesi, que vive na Europa, publicou o livro “Tráfico de Órgãos no Brasil – O que a máfia não quer que você saiba”. Com diferentes passagens que relatam a despedida do garoto, a exumação do corpo e a luta para provar que o menino foi vítima da chama ‘Máfia dos Órgãos’, Pavesi enfatiza que a história toda foi censurada e por isso, optou por lançar o livro de maneira independente e distribuir livremente pela internet.
Caso 2 começa a ser julgado
No início deste mês, teve início o julgamento do médico José Luiz Gomes da Silva, acusado de homicídio contra Adeleus Lúcio Rozin, em abril de 2001, na chamada ‘Máfia dos Órgãos’. Ele compareceu a uma audiência de instrução e julgamento no dia 6 de maio na 1ª Vara Criminal de Poços de Caldas (MG), mas recusou-se a responder as perguntas feitas pela promotoria e pelo juiz Narciso Alvarenga Monteiro de Castro. A audiência durou 9 horas e ainda não há previsão para a publicação da sentença.
Ele foi denunciado após a morte do aposentado, com 58 anos na época. O paciente teve rins, fígado e córneas retirados para transplante. De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público, Adeleus teria chegado ao Hospital da Santa Casa no dia 15 de abril de 2001 com traumatismo craniano e morreu dois dias depois, quando teve os órgãos removidos.
Médico José Luiz Gomes da Silva não quis falar sobre o caso em Poços de Caldas (Foto: Jéssica Balbino / G1)Médico José Luiz Gomes da Silva não quis falar sobre
o caso  (Foto: Jéssica Balbino / G1)
Outros casos relacionados e a Máfia dos Órgãos
O médico julgado no início deste mês aparece ainda em outros processos ligados à 'Máfia dos Órgãos'. Referente ao ‘Caso 2’, tramita também na Justiça o ‘Caso 3’, que terminou com a morte da vítima Alice Mezavila Tavares, na época com 49 anos, após receber um rim doado pela família de Adeleus. Ela esperou pelo menos três anos pelo transplante do órgão e segundo a família, as causas apontadas pela Santa Casa foram infecção generalizada e insuficiência renal crônica.
Entre os outros casos, estão o de uma vítima de 41 anos, morta em 25 de janeiro de 2001 e que teve córneas e rins retiradas. Maria Benedita, de 50 anos, que morava em Itajubá (MG) e morreu depois de receber, na Santa Casa de Poços de Caldas, um rim de uma pessoa de Passos (MG).
Outra vítima, de 50 anos não teve os órgãos captados, no entanto, o motivo não consta no prontuário médico. A morte aconteceu no dia 6 de junho de 2001.
Já as investigações que apontam a suposta existência de um esquema para a retirada irregular de órgãos tiveram início após a morte do menino Paulo Veronesi Pavesi, o Paulinho, em 2000. A criança, na época com 10 anos, teria tido os órgãos removidos enquanto ainda estava viva. Há ainda a expectativa de que outros quatro médicos, entre eles José Luiz Gomes da Silva, sejam levados à júri popular por conta da morte do Caso Pavesi.
O Caso 1 também já foi julgado e condenou os médicos Alexandre Crispino Zincone, João Alberto Góes Brandão, Celso Roberto Frasson Scafi e Cláudio Rogério Carneiro Fernandes em primeira instância.

Fonte G1

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Médicos do Hospital do Andaraí dizem que unidade não tem condições de ser referência durante a Copa Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/medicos-do-hospital-do-andarai-dizem-que-unidade-nao-tem-condicoes-de-ser-referencia-durante-copa-

Carolina Heringer

Escolhido como uma das unidades de referência no atendimento médico durante a Copa do Mundo, o Hospital Federal do Andaraí está longe do “padrão Fifa”. Pelo menos é o que garantem os profissionais da unidade. Nesta quarta-feira, médicos do hospital enviaram um manifesto à direção, advertindo que não há condições de atender a possíveis vítimas durante o evento.
O documento também foi encaminhado ao Ministério Público Federal, ao Sindicato dos Médicos do Estado do Rio (Sinmerj) e ao Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio (Cremerj). Nele, os profissionais listam os problemas que já enfrentam na unidade, como a falta de insumos básicos (gaze estéril, fraldas e medicamento) e as instalações provisórias da emergência, que já perduram há mais de três anos.
- No último dia 14, soubemos que fomos escolhidos como referência no atendimento durante a Copa. Mas não temos condições de atuar em situações de crise. Você lemba do atentado na Maratona de Boston, no ano passado? Numa situação daquelas, não temos condições de atendimento - afirma um médico da unidade, que não quis se identificar, relembrando o incidente nos EUA, no qual três pessoas morreram e 264 ficaram feridas.
Às 10h desta quinta-feira, médicos do Hospital do Andaraí se reúnem com o diretor da unidade, João Marcelo Ramalho.
- O Andaraí não tem condições de ser uma referência durante a Copa. O hospital é uma imagem do abandono. Não tem uma emergência digna, faltam todas as especialidades, além de ser um hospital desabastecido - criticou Jorge Darze, presidente do Sinmerj.
Em nota, a direção da unidade informou que está passando por obras para “melhorias e readequação de sua infraestrutura” e que o hospital foi reabastecido com insumos básicos e também para cirurgias ortopédicas.

Fonte jornal extra -online
Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/medicos-do-hospital-do-andarai-dizem-que-unidade-nao-tem-condicoes-de-ser-referencia-durante-copa-12563002.html#ixzz32Rd3yUcH

Médicos do Hospital do Andaraí dizem que unidade não tem condições de ser referência durante a Copa Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/medicos-do-hospital-do-andarai-dizem-que-unidade-nao-tem-condicoes-de-ser-referencia-durante-copa-


quinta-feira, 8 de maio de 2014

Médicos operam pé errado e paciente se revolta: 'Fui tratado como lixo'

O autônomo Francisco Ferreira de Melo Junior, de 50 anos, teve o pé esquerdo operado quando, na verdade, estava com o dedão do outro pé quebrado. O suposto erro médico aconteceu na Santa Casa de Santos, no litoral de São Paulo.
Segundo Francisco, o problema começou em abril. "Eu acabei quebrando o dedão do pé direito no dia 22. Fui ao pronto-socorro da Zona Noroeste e, logo depois, fui encaminhado para a Santa Casa. No dia 27, fui internado e fiz a operação. Quando acordei, já estava com o pé saudável operado", lembra.
Vítima ficou com medo de possível "queima de arquivo" (Foto: Reprodução/TV Tribuna)Vítima só fez a segunda cirurgia com a presença
da família (Foto: Reprodução/TV Tribuna)
Após a cirurgia, o autônomo diz que ficou com medo. "Eu não sabia o que fazer. Os médicos disseram que me dopariam e arrumariam o erro, mas eu não botava fé. Cheguei a pensar que seria uma 'queima de arquivo' para encobrir o erro. Só aceitei fazer a cirurgia depois de avisar a minha família sobre o ocorrido", explica.
Francisco afirma que o maior problema não foi a operação errada. "O pior de tudo foi o mau tratamento que recebi. Não me deram nenhuma satisfação, não me pediram desculpas. Fui tratado como lixo", destaca.
O paciente prestou queixa na Polícia Civil e fez exame de corpo de delito, no qual foi constatado que havia dois pinos em seu pé esquerdo. Por meio de nota, a Santa Casa de Santos informou que tomou conhecimento sobre o caso e irá apurar os fatos.

Fonte: G1

Justiça determina o fim das Organizações Sociais nas UTIs de três hospitais estaduais Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/justica-determina-fim-das-organizacoes-sociais-nas-utis-de-tres-hospitais-estaduais

Luã Marinatto Uma decisão unânime da 9ª Câmara Cível, do último dia 16, determina o fim das atividades das chamadas Organizações Sociais de Saúde (OS’s) nos setores de tratamento intensivo de três hospitais da rede estadual. O mandado de segurança — obtido a partir de uma ação movida pelo Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro (Sinmed-RJ) contra o secretário de Saúde, Sérgio Cortês — abrange a UTI e a Unidade Semi-Intensiva do Hospital Albert Schweitzer, em Realengo, e as UTIs dos hospitais Getúlio Vargas e Carlos Chagas (na Penha e em Marechal Hermes, respectivamente). "(O poder público) não pode, cômoda e simplesmente, retirar-se e deixar que a empresa privada, seja sob que forma for, assuma o controle de atividade típica e primária do Estado", escreveu o desembargador relator Rogerio de Oliveira Souza, em um dos trechos da decisão. No entender de Jorge Darze, presidente do Sinmed-RJ, a postura da Justiça servirá para criar jurisprudência em outros processos semelhantes movidos pelo sindicato. Isso porque todas as ações seguem uma mesma linha de argumentação: — As OS’s esbarram no preceito consitucional de que a saúde é direito de todos e dever do Estado. Não pode delegar a terceiros. Além disso, o setor privado só pode atuar em caráter complementar — explicou Darze. Estado vai recorrer A Secretaria estadual de Saúde, por sua vez, afirmou que "não existem funcionários para suprir essa demanda, nem entre os servidores, nem entre os concursados pela Fundação Saúde". Já a Procuradoria Geral do Estado (PGE-RJ) não soube confirmar se chegou a ser notificada oficialmente, mas garantiu que recorrerá da decisão da 9ª Câmara Cível. A justificativa da Secretaria de Saúde, contudo, não é bem aceita pelo sindicato. Segundo Jorge Darze, o Estado poderia contratar novos servidores em caráter emergencial, com contratos de seis meses e possibilidade de renová-los por mais seis: — Enquanto isso, faz-se um concurso para contratação definitiva. Há dispositivo legal para casos assim. Fonte: Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/justica-determina-fim-das-organizacoes-sociais-nas-utis-de-tres-hospitais-estaduais-8246844.html#ixzz318DhmT5o

sábado, 12 de abril de 2014

UPAS sem médico -Uma rotina no Rio de Janeiro

Num grande monitor de TV, no qual se revezavam propagandas institucionais do governo do estado e slogans como “População mais bem cuidada” e “Rio, estado que se preocupa com a saúde da população”, o tempo de espera para atendimento na UPA da Penha revoltava os que esperavam por uma consulta na sala do contêiner, na noite da última quinta-feira: nove horas e 56 minutos. Eram 19h32m quando a auxiliar de escritório Bianca Gonçalves, de 34 anos, enviou a foto que mostrava a longa espera por meio do WhatsApp do EXTRA. Na tarde de ontem, a situação persistia: cinco horas e 52 minutos, chegou a marcar no monitor.


O monitor da UPA da Penha mostra o tempo de espera para atendimento na noite de quinta-feira: 9 horas e 56 minutos
monitor da UPA da Penha mostra o tempo de espera para atendimento na noite de quinta-feira: 9 horas e 56 minutos Foto: Leitora Bianca Gonçalves/via whatsapp

Na quinta-feira, Bianca havia chegado à unidade às 14h57m, levando a mãe, a dona de casa Leila dos Santos Gonçalves, de 57 anos. Nem mesmo a classificação de “urgência”, recebida após a triagem, foi capaz de agilizar o atendimento da paciente, que chegou à UPA queixando-se de dores no peito e no estômago, 20 dias após ter três stents implantados no coração.
— Minha mãe sentiu uma dor muito forte no peito após o almoço. Mais forte do que quando ela enfartou em 2012. Eu a trouxe correndo para cá. Mas já estamos esperando há cerca de cinco horas e meia — disse Bianca.


Pacientes cercam a porta do único médico que fazia atendimentos na noite de quinta-feira, na UPA da Penha
Pacientes cercam a porta do único médico que fazia atendimentos na noite de quinta-feira, na UPA da Penha Foto: leitora bianca gonçalves/via whatsapp

A auxiliar de escritório conta que algumas pessoas desistiram de esperar e foram embora sem atendimento. Uma delas foi sua tia, que havia chegado à UPA da Penha às 11h, com dor de cabeça:
— Ela desistiu e voltou para casa.
Por volta das 20h30m, a sala de espera da unidade estava lotada quando o único médico que fazia atendimentos ameaçou ir embora e teve a porta do consultório bloqueada por pacientes.
— Chegou um policial e o médico saiu para atendê-lo. Algumas pessoas reclamaram, e ele disse que ia embora. Nesse momento, várias pessoas que aguardavam há horas foram para a porta do consultório, dizendo que não deixariam ele sair sem antes atendê-las — contou Bianca.
Leila foi atendida às 21h32m, após seis horas e meia sentada, sentindo dor.


Alexandra Rayssa é amparada pela mãe, Sandra Márcia, na tarde desta sexta-feira, na UPA da Penha
Alexandra Rayssa é amparada pela mãe, Sandra Márcia, na tarde desta sexta-feira, na UPA da Penha Foto: flávia junqueira

Ontem, a espera de Alexandra Rayssa de Almeida Capela, de 16 anos, também durou cerca de seis horas. A menina, que apresentava febre e dor lombar, chorava sentada na cadeira e, após a mobilização de outros pacientes, foi atendida na frente.
— Não aguento mais. Ela chora e eu choro junto. O que mais eu posso fazer? — disse a mãe, a cabeleireira Sandra Márcia de Almeida, de 41 anos.
A coordenação da UPA informou que três médicos faltaram o plantão diurno na quinta-feira, o que provocou demora no atendimento. Em nota, afirmou que todos os pacientes foram acolhidos e submetidos à classificação de risco, com prioridade de atendimento dos casos mais graves. Apesar de pacientes relatarem que apenas um médico fazia atendimento na noite de quinta, a coordenação da UPA afirmou que sete clínicos estavam de plantão. Ontem cinco faziam o plantão diurno.
— Aqui, para ser atendido, o paciente faz plantão de 12 horas junto com o médico — disse o vigilante Jorge Luiz Rocha, de 53 anos.


Jorge Luiz Rocha aguarda resultado de exame na UPA da Penha: “Vou fazer plantão junto com o médico”
Jorge Luiz Rocha aguarda resultado de exame na UPA da Penha: “Vou fazer plantão junto com o médico” Foto: EXTRA / Luiz Roberto Lima

Confira a nota da Secretaria estadual de Saúde na íntegra:
“A coordenação da Unidade de Pronto Atendimento da Penha informa que quinta-feira atuou com equipe incompleta durante o dia, devido a falta de três profissionais escalados para o plantão. A coordenação tentou captar médicos substitutos, porém sem sucesso. Os plantonistas se revezaram entre o atendimento à população, o acompanhamento de saída de pacientes para a realização de exames em outras unidades de saúde e os cuidados com pacientes em observação na sala de cuidados intensivos, o que provocou demora no atendimento. No entanto, todos pacientes que deram entrada foram acolhidos e submetidos à classificação de risco, com prioridade de atendimento dos casos mais graves para o menos graves. Entre 7h e 19h, foram realizados 319 atendimentos de clínica médica.”
“A coordenação da Unidade de Pronto Atendimento da Penha informa que está operando com cinco clínicos nesta sexta-feira e que a unidade não dispõe de atendimento em pediatria. As crianças que necessitam de atendimento pediátrico são encaminhadas para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, que fica em frente à unidade. Nesta sexta-feira, entre 7h e 18h, foram realizados 330 atendimentos. É importante salientar que todos pacientes que chegam na unidade são acolhidos e submetidos à classificação de risco, com prioridade de atendimento dos casos mais graves para o menos graves. O tempo de espera também pode ser influenciado pela alta demanda. Na noite de quinta-feira, sete clínicos estavam de plantão na UPA da Penha, tendo realizado 238 atendimentos entre as 19h de quinta-feira e as 7h de hoje.”
"Sobre o atendimento à paciente Alexandra Rayssa de Almeida Capela, a coordenação da unidade informa que a mesma deu entrada na UPA com relato de desconforto na região lombar e febre. Alexandra foi examinada pelo médico e realizou exames laboratoriais que identificaram infecção urinária. Após ser medicada, recebeu alta."



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Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/pacientes-se-revoltam-com-espera-de-quase-dez-horas-por-atendimento-na-upa-da-penha-12174736.html#ixzz2yhkap5rk

sexta-feira, 11 de abril de 2014

CALAMIDADE NA SAÚDE EM RORAIMA

CALAMIDADE NA SAÚDE EM RORAIMA! MUITA PROPAGANDA E FALTA DE RESPEITO COM O SER HUMANO:
Depois do nosso amigo de Guarulhos que se manifestou uma série de imagens como estas estão chegando a todo momento e nós vamos publicar todas! Isso sim que eu chamo de imagens fortes, cenas chocantes de um Brasil apodrecido pela corrupção. Em Roraima, pessoas doentes que deveriam estar recebendo tratamento digno estão feito animais prontos para o abate jogados no chão e nos corredores, sem atendimento e agonizando no Brasil da copa do mundo! São senhoras, senhores e crianças no chão sem receber atendimento, no chão gente olhem essas fotos tiradas agora do principal hospital daquele estado. O Brasil está mal e pode piorar se nós, digo nós homens e mulheres não nos levantarmos do sofá e não formos pedir respeito com nosso povo, estamos sem educação, sem saúde e ainda sendo assaltados e até morrendo nas mãos de bandidos... Será que isso para você NÃO BASTA!
Alison Maia - Repórter Policial
Direto de Roraima:

domingo, 6 de abril de 2014

Erro médico no HRA, lotação e mau atendimento são denúncias de leitora

A leitora contou que a paciente não conseguiu atendimento de ortopedista, porque só tinha vaga para daqui a um mês; porém, a perna foi engessada e ela foi acomodada em uma cadeira no corredor. Contudo, ainda com queixas, foi levada pela família para um hospital na cidade de Bezerros, onde soube que não deveria ter passado por este procedimento. "É um erro médico. O gesso foi tirado dela e o pé estava infeccionado. Hoje (25) ela tentou fazer uma cirurgia para resolver o problema, mas não conseguiu", afirmou.
Sobre o corredor cheio, a internauta relatou que havia pacientes jovens, além de duas idosas, de 90 e 82 anos - respectivamente a sentada sobre uma maca e a deitada próxima ao chão, com a bacia quebrada. Enquanto esteve com a parente, ela afirmou que questionou os funcionários sobre corredores cheios e macas deixadas do lado de fora do HRA. "E quando a gente perguntou sobre os quartos que estavam vazios, diziam que eram de outro departamento. A quantidade de pessoas no corredor só diminuiu e os quartos só foram ocupados porque uma mulher ameaçou chamar a imprensa". Ela gravou o vídeo neste momento, quando havia menos pessoas.
Por fim, reclamou ainda da má educação de enfermeiras e seguranças, que não estariam sabendo tratar pessoas naquelas condições.
No corredor, idosa de 82 anos estava com a bacia quebrada, segundo internauta. (Foto: Internauta/ VC no G1)No corredor, idosa de 82 anos estaria com a bacia
quebrada. (Foto: Internauta/ VC no G1)
Nota da Redação: Sobre o possível erro médico e a vaga para ortopedista, a assessoria do Hospital Regional do Agreste (HRA) explicou que "se a internauta pediu anonimato, então não há como investigar o caso e muito menos ver o prontuário dela para saber o que foi prescrito. A internauta falou que só há vaga para daqui a um mês? Vaga para que? O que essa paciente realmente tem? Ela já voltou ao HRA para avaliação? Sem nome, fica difícil". Acerca do relato de maus tratos por funcionários, afirmou: "dispomos de uma ouvidoria que recebe não só denúncias, como também elogios pelos serviços que o HRA presta a pacientes não só de todo o Agreste de Pernambuco, mas do Sertão e até outros Estados. Até o momento, a direção não recebeu nenhuma reclamação de pacientes mal tratados. Salientamos que, a equipe de Enfermagem do HRA preza pela assistência humanizada. Os profissionais sempre passam por capacitações para sempre oferecer qualidade nos serviços prestados aos pacientes. A equipe de segurança trabalha com cautela e, acima de tudo, mantém um bom comportamento para com todos". O número da ouvidoria não foi informado na nota enviada. Por fim, em relação à lotação dos corredores, informou que "não possui enfermarias vazias. Todas são ocupadas e essa ocupação é rotativa, ou seja, um paciente tem alta e outro vem e ocupa o leito. Em hospitais particulares funciona assim também. O corredor poderia estar ocupado por pacientes sim, até porque o HRA é um hospital de portas abertas, ou seja, um hospital que não se recusa a receber o paciente. A não ser que o plantão de alguma especialidade esteja fechado. Se todos os nossos leitos estão ocupados e dispomos de macas, poltronas ou cadeiras, é claro que não iremos deixar o paciente no chão e o acomodaremos em um desses locais. Mas jamais deixaremos um paciente no chão. Se o paciente já chega de ambulância em maca, dependendo do seu estado, nós poderemos trocá-lo de acomodação ou deixá-lo na maca enquanto ele é estabilizado. O HRA não pode ser considerado um hotel, onde as pessoas têm de brigar por um quarto. Nós dispomos de enfermarias e, como já falei, podem estar ocupadas sim, principalmente as de Ortopedia, que é a nossa referência aqui".