quarta-feira, 31 de julho de 2013

Médicos acusados de retirar órgãos de criança ainda viva são julgados

Começam nesta quarta-feira (31) as audiências de instrução e julgamento do caso sobre a retirada e o possível tráfico de órgãos do menino Paulo Veronesi Pavesi, morto aos 10 anos em Poços de Caldas (MG). O caso aconteceu no ano 2000 e ganhou repercussão internacional. Os médicos Celso Roberto Frasson Scafi, Cláudio Rogério Carneiro Fernandes e Sérgio Poli Gaspar são acusados de pertencer à chamada “Máfia dos Órgãos”. Eles serão julgados pelo crime, com o agravante de tê-lo praticado em pessoa viva, resultando em morte, segundo a Lei de Transplantes. Esta será a primeira vez que os médicos envolvidos no ‘Caso Pavesi’ serão ouvidos em audiência. Segundo o Ministério Público, o julgameneto de hoje é apenas um dos processos que apura a morte do menino. Na ocasião, Paulinho, como era conhecido, caiu de uma altura de 10 metros do prédio onde morava e foi levado para o pronto-socorro do Hospital Pedro Sanches. Ainda de acordo com o Ministério Público, o menino teria sido vítima de um erro médico durante uma cirurgia e foi levado para a Santa Casa de Poços de Caldas, onde teve os órgãos retirados por meio de um diagnóstico de morte encefálica, que supostamente teria sido forjado. No julgamento, previsto para durar dois dias, 29 testemunhas, entre defesa e acusação, serão ouvidas no Fórum de Poços de Caldas. Os médicos Celso Roberto Frasson Scafi e Cláudio Rogério Carneiro Fernandes, já foram condenados em 1ª instância em fevereiro deste ano por outro crime. A dupla teria feito a retirada ilegal de órgãos do pedreiro José Domingos de Carvalho, morto aos 38 anos em abril de 2001, na Santa Casa de Poços de Caldas. Os dois médicos recorreram da condenaçção e aguardam a decisão da Justiça em liberdade. Juiz Narciso Alvarenga Monteiro de Castro fala sobre novidades no caso Pavesi. (Foto: Reprodução EPTV) Juiz Narciso Alvarenga Monteiro de Castro conduz as audiências. (Foto: Reprodução EPTV) As audiências serão conduzidas pelo juiz Narciso Alvarenga Monteiro de Castro, que em março deste ano teve o pedido de afastamento do caso negado pela 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Na ocasião os advogados de Celso Roberto Frasson Scafi e Cláudio Rogério Carneiro Fernandes pediram o afastamento do magistrado alegando que o juiz teria demonstrado parcialidade em relação aos casos. A liminar foi suspensa no mês passado e o juiz voltou a presidir as audiências dos processos referentes ao tráfico de órgãos na cidade. Os advogados dos médicos acusados foram procurados pelo G1 e informaram que vão se manifestar durante o julgamento. Caso Pavesi desmonta esquema de tráfico de órgãos As investigações do ‘Caso Pavesi’ já se arrastam por 13 anos. Em 2002, quatro médicos: José Luis Gomes da Silva, José Luis Bonfitto, Marco Alexandre Pacheco da Fonseca e Álvaro Ianhez foram denunciados pelo Ministério Público por homicídio qualificado. Na denúncia consta que cada um cometeu atos encadeados que causaram a morte do menino. Entre eles, a admissão em hospital inadequado, a demora no atendimento neurocirúrgico, a realização de uma cirurgia feita por um profissional sem habilitação legal que resultou em erro médico e a inexistência de um tratamento efetivo e eficz. A denúncia aponta também fraude no exame que determinou a morte encefálica do menino. A investigação deu origem a outros sete inquéritos e a Santa Casa de Misericórdia de Poços de Caldas perdeu o credenciamento para realizar os transplantes em 2002. O caso foi tema de discussões também no Congresso Nacional em 2004, durante a CPI que investigou o tráfico de órgãos. Os médicos foram acusados de homicídio doloso qualificado pelo Ministério Público Federal. Retiradas de órgãos aconteciam na Santa Casa de Poços de Caldas (Foto: Divulgação) Retiradas de órgãos aconteciam na Santa Casa de Poços de Caldas (Foto: Divulgação) Ainda na época, o médico Álvaro Ianhez foi denunciado por chefiar a entidade MG Sul Transplantes, que realizava as retiradas dos órgãos e os encaminhava aos possíveis receptores. A organização foi apontada pelo Ministério Público como “atravessadora” em um esquema de tráfico de órgãos humanos. Em 2010, a Justiça determinou que a equipe médica responsável pela cirurgia de retirada dos órgãos do menino Paulo Veronesi Pavesi fosse a júri popular. O caso está no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ainda não há previsão para o julgamento. Os médicos indiciados aguardam em liberdade. Quatro médicos são condenados por retirar órgãos de pedreiro O juiz da 1ª Vara Criminal de Poços de Caldas, Narciso Alvarenga Monteiro de Castro, condenou em fevereiro deste ano quatro médicos envolvidos no esquema de compra e venda de órgãos humanos no Sul de Minas. A condenação se refere à retirada de órgãos de José Domingos de Carvalho, morto aos 38 anos em abril de 2001, na Santa Casa de Poços de Caldas. Os médicos João Alberto Góes Brandão, Celso Roberto Frasson Scafi, Cláudio Rogério Carneiro Fernandes e Alexandre Crispino Zincone foram condenados a penas que variam de oito a 11 anos e seis meses de prisão em regime fechado por homicídio doloso, compra e venda de órgãos humanos, violação de cadáver e realização de transplante irregular. Segundo a Justiça, os profissionais faziam parte de uma equipe médica clandestina que removia órgãos e realizava transplantes de forma irregular. Eles recorreram da sentença e estão em liberdade. As condenações provocaram também a reabertura do inquérito referente à morte de Carlos Henrique Marcondes, o Carlão, que foi diretor administrado do Hospital Santa Casa até o ano de 2002. Ele foi encontrado morto na época com um tiro na boca dentro do próprio carro. Médicos condenados voltam a atender pelo SUS No último dia 22 de março, os quatro médicos condenados conseguiram um habeas corpus que os permite a atuar novamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo a assessoria de imprensa do TJMG, além das penas, os médicos deveriam cumprir também medidas cautelares. Uma delas proíbe que eles prestem serviços médicos pelo SUS. A outra medida cautelar proíbe que os médicos se ausentem do país ou mesmo da comarca sem prévia autorização da Justiça.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Família paga para médico particular atender dentro de UPA no Rio

Veja como é grave a situação da rede pública de saúde no Rio. A família do funcionário público Ronaldo Moreira França, de 50 anos, pagou R$ 500 para que um neurologista particular fosse até à UPA de Santa Luzia, em São Gonçalo, examiná-lo. Após a consulta, o especialista receitou alguns remédios. Todos estavam nas prateleiras da farmárcia da UPA. Ou seja: Ronaldo só não estava corretamente medicado por falta de um neurologista. Por serem unidades de pronto atendimento, as UPAs não têm neurologistas. - Estou revoltada, indignada com a morte do meu marido. Mas também me revolta saber que a UPA tinha os remédios que poderiam ajudar meu marido, e essa medicação não foi dada porque não tinha um especialista - desabafa Arlete França, de 49 anos, viúva de Ronaldo. O funcionário público sofreu um acidente vascular encefálico (AVE) e foi levado para a UPA no último dia 18. A consulta com o neurologista só aconteceu na quarta passada, seis dias depois dele ser internado. - Meu filho saiu desesperado pelas ruas atrás de um neurologista. Umas pessoas que viram o desespero dele, ajudaram e indicaram esse médico, que foi uma bênção pra gente - diz Arlete. Às 20h31min de quinta-feira, minutos após o Blog Emergência publicar que Ronaldo Moreira França, funcionário da Funasa, esperava por um leito de CTI, a juíza de plantão Bárbara Alves Xavier concedeu a ordem de internação imediata. Mas a decisão foi cumprida. Aliás, a magistrada determinou que se não houvesse vaga em CTI público, Ronaldo deveria ter sido transferido para um hospital particular e o estado pagaria as despesas. - Na UPA falaram que a liminar não adiantava de nada, pois não tinha vaga em nenhum hospital - conta a viúva. Em sua decisão, a juíza Bárbara Alves Xavier criticou a falta de atenção do estado com o sistema de saúde. Veja um trecho: "... É imperiosa a necessidade de os agentes e integrantes dos órgãos do sistema de saúde de melhorarem a estrutura para os atendimentos de tratamento intensivo, pois, em todos os Plantões Judiciários, são inúmeras as demandas nas quais a sociedade roga ao Poder Público melhoria nos quadros de tratamento intensivo no Estado e no Município, não sendo crível que as Secretarias retardem demasiadamente a inauguração de novas vagas. (...) A desídia do Poder tem ocasionado a morte prematura e desnecessária de pessoas em filas nos hospitais e em decorrência de atendimento deficiente neles prestado". Ronaldo deixa mulher e dois filhos. A família vai processar o estado. Fonte:Enviado por Daniel Brunet - 29.07.2013

MEU ANJO (MARCELA)

MEU ANJO (MARCELA), ESTAVA HA UM MÊS ENFRENTANDO UMA FALTA DE AR E TOSSE,QUE FOI TRATADA POR UM MEDICO.LOGO DEPOIS , MEU ANJO COMEÇOU COM UMA DOR NA PANTORRILHA ESQUERDA.PROCUROU UM ORTOPEDISTA QUE PEDIU RX E DIAGNOSTICOU SENDO UMA DISTENSÃO. MAS A DOR CONTINUAVA. E NO DIA 22 DE JUNHO ESTAVA MEU ANJO INDO PARA O TRABALHO (HOSPITAL ROCHA FARIA-NEO NATAL ) COMO DIZIA ELA: "CUIDAR DOS SEUS BEBES" AO CHEGAR NO HOSPITAL MEU ANJO NÃO AGUENTOU A FALTA DE AR E DESMAIOU.SENDO ENCAMINHADA PARA ENFERMARIA. FUI AVISADA NO MEU TRABALHO.CHEGANDO , CONSTATEI Q JÁ HAVIAM FEITO VÁRIOS EXAMES COM MINHA BB , INCLUSIVE O DA H1N1 ( MUITAS GENTE COGITOU Q ELA MORRERA DESTA DOENÇA) O Q DEU NEGATIVO.PROCUREI A MEDICA Q ESTAVA ACOMPANHANDO A MINHA BB E LHE INFORMEI DA DOR NA PANTORRILHA ESQUERDA. ASSIM Q ELA OUVIU O MEU RELATO OLHOU PARA OUTRA ENFERMEIRA E FALOU: EMBOLIA PULMONAR .CORRERAM COM MEU ANJO PARA FAZER UMA TOMOGRAFIA , MAS ELA NÃO CONSEGUIA FICAR DEITADA PARA REALIZAR O EXAME. A FALTA DE AR PIORAVA QUANDO ELA DEITAVA. RESOLVERAM ENTÃO ENTUBA-LA E SEDA-LA PARA REALIZAR O EXAME.ASIIM Q FIZERAM O PROCEDIMENTO , MEU BB ENTROU EM CHOQUE ( ACHO Q É ESTA A PALAVRA NÃO SEI MUITO BEM) SUA PRESSÃO ARTERIAL FOI A ZERO E SÓ COM ADRENALINA É Q CONSEGUIAM FAZER ELA REAGIR. MEU ANJO NÃO CONSEGUIU REAGIR MAIS SEM AS MEDICAÇÕES NÃO CONSEGUIRAM FAZER A TOMOGRAFIA ,PORQUE ELA NÃO PODERIA SAIR DOS APARELHOS Q LHE ERAM NECESSÁRIOS PARA CONTINUAR VIVA. TENTAMOS REMOVE-LA MAS SEM SUCESSO . QUANDO A AMBULÂNCIA UTI CHEGOU , MEU BB JÁ NÃO PODERIA SER REMOVIDA. CORRIA RISCO DE PERDE-LA NO CAMINHO. NÃO FOI POR OMISSÃO DO ATENDIMENTO DO HOSPITAL. MEU BB FOI BEM ATENDIDA . DE 3 A 4 MÉDICAS FIZERAM DE TUDO PARA SALVA-LA. MEU BB MORREU DE UMA DOENÇA Q TEM CURA QUANDO DIAGNOSTICADA POR PROFISSIONAIS BEM INFORMADOS. TROMBOSE É O NOME DA DOENÇA , Q CAUSA A EMBOLIA PULMONAR SE NÃO FOR TRATADA. O ÊMBOLO, UM COAGULO Q SE FORMA NA BATATA DA PERNA SOLTOU E PERCORREU A SUA CORRENTE SANGUINIA E SE ALOJOU NO PULMÃO , FECHANDO A ENTRADA DO OXIGÊNIO. OS ORGÃOS DA MINHA BB FORAM PARANDO CADA UM AOS POUCOS. REZAMOS MUITO, PEDIMOS MUITO A DEUS ! MAS QUANDO É DA SUA VONTADE ELE NÃO DEIXA NINGUÉM ENXERGAR O Q PODERIA ACONTECER. MEU ANJO TEVE 4 PARADAS CARDÍACAS E NÃO RESISTIU... FOI PARA O CÉU....AGORA ELA É UMA ESTRELA... (POR FAVOR , TUDO LEVA A CRER QUE FOI A PÍLULA ANTICONCEPCIONAL A CAUSADORA DA TROMBOSE-É UM PEDIDO DE UMA MÃE QUE ESTÁ SOFRENDO COM A PERDA DE SUA FILHA...PESQUISE NA INTERNET-PILULA ANTICONCEPCIONAL/TROMBOSE- OS MÉDICOS NÃO ORIENTAM SOBRE ISSO ,PASSAM A PÍLULA E PRONTO. http://noticias.r7.com/videos/estudo-revela-que-pilulas-anticoncepcopnais-

Até 73% dos erros cometidos em hospitais no país são evitáveis

Até 73% dos erros que acontecem dentro de hospitais brasileiros, como medicações trocadas ou operação de membros errados, poderiam ser evitados. É o que apontam estudos da Fiocruz apresentados no QualiHosp (congresso de qualidade em serviços de saúde) e que ajudaram o Ministério da Saúde a criar novas normas de segurança hospitalar que passam a valer a partir de 2014. As pesquisas, feitas em dois hospitais públicos do Rio, encontraram uma incidência média de 8,4% de eventos adversos, semelhante aos índices internacionais. No Brasil, no entanto, é alto o índice de problemas evitáveis: de 66,7% a 73%. Em outros países, a incidência variou de 27% (França) a 51% (Austrália). Editoria de Arte/Folhapress Em números absolutos, isso significa que, em 2008, dos 11,1 milhões de internados no SUS, 563 mil foram vítimas de erros evitáveis. Para Walter Mendes, pesquisador da Fiocruz e consultor do comitê do programa de segurança do paciente, embora haja limitações metodológicas ao extrapolar os resultados para o resto do país, os estudos indicam a magnitude do problema. "É um quadro barra pesada. Nos países desenvolvidos, existem políticas de segurança bem consolidadas. Aqui estamos acordando com um pouco de atraso", diz ele. Segundo Mendes, a política de segurança do paciente não pode ser vista em separado do "imenso caos" que vive a maioria dos hospitais. "A questão é adotar mecanismos impeçam que o erro chegue ao doente", afirma. A morte da menina Stephanie Teixeira, 12, que no ano passado recebeu vaselina em vez de soro nas veias, é um exemplo de erro evitável. Os frascos eram idênticos, e os nomes dos produtos estavam em etiqueta de mesma cor. Para Angela Maria da Paz, gerente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), esses casos acontecem porque as instituições não seguem protocolos. "Existem ferramentas capazes de prevenir esse tipo de erro." No Brasil, diz ela, os eventos adversos são subnotificados e, em geral, só se tornam visíveis quando viram caso de polícia. "Existe a cultura do castigo, as pessoas escondem, têm medo. O erro deve ser aproveitado como aprendizado, não para punição." Para o professor Jesús María Aranaz Andrés, chefe do serviço de medicina preventiva do hospital Sant Joan d'Alacant (Espanha), a reparação do erro pode ser resolvida de várias formas, como pela compreensão e correção ou por indenização. "Só não pode haver culpabilização porque isso leva à ocultação. Se escondermos a cabeça na areia feito avestruz, não vamos aprender." O pesquisador Paulo Santos Sousa, professor da Universidade Nova de Lisboa (Portugal), diz que as mudanças devem ser de cultura. "Bactéria não tem asas. Ela passa de paciente para paciente porque alguém a carregou nas mãos. Sempre se soube que lavar as mãos é importante, mas continua sendo um desafio." Segundo Angela Paz, da Anvisa, a agência construirá uma ferramenta eletrônica para monitorar os eventos adversos e agir na prevenção. Um dos pontos da política, segundo ela, é uma negociação com o Ministério da Educação para que as faculdades de medicina coloquem em seus currículos o tema de segurança do paciente. Outra ideia é disseminar essas informações ao paciente para que ele se torne atuante no processo, e não um mero espectador.

Saúde e CRM vão investigar médico que ignorou mulher desmaiada no DF

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal informou nesta quinta-feira (25) que já chegou à corregedoria da pasta a denúncia contra o médico filmado ignorando uma paciente desmaiada no Hospital Regional do Gama. A pasta não informou, no entanto, o prazo para conclusão da sindicância ou o tipo de punição prevista caso a suposta negligência seja comprovada. Na sexta-feira (19) o G1 divulgou um vídeo de um médico que foi filmado observando uma mulher desmaiada na porta do consultório sem que ele levantasse da cadeira para atendê-la (veja acima). O G1 tentou entrar em contato com o médico, que é clínico geral no Hospital do Gama, mas a instituição informou que ele entrou de férias na última quarta-feira (17). A mulher acabou sendo carregada no banco para dentro do consultório. saiba mais Secretário nega negligência ou erro médico em morte de bebê no DF Médico ignora mulher desmaiada em hospital do DF; veja vídeo Rede de saúde do DF ignora certidão de recusa de atendimento a pacientes O Conselho Regional de Medicina informou que também já abriu uma sindicância para apurar o caso do médico. Segundo o presidente do CRM, Iran Augusto, o conselho solicitou ao diretor do Hospital do Gama a ficha de atendimento do médico, que deverá ser enviada em até dez dias úteis. “O ofício será então enviado ao médico e ao paciente para poder constar como denunciante, e então se começa a apuração dos fatos”, disse Iran Augusto. “Chegando a isso, vamos fazer um relatório; feito o relatório, ele passa por uma câmara, e essa câmara composta por cinco conselheiros dirá se abre processo ou se arquiva [a denúncia].” Segundo Augusto, se for decidido que o processo deve ser aberto, a paciente e o médico serão chamados para serem ouvidos. “Chama a paciente, chama o denunciante, chama cinco testemunhas de cada lado”, disse. “É o mesmo ritual que tem no jurídico, e aí vai se fazer um relatório para julgamento no plenário do conselho.” Questionado sobre o tipo de punição que o médico pode receber caso fique comprovado que houve negligência no atendimento à paciente, Iran Augusto disse que não é possível fazer “prejulgamento”. “Não posso prejulgar. Cada caso é um caso”, disse. “O conselho pode não fazer nada. Não se pergunta a um juiz que tipo de pena ele vai dar.” O Conselho Federal de Medicina informou, no entanto, que existem cinco tipos de punições previstas por uma lei que regulamenta os conselhos e prevê que eles sejam órgãos supervisores da ética profissional da classe médica. A primeira sanção é uma advertência confidencial; a segunda é uma censura confidencial; a terceira é uma censura pública. Somente em casos mais graves um médico pode ter a suspensão do exercício profissional por até 30 dias e, em último caso, o direito ao exercício profissional cassado. Fonte: G1 Link :http://glo.bo/1aLBk2A

MP investiga quatro mortes em UPAs da Região Metropolitana de BH

O Ministério Público investiga quatro mortes em Unidades de Pronto Atendimento na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O prazo máximo de internação nas UPAs é de 24 horas, mas os repórteres do Bom Dia Brasil encontraram pacientes que estão internados há mais de dez dias. Macas espalhadas pelos corredores, e até as cadeiras servem de leitos improvisados. Salas superlotadas em uma Unidade de Pronto-Atendimento de Belo Horizonte. Os pacientes só podem ficar em UPAs por, no máximo, 24 horas, segundo o Ministério da Saúde. Depois desse prazo, quem precisa de internação tem que ser encaminhado a um hospital. Mas, na prática não é assim. “Meu marido está internado fez 11 dias ontem”, conta a doméstica Irene Raposo. “Meu marido está aqui há quatro dias aguardando”, diz uma mulher. De acordo com o Ministério Público, o problema não está restrito a esta Unidade de Pronto-Atendimento. Os promotores dizem que são, pelo menos, três denúncias diárias de pacientes internados em outras UPAs de Belo Horizonte e também da Região Metropolitana, muitos em estado grave, que não conseguem vagas em leitos de hospitais. “Foram quatro falecimentos em menos de um mês, e isso foram os casos que chegaram até a gente. Com certeza, acredite que teriam mais casos que a gente não teve conhecimento”, diz o promotor de Justiça de Defesa da Saúde de BH Nélio Costa Dutra Júnior Na UPA de Vespasiano, na Região Metropolitana, pacientes em CTIs improvisados. “Não pode ficar esperando muito. Esperar morrer primeiro para transferir?”, reclama a doméstica Vanda Luísa Lopes. Cerca de 12 pessoas esperam transferência, segundo a diretora da unidade. Ela diz que já tentou vaga em 20 hospitais, sete deles particulares. “Eles alegam que não tem vaga, que está superlotado. Às vezes o paciente morre”, conta Daniele Peixoto. A espera do avô de Gabriela Soares Mateus foi longa demais. O aposentado, de 77 anos, morreu depois de doze dias internado na UPA. “A gente foi vendo o meu avô morrendo aos poucos. É muito ruim”, lamenta a corretora. “A gente vê que pode salvar a vida dessa pessoa se houver a continuidade do tratamento em um leito de CTI, que muitas vezes não sai. Aqui, o que a gente pode fazer é limitado”, lamenta o médico Orlando Marcelo de Abreu. A prefeitura de Belo Horizonte responde pela central de leitos de toda a Região Metropolitana. “A norma do ministério é um parâmetro indicativo. Não é uma proibição. Ela depende da condição clínica do cidadão e do funcionamento da rede”, afirma o secretário municipal de Saúde, Marcelo Teixeira. Ainda segundo o secretário de Saúde, seria necessário abrir pelo menos três mil novos leitos na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Fonte: G1 Link:http://glo.bo/13gqRL1

Macas do SAMU são usadas como leitos em hospitais de São Paulo

A falta de estrutura na rede pública de saúde acaba agravando problemas também do lado de fora dos hospitais. Na maior cidade do país, ambulâncias do Samu que chegam com pacientes ficam retidas porque as macas são usadas como leitos. Sem elas, as ambulâncias do Samu não podem sair para fazer novos atendimentos. Uma maca presa no hospital é um paciente que deixa de ser atendido. O Samu - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, tem de 142 equipes na capital paulista. Quase todas enfrentam o mesmo problema. Quando a ambulância do Samu deixa um paciente no hospital, junto com ele vai uma maca. Segundo a prefeitura, o hospital deveria receber o paciente e devolver a maca o mais rápido possível para que a equipe possa fazer outros atendimentos. Mas de acordo com funcionários do Samu isso não vem ocorrendo, e a equipe tem que ficar esperando a devolução da maca. “Você chega com o paciente e eles já alegam que não tem maca pra colocar o paciente, então a nossa maca tem que ficar presa no hospital até o médico resolver dar alta, liberar o paciente, subir o paciente para um quarto, alguma coisa assim”, diz um funcionário do Samu. Enquanto a maca não é devolvida, a ambulância fica parada no estacionamento. É o que acontece no Hospital Municipal do Campo Limpo, na Zona Sul de São Paulo. Com uma câmera escondida o produtor do Bom Dia Brasil fez imagens de cinco ambulâncias no estacionamento do hospital, todas aguardando as macas, de acordo com os funcionários do Samu. “Está cheio de paciente. Quando a maca fica presa que não tem leito para colocar os pacientes, eles ficam internados na maca do Samu”, conta um atendente. No hospital do Campo Limpo, uma ambulância do Samu ficou quatro horas no estacionamento. O motorista confirmou: “A maca fica retida no hospital com paciente”. Uma mulher acompanhava a tia na chegada ao hospital do Campo Limpo. Ela confirma que a paciente foi atendida na maca e que ainda permanecia na mesma maca depois de dar entrada no hospital. “Realmente, ela ficou na maca que foi. Ela continua na maca. Porque está super lotado, eu acho que não tem leito”, diz a mulher. Um funcionário do Samu diz que há macas que ficam no hospital um dia inteiro. “Eu cheguei faz umas duas horas, tem gente que está aqui desde manhã. Às vezes a maca fica 24 horas”, diz. Imagens feitas na Santa Casa de São Paulo mostram que as equipes do Samu foram embora e depois uma ambulância passou para buscar as macas. Produtor: Nossa, moça. Quanta maca. Isso é resgate de maca? Atendente do Samu: É só resgate de maca. Produtor: Por que? Fica tudo preso aí? Atendente do Samu: É. Produtor: Tem que vir buscar? Atendente do Samu: Tem que vir buscar e botar para rodar, senão fica parada. O coordenador municipal das atenções às urgências e emergências admite que quando as macas são retidas pelos hospitais muitas vezes é por falta de leitos, e que essa não é a única explicação. “Tem dois aspectos: existe o aguardar na maca enquanto se conclui uma investigação em relação ao seu diagnóstico e tratamento de urgência, que é isso que leva muitas vezes ao sobreaviso da equipe, e existe ficar na maca em relação a um sintoma de uma carência assistencial que a gente ainda diagnostica na rede, que é carência em relação aos leitos de internação para urgência e emergência”, afirma Marcelo Takano. Por meio de nota, a Santa Casa informou que é comum que pacientes trazidos pelo Samu recebam o primeiro atendimento na maca até a liberação de um leito. A Secretaria Municipal de Saúde, que responde pelo Hospital do Campo Limpo, disse que orienta constantemente seus serviços para que não haja retenção de macas do Samu além do tempo mínimo necessário para avaliar o paciente. Um funcionário do Samu diz que a situação já provocou acidentes dentro dos hospitais. “Ela não é uma maca para leito, é para transporte. Tanto é que pacientes já caíram dessa maca. Já caíram no chão, já se machucaram, foram com um tipo de problema para o hospital e acabaram passando por trauma por terem caído da maca”, conta. Em nota, o Ministério da Saúde diz que tem parceria com estados e municípios e que financiou a abertura de mais de mil novos leitos em São Paulo nos últimos anos. Fonte: G1 Link:http://glo.bo/16tGdue

sábado, 27 de julho de 2013

Morte de criança: Técnica de enfermagem e médico podem ser indiciados

A família de Ana Beatriz Lima, 7 anos, aguarda há quase um ano meio a conclusão do inquérito policial que pode indicar se ela morreu por negligência de uma técnica de enfermagem do Hospital Regional de Eunápolis. Ana Beatriz deu entrada no hospital com uma crise de bronquite asmática e morreu repentinamente na manhã do dia 13 de fevereiro após tomar uma injeção de ampicilina. A mãe da criança, a vendedora Lígia Souza, acusa a técnica de enfermagem Renata Chaves - que aplicou o medicamento, de ter cometido um erro grotesco. Lígia declarou que se ausentou por alguns minutos da enfermaria para ir buscar água para a filha. Segundo ela, foi neste momento que a técnica de enfermagem aplicou a injeção. Quando retornou, Lígia disse que notou que a filha já estava roxa, lhe pedindo ajuda, com falta de ar e com dores no peito. A morte foi imediata. Foto: Arquivo Ana Beatriz tinha 7 anos 'Nesse momento a técnica de enfermagem saiu correndo da sala, trocou de roupa e se escondeu no interior do hospital', denunciou Lígia. Ainda de acordo com a mãe, o médico Darlan Andrade, que estava de plantão e tinha prescrevido o medicamento, chegou para prestar socorro a Ana Beatriz 10 minutos depois. Lígia denunciou a técnica de enfermagem e o Hospital Regional para o Ministério Público. Renata Chaves também foi denunciada ao Conselho Regional de Enfermagem (COREN).
Erro na diluição do medicamento O promotor de justiça de Eunápolis, Dinalmari Mendonça, investigou o caso. Um inquérito também foi aberto na Polícia Civil e está sendo presidido pelo delegado Eridelson Bastos. O delegado informou que as apurações do Ministério Público foram juntadas ao seu inquérito, que está em fase final de conclusão. A técnica de enfermagem, a mãe de Ana Beatriz e outras testemunhas já foram ouvidas. Ainda vão prestar depoimento o médico Darlan Andrade e mais duas pessoas que estavam na enfermaria e teriam presenciado a morte da garota. Foto: RADAR 64 Lígia - mãe da criança, acusa enfermeira de erro Segundo o delegado, perícia do núcleo do Ministério Público em Salvador que apura erros médicos concluiu que a técnica de enfermagem falhou ao diluir a medicação. Eridelson Bastos declarou que o caso está sendo tratado como homicídio culposo - quando não há intenção de matar. Ele investiga se houve imperícia, negligência ou imprudência por parte da técnica de enfermagem.
Além de Renata, o médico também pode ser indiciado por negligência, já que chegou à enfermaria 10 minutos após a morte da menina. No depoimento, a técnica de enfermagem declarou que o seu procedimento foi correto, com base no que aprendeu na escola. A direção do hospital só vai se pronunciar sobre o caso depois que o inquérito for concluído. A reportagem não conseguiu falar com o médico Darlan Andrade. O COREN também investiga a acusação contra Renata. PUBLICIDADE

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