segunda-feira, 8 de julho de 2013

Médicos 'do interior' contam como é trabalhar onde falta tudo, até esparadrapo

Por Maria Fernanda Ziegler -iG São Paulo | 08/07/2013 06:00 Eu já peguei coisas aqui que eu nunca imaginei ver na minha vida”, diz Maria do Horto Teixeira, médica ginecologista obstetra de 64 anos e atualmente trabalhando num hospital de Macapá (AP). Maria é uma das poucas médicas experientes que após anos atendendo num consultório, no caso dela em Porto Alegre (RS), decidiu ir para o Norte do País. Arquivo pessoal O médico Thiago Cavalcante Ribeiro (à direita) durante seu período em posto de saúde no interior da Bahia: um braço quebrado tinha que ser levado ao hospital da capital mais próxima Thiago Cavalcante, 29 anos, formado pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em 2011, também foi trabalhar no interior, no caso dele logo após se formar. Ele se inscreveu no Programa Saúde da Família do governo federal e foi enviado para o município baiano de Paripiranga, de 26 mil habitantes e a 100 quilômetros de Aracaju, no Sergipe. Trabalhava no posto médico três dias por semana, o que permitia tempo para estudar para a prova de residência. O salário líquido era de R$ 8.300,00, mais ou menos o mesmo de Maria, em Macapá. A decisão de Maria de se mudar foi tomada após um concurso que convocou médicos do país inteiro para concorrerem a uma vaga no hospital da capital do Amapá, em 1997. Ela se inscreveu, passou e resolveu mudar de ares. Porém, em poucos dias notou que a realidade era muito diferente do que estava acostumada. Lá, ela sentiu na pele que um plantão pode ter complicações que vão além da gravidade do caso de cada paciente ou da falta de médicos. E que o tradicional corre-corre da sala de emergência pode ganhar como adicional a falta de equipamentos por causa do desvio de recursos ou ter que atender mais pacientes que o esperado por ser o único hospital num raio de muitos quilômetros. “No ano passado teve concurso aqui no Estado e passou uma médica de Belém (PA) para ganhar R$ 20 mil por 40 horas. Quando ela chegou aqui e viu o hospital onde falta quase tudo ela desistiu e voltou rapidinho”, disse. Thiago também conta que o posto em que trabalhava tinha estrutura para fazer apenas o básico. Uma intervenção mais complicada ou até mesmo um caso de braço quebrado tinha de ser encaminhado para um hospital em Aracaju. “Tive sorte de ficar num local relativamente perto de uma capital com bons hospitais. Alguns amigos da faculdade foram para lugares mais distantes que eu. Os hospitais não tinham estrutura nenhuma e eles ficavam expostos a situações terríveis”, disse. Maria lembra que uma vez estava sozinha no hospital quando chegou uma grávida jovem amparada por bombeiros. “Ela veio sozinha de barco para Macapá, depois de uma longa viagem. Foram os passageiros que chamaram os bombeiros quando o barco chegou ao porto. A mulher tinha um filho morto na barriga, que devia estar lá há não sei quanto tempo e não resistiu depois de tantas horas sacolejando no barco. É muito triste”, conta. Outra vez, Maria atendeu uma paciente com “uma hemorragia brutal”. “Nem sei como ela sobreviveu, perguntei quantos filhos ela tinha e ela só respondeu mostrando os cinco dedos da mão e logo depois desmaiou. Esta estava acompanhada e soube que havia enfrentado uma viagem de 18 horas num barquinho até aqui. Chegou ao hospital em estado de choque”, diz. A falta de hospitais no interior do Amapá e do Pará - como a ilha de Marajó, por exemplo - obriga pacientes em estado grave a enfrentar horas de barco para serem atendidos em Macapá. “O problema é que, chegando na capital do Estado, eles encontram hospitais sem estrutura, equipamento ou médicos preparados”, disse. Maria acredita que a falta de dinheiro não seria exatamente o problema se não houvesse tanto desvio de recursos. “Eu acho que daria para fazer um atendimento por avião nestes locais remotos e ter melhores hospitais. Brasília manda dinheiro, mas há muito corrupção”, disse. Na Região Norte, muitos locais são alagados durante alguns meses do ano, o que impossibilita a construção de estradas e torna o barco a única maneira de acesso. O avião nestes casos seria uma solução para o pronto-atendimento. Outro problema grave, segundo Maria, é a má formação que as universidades da região dão aos médicos. Ela considera que os médicos não saem da universidade preparados para encarar um plantão, ainda mais em situações onde falta tudo, de equipamento a materiais mais simples como agulhas, esparadrapo ou lençóis. “Tem médico que sai da universidade e não sabe nem usar um fórceps. Eu estou falando de coisa básica”. Maria trabalha com médicos “da velha guarda” e outros mais jovens e afirma que é visível a diferença entre as duas gerações. Os mais jovens trabalham “feito condenados” para ganharem dinheiro e irem embora. “Tem um médico que trabalha comigo que além das 40 horas, faz plantão em três hospitais. São cerca de 30 plantões por mês. Um absurdo. Agora eu pergunto como que eu médico deste vai ter o mínimo de atenção e cuidado com o paciente?”. “Eu vejo também que os jovens de Porto Alegre dificilmente viriam para cá. Eles não querem trocar aquela vida aparentemente pequeno-burguesa para virem para tão longe”, critica. Ida para o interior, mas com foco na especialização Ao contrário da maioria dos médicos que, quando vai para o interior, permanece poucos meses, Thiago ficou em Paripiranga por quase dois anos. Após ficar um ano e meio no Programa Saúde da Família, ele permaneceu por mais três meses no mesmo posto de saúde, mas como integrante do Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (Provab), até que passou para a residência de otorrinolaringologia em Salvador (BA) e foi morar na capital baiana. “O salário do Provab era menos 300 reais que o do PSF e eu trabalhava um dia a mais, mas a participação no programa me rendia 10% a mais da minha nota na prova de residência e qualquer meio ponto nesta prova vale ouro, não é?”, disse. Pelo Provab, a carga de trabalho é de 40 horas, sendo oito horas de estudo usadas em um curso de ensino à distância. A adesão ao programa na turma de Thiago foi relativamente grande, mas não muito duradoura. Dos 77 alunos que se formaram, cerca de 30 passaram na primeira tentativa para a residência. Do restante, cerca de 90% ingressou no Provab. “Muitas cidades do interior não disponibilizam nem internet. Então como é que o médico que participa do Provab vai fazer o curso à distância obrigatório? Na minha cidade eu tinha internet, mas esta não é a realidade para todos”, disse. Para ele, se o interesse do governo federal no Provab é incentivar a ida de médicos para o interior, então é preciso que os salários de quem trabalha no interior seja maior que o nas capitais. “O salário dos médicos do Provab é o mesmo para quem fica no interior ou na capital. Então não tem um estímulo para o médico ir para o interior. Eu continuei em Paripiranga que fica a 100 quilômetros de uma capital, mas tenho amigos que foram mais para o interior e desistiram antes mesmo de mim por causa dos problemas que enfrentaram”, disse. Ele disse que com dois plantões de 24 horas por semana em hospitais de Aracaju, por exemplo, onde se paga R$ 1.500 por um plantão de 24 horas, ganha-se mais que o salário líquido do Provab. Segundo dados do Provab, 968 médicos desistiram do projeto desde que foi criado em 2011. Do total, 46,5% foram convocados para programas de residência e 29,8% foram desligados por descumprirem regras do edital, como carga horária de trabalho e faltas cumulativas. Médicos estrangeiros Tanto Thiago quanto Maria não acham que a “importação” de médicos vai solucionar a falta de médicos no interior do País. “Aqui vai ser o primeiro lugar que vão querer colocar médicos estrangeiros. Você acha que um europeu vai querer ficar na selva por muito tempo? Quando começar a sofrer com malária, falta de equipamento e grosseria vai querer ir embora. Talvez os cubanos permaneçam por mais tempo”, disse Maria. O iG está fazendo uma série especial sobre o projeto e a polêmica de trazer médicos estrangeiros para o Brasil. Confira: - Chave para expansão de médicos, residência ainda não é para todos - Norte e Nordeste são os que mais sofrem com falta de médicos - 'Saúde não depende só de médico', diz vice-prefeita de cidade campeã do SUS - A curto prazo é preciso ter médicos estrangeiros - 'Atração de médicos estrangeiros não pode ser tabu', diz Padilha ao iG - Médicos de Venezuela e Bolívia criticam experiência de 'importar' cubanos - Médicos estrangeiros terão avaliação durante três semanas antes de trabalhar - Cidade gaúcha paga faculdade e mesmo assim não consegue atrair médico - Eles defendem a vinda de médicos estrangeiros para os rincões do País Fonte:último segundo -IG

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Descaso

DO INFERNO PARA O CÉU Meu nome é Mauro Guedes morador de Muriqui, na Rua Ceará 33, há 16 anos. Aos Fatos: Minha filha Renata Siqueira Guedes, moradora de Itacuruçá vinha fazendo o pré-natal no posto da mesma localidade de posse de todos os exames solicitados pelo médico incluindo a ultra onde constava que o bebe estava em perfeitas condições. No dia 29/06/13 (sábado) entrou em trabalho de parto já sangrando, onde sua mãe e seu companheiro imediatamente a conduziram para o hospital Vitor de Souza Breve em Mangaratiba, ao chegarem ela foi levada para a sala de maternidade próxima ao berçário ficou lá por algumas horas tendo contrações sua mãe bateu na porta e perguntou a médica se estava tudo bem pois ela dizia que estava sangrando muito, então perguntei a médica se não era melhor que fizesse cesária, disse que era assim mesmo. Conforme o relato da minha filha ela implorava para que a médica fizesse a cesariana e a médica falando ao celular respondia para que a mesma se calasse com apoio de uma enfermeira , após quarenta minutos falando ao celular médica resolveu fazer a cesariana. Neste momento houve uma correria tremenda no hospital, o anestesista passou correndo por sua mãe e começaram a procurar os instrumentos necessários para a realização do ato cirúrgico minha filha lucida ouviu a médica falar em alto e bom tom “olha a merda antes tivesse feito o que esta menina pediu” neste momento ela retira a criança e pede um saco plástico para colocar a menina dentro, logo após a médica chama sua mãe perante uma série de funcionários que para ela pareciam ter participado da cirurgia e a comunica que o neném tinha falecido sem ter o mínimo de sensibilidade e respeito humano para dar tal notícia. Sua mãe um atestado de óbito assinado pela médica onde diz que não havia dilatação necessária e que minha neta teve uma parada cardíaca. Por volta das duas horas da manhã a médica vai embora sendo que pelo que fiquei sabendo seu plantão terminava as oito da manhã. Fui ver minha neta, numa sala dentro de uma caixa de papelão já morta. Não podemos permitir isto. Pois o tempo que fiquei la ouvi vários comentários dizendo que e fato corriqueiro. E funcionários falando, que não podem expressar sua opinião pois sofrem represálias.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Viúvo de grávida presta queixa contra médica alegando erro na Bahia

O marido da dona de casa grávida de quatro meses que morreu no último fim de semana em Feira de Santana, município a cerca de 100 Km de Salvador, prestou queixa na polícia na quarta-feira (3) contra a médica que fez o atendimento no hospital. A família de Marisângela Jesus dos Anjos, 37 anos, questiona a aplicação de um remédio na policlínica do Conjunto Feira X, onde ela foi atendida. "A adrenalina que ela passou para minha esposa via oral. A auxiliar pegou a seringa e aplicou na boca. Aplicou e daí minha esposa já começou a passar mal. Ela vendo o meu desespero e de minha sogra, ela prescreveu o medicamento Neozini e pediu para que eu ou ela saíssemos, rodássemos a cidade atrás desse medicamento. Quando chegou o medicamento ,ela já estava desfalecida", alega o metalúrgico Adeilton Souza, marido de Marizângela. A médica Cíntia Zubieta é plantonista e até a manhã desta quinta-feira (4) ainda não tinha voltado a trabalhar na policlínica. Ela é contratada de uma cooperativa e não é brasileira. O Conselho Regional de Medicina da Bahia (Cremeb) disse que a médica tem registro no órgão e está com a situação legalizada no país, mas não soube informar qual a nacionalidade dela. saiba mais Grávida morre após tomar remédio e família alega negligência na Bahia Ônibus atinge carro com mulher grávida de sete meses na Bahia Tia de adolescente grávida aos 12 anos diz que vai cuidar de bebê Mulher se finge de grávida e tenta atacar uma mãe a facadas na Bahia Irmãs, uma delas grávida, são mortas dentro de casa em Conquista, na BA O médico Erivaldo Dórea também atendeu Marisângela na noite de sábado (29). Ele diz que a colega fez todos os procedimentos corretos e acha que não houve erro médico. "A adrenalina foi prescrita e aplicada para o tratamento da crise asmática da paciente. Todas as medicações que foram aplicadas na paciente como consta em prontuário foram as medicações indicadas para o caso que ela apresentava da hipertensão arterial e da crise asmática, nada diferente foi feito", avalia Erivaldo Dória, médico. O médico não comentou a administração de adrenalina, que segundo o marido de Marisângela foi feito por via oral. A delegada Milena Calmon, que investiga o caso, disse que vai aguardar o laudo do Departamento de Polícia Técnica (DPT) sobre a morte de Marisângela para ouvir a médica Cíntia Zubieta e outras pessoas envolvidas no caso. A secretária municipal de Saúde, Denise Mascarenhas, disse que só vai se pronunciar quando sair o resultado do laudo. Caso Segundo os familiares de Marisângela de Jesus dos Santos, ela passou mal no sábado, quando foi levada à policlínica do Conjunto Feira X. Ainda de acordo com os familiares, após atender a paciente, a médica teria prescrito uma medicação que deveria ser comprada em uma farmácia, já que a clínica não fornecia. A declaração de óbito indica "causa indeterminada" para a morte de Marisângela. O Departamento de Polícia Técnica informou que o laudo com as causas da morte sairá em 150 dias. Fonte: G1

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Polícia investiga denúncia contra médico de Bauru por assédio sexual

01/07/2013 A Polícia Civil e o Conselho Regional de Medicina investigam uma denúncia feita por uma comerciária de Bauru (SP) contra um médico da cidade por assédio sexual. O suposto crime teria ocorrido durante uma consulta de rotina. Os órgãos investigam a conduta do médico. No relato, a comerciária conta que procurou o centro médico com sintomas de gripe, como coriza e bronquite, e foi atendida pelo plantonista. Logo no início do atendimento, o médico insinuou que ela seria usuária de drogas inalantes, como cocaína, e chegou a convidá-la para "cheirar algo juntos", segundo o depoimento da mulher. Em seguida, ele teria feito vários elogios à aparência da paciente e, sob o pretexto de examiná-la, agarrou-a e chegou a tentar beijá-la. "Cheguei a pensar em não denunciar, mas lembrei que outras pessoas também podem ser vítimas de uma ação constrangedora como essa", disse a mulher, que teve a identidade preservada. Segundo o delegado Carlos Crepe, da Central de Polícia Judiciária (CPJ), denúcias como essa são de difícil apuração, mas que os investigadores já estão ouvindo as partes envolvidas e procurando mais indícios para encaminhar a denúncia à Justiça. "É difícil se provar, mas não é impossível. Geralmente não há testemunhas, mas é levado em conta o comportamento da pessoa e seu histórico. A sociedade está abrindo os olhos e não está aceitando essa situação como se fosse comum. Cabe à polícia investigar o que realmente aconteceu", explica Crepe. O Conselho Regional de Medicina (CRM) admite que há uma crescimento assustador do número de denúncias de abuso sexual em atendimentos médicos. Segundo Carlos Alberto Monte Gobbo, conselheiro do CRM-São Paulo, em 2011 a entidade recebeu 33 denúncias de assédio; no ano passado, foram 58 casos relatados e, até abril desses ano, já existem 14 denúncias registradas. "Estamos notando um aumento exponencial das denúncias porque as pessoas estão exercendo seu poder de cidadania, seu poder de reclamar", acredita. Diante deste aumento de casos, o CRM criou uma câmara de assédio sexual para julgar essas denúncias. Segundo Gobbo, nos últimos dez anos, o órgão chegou a cassar o registro de 164 médicos e suspendeu outros 218 profissionais. Gobbo também ressalta as dificuldades de se apurar tais denúncias, mas lembra que o assediador sempre "deixa um rastro". "Por ser compulsiva, esse tipo de pessoa deixa um histórico de sua conduta e o CRM leva em conta também a semelhança dos ataques, o que muitas vezes nos leva a ter a convicção de que o acusado é um assediador", afirma o conselheiro do CRM. Para a entidade médica o caso é tão preocupante que ela mesma chega a orientar as mulheres a entrarem nos consultórios médicos acompanhadas de pessoas de confiança. "O assédio sexual é algo que o CRM entende como inaceitável e, quando detectado e comprovado, em geral há uma tendência de se afastar o médico do exercício da profissão", destaca Gobbo. Fonte:G1 LINKhttp://glo.bo/12aehb4

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Entidades farão mobilização nacional contra importação de médicos cubanos Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/brasil/entidades-farao-mobilizacao-nacional-contra-importacao-de-medicos-cubanos-8818802.html#ixzz2XWBxtob5


26/06/13 SÃO PAULO — Em oposição à medida do governo federal de trazer médicos do exterior para atuar no Brasil, entidades e associações médicas anunciaram nessa quarta-feira uma mobilização nacional na semana que vem e prometeram recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela obrigatoriedade da revalidação do diploma aos profissionais estrangeiros. Na terça-feira, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou que os médicos estrangeiros, entre eles cubanos, terão de passar por checagem de três semanas em instituições brasileiras de ensino, onde terão suas habilidades avaliadas. Para o presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Roberto D’Ávila, a medida, contudo, não é suficiente para atestar o conhecimento médico dos estrangeiros. Além da revalidação do diploma, ele defende que os estrangeiros provem ter proficiência em português e apresentem um atestado de boa conduta em sua atividade profissional no exterior. — A Lei das Diretrizes e Bases da Educação (LDBE) prevê a revalidação do diploma estrangeiro e a lei dos conselhos de medicina obrigam o registro do diploma revalidado. Para mudar isso, terá de ser aprovada uma nova lei ou apresentado um decreto. As entidades vão à Suprema Corte se necessário para combater qualquer medida que venha a prejudicar os pacientes — afirmou Roberto D’Ávila. O presidente da Federação Nacional dos Médicos (FENAM), Geraldo Ferreira, lembrou que relatórios produzidos na Bolívia e na Venezuela, onde foram importados médicos cubanos, revelaram erros médicos cometidos por esses profissionais. Segundo ele, os documentos mostram ainda que os profissionais atuam nesses países em condições análogas à escravidão. Geraldo Ferreira prometeu que, caso seja concretizada a vinda dos médicos cubanos, a entidade ingressará com ação na Organização Internacional do Trabalho (OIT). — Se isso realmente acontecer, nós vamos à OIT porque os relatórios mostram que as condições de atuação desses médicos cubanos foram semelhantes à escravidão na Bolívia e na Venezuela e os médicos brasileiros não podem aceitar conviver com essas condições — disse Geraldo Ferreira. As entidades médicas, entre elas a Associação Médica Brasileira (AMB) e a Associação Nacional do Médicos Residentes (ANMR), farão uma mobilização nacional na próxima quarta-feira, a partir das 10 horas. Os dirigentes das organizações reconhecem que alguns atendimentos médicos poderão ser prejudicados por conta das manifestações, mas garantem que serviços de urgência e emergência serão mantidos. Além da oposição à vinda dos médicos cubanos, as entidades reivindicam um investimento de 10% do PIB em saúde, a melhora da infraestrtura dos hospitais públicos e a criação de uma carreira de estado para os médicos. Caso as reivindicações não sejam atendidas pelo governo federal, os médicos ameaçam um greve geral. — Nós ficamos ofendidos com a competência administrativa do atual governo federal na área da saúde e o subfinanciamento, que estão sendo maquiados pela utilização de um critério que não tem valor: a ausência de médicos para atender à população. Isso é uma falácia que foi usada pelo governo federal com o objetivo eleitoreiro — completou Roberto D’Ávila. Em coletiva de imprensa, na capital paulista, as entidades médicas mostraram um vídeo com imagens da situação de alguns hospitais públicos, sobretudo no Nordeste. Neles, pacientes esperavam nos corredores por atendimento, lixo hospitalar foi flagrado próximo a leitos e funcionavam unidades improvisadas. Na coletiva de imprensa, participaram também o presidente da Federación Médica Venezolana (FMV), o venezuelano Douglas León Natera, e o vice-presidente da Confederação Médica Latino Americana e do Caribe, o boliviano Aníbal Cruz, que criticaram a atuação de médicos cubanos em seus respectivos países. Segundo o venezuelano, a maioria dos médicos cubanos que atuam no país não tem conhecimento médico suficiente e nunca apresentaram diploma de formação em medicina. De acordo com o boliviano, erros médicos já foram cometidos pelos médicos cubanos na Bolívia. — Um cidadão de 36 anos, por exemplo, que sofreu um trauma renal, teve os dois rins retirados por um médico cubano. Nós contestamos o procedimento médico e o paciente foi levado, contra nossa vontade, para Cuba. Não sabemos até hoje se ele sobreviveu ou não — relatou. Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/brasil/entidades-farao-mobilizacao-nacional-contra-importacao-de-medicos-cubanos-8818802.html#ixzz2XWC4yMKd Fonte:O GLOBO

Justiça indeniza filho de mulher que morreu no parto em SP Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/brasil/justica-indeniza-filho-de-mulher-que-morreu-no-parto-em-sp-8817914.html#ixzz2XWBJ4gQa


26/06/13 leide Carvalho - O Globo Tamanho do texto A A A SÃO PAULO. O Tribunal de Justiça de São Paulo determinou ao governo do estado que indenize o filho de uma mulher que morreu na hora do parto, por demora no atendimento médico. A Fazenda Pública foi condenada a pagar 432 salários mínimos, além de uma pensão mensal de 3,1 salários mínimos até que o menino complete 18 anos. De acordo com a ação movida pela Defensoria Pública, a mãe foi submetida a uma cesariana em 1996 no Hospital Geral de São Mateus, na Zona Leste de São Paulo, e morreu cerca de seis horas após o parto, pois teve uma hemorragia uterina e não recebeu atendimento médico em tempo hábil. Depois da cesariana, a mãe foi deixada num corredor para recuperação da anestesia e, em seguida, levada à enfermaria, onde começou a gritar por socorro. Segundo os autos no processo movido pela defensora Renata Tibyriçá, o atendimento demorou porque os médicos estavam ocupados com outros partos ou em momento de descanso. Levada à UTI por enfermeiros, sem acompanhamento médico, ela recebeu atendimento tardio, pois não pôde ser feita imediata transfusão de sangue, por falta de tipo compatível. “O histórico dos fatos e a ampla prova produzida no inquérito policial demonstram a relação de causalidade entre o evento morte e a demora do atendimento médico dentro do próprio hospital. A ação não veio fundada no erro médico como afirma a apelante, mas na responsabilidade do Estado pelo serviço não prestado, ou prestado tardiamente pela Administração”, afirmou na decisão o desembargador Coimbra Schmidt, relator do caso. Houve ainda extravio dos documentos referentes ao atendimento da mulher e, portanto, o Estado não presentou dados que demonstrassem o atendimento correto. Ainda cabe recurso a instâncias superiores. Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/brasil/justica-indeniza-filho-de-mulher-que-morreu-no-parto-em-sp-8817914.html#ixzz2XWBRB9Yi Fonte :O GLOBO

Lixo hospitalar de três UPAs no Rio é encontrado em reserva ambiental Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/baixada-fluminense/lixo-hospitalar-de-tres-upas-no-rio-encontrado-em-reserva-ambiental-8829538.html#ixzz2XW7GY17y


27/06/13 Lixo hospitalar infectante de três Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) do Rio - Rocinha, Cidade Nova e Ilha do Governador - foi encontrado, na manhã desta quinta-feira, na Área de Proteção Ambiental (APA) de Tinguá, em Caxias, na Baixada Fluminense. Entre o material há luvas, seringas usadas, anticoncepcionais, recituários com nome de pacientes, âmpolas com restos de sangue, roupas de pacientes sujas de sangue e gaze, entre outros. O lixo está na Estrada Rio-Paty, também conhecida como Estrada do Tabuleiro. Segundo Márcio Castro, chefe do Setor de Fiscalização da Reserva Biológica de Tinguá, o lixo foi deixado no local na madrugada do último dia 20. Alunos de uma escola municipal viram os detritos e chamaram os fiscais. - É uma coisa inconcebível. O que aconteceu lá foi muito grave - disse Márcio. O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) já foi notificado sobre o despejo irregular de lixo e já identificou a empresa responsável. A Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente investigará o caso. Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/baixada-fluminense/lixo-hospitalar-de-tres-upas-no-rio-encontrado-em-reserva-ambiental-8829538.html#ixzz2XW7NsWQm Fonte: Jornal extra on-line

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Jovem engrossa protesto após perder o pai por falta de estrutura em hospitais Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/jovem-engrossa-protesto-apos-perder-pai-por-falta-de-estrutura-em-hospitais-8813577.html#ixzz2XKWh47M0


Geraldo Ribeiro 26/06/13 Rafaela foi à Avenida Presidente Vargas à tarde. De manhã, ela tinha enterrado o pai Foto: Reprodução / No dia em que sepultou o pai, a assistente administrativa Rafaela Ganzenmuller Sampaio, de 29 anos, engrossou o coro dos que pedem saúde no “padrão Fifa”. Ela tornou públicas suas dor e indignação na manifestação que levou 300 mil pessoas à Avenida Presidente Vargas, no Centro, na quinta-feira, exibindo o cartaz com a frase “Por falta de vagas no SUS enterrei meu pai hoje”. Rafaela contou que seu pai, o aposentado Mauro Sampaio, de 57 anos, foi internado no Hospital Municipal São Francisco Xavier, em Itaguaí, onde mora, após passar mal e sofrer uma queda, no domingo. Os médicos teriam informado que ele tinha suspeita de hemorragia e aumento da pressão intracraniana, mas não havia como confirmar o diagnóstico por falta de tomógrafo. A unidade de saúde e a filha do paciente, por conta própria, buscaram vaga para transferência, sem sucesso. Desesperada, Rafaela tentou, no dia seguinte, obter uma liminar judicial junto à Defensoria Pública de Itaguaí para acelerar a internação. O juiz Jansen Amadeu do Carmo Madeira, da 1ª Vara Cível, pediu comprovação da gravidade do caso, alegando não haver informação “clara e precisa” que comprovasse a urgência de transferi-lo. Ao voltar ao hospital para buscar boletim comprovando a gravidade do estado de saúde do pai, a jovem foi informada de que ele já não estava lá. - Depois de muitas informações desencontradas descobri que tinha sido levado para o Hospital (estadual) Getúlio Vargas, onde já o encontrei morto - disse. O corpo foi sepultado na quinta-feira, no Cemitério São João Batista, em Botafogo. Procuradas ontem à noite, a Prefeitura de Itaguaí confirmou que a unidade municipal não tem tomógrafo, e a Secretaria estadual de Saúde informou que só hoje poderá passar informações sobre o caso. - Diante da morte do meu pai, tinha a escolha de ir para casa e chorar ou transformar minha dor em força para outras pessoas que passam por problema semelhante. Preferi a segunda opção, para dar voz a essas pessoas. No hospital de Itaguaí, onde ele esteve primeiro, os médicos fizeram o possível para nos ajudar, mas a burocracia impediu a transferência do meu pai para outra unidade a tempo de salvá-lo. Acredito que, se tivesse sido atendido antes, ele não teria morrido - declarou Rafaela. Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/jovem-engrossa-protesto-apos-perder-pai-por-falta-de-estrutura-em-hospitais-8813577.html#ixzz2XKWlro7k Fonte:Jornal extra on-line

terça-feira, 25 de junho de 2013

Com escândalos e CPIs, aumentam denuncias de erros médicos


Em meio às operações da Polícia Federal, como a “Sangue Frio”, e a instalação das Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) na Câmara de Campo Gande e Assembleia Legislativa do Estado, aumentaram as denúncias de erros médicos em Campo Grande. “Com as operações da Polícia Federal e as CPIs da Saúde, as pessoas tem se encorajado e feito mais denúncias. Nos últimos 20 dias recebemos 80 denuncias”, informou o presidente da Associação das Vítimas de Erros Médicos, Valdemar Munhoz de Souza. Nesta manhã, famílias vítimas de erro médico, a maioria familiares e amigos de Josikelly Lopes de Souza, de 24 anos, que morreu dia 14 de maio no Hospital Universitário, fizeram passeata por algumas das principais ruas da Capital. A concentração foi na Rua Rui Barbosa, com a Avenida Salgado Filho, no Jardim Paulista. Depois, com ajuda de batedores da Polícia Militar, os manifestante percorreram a Rui Barbosa, seguindo após pela Dom Aquino, Calógeras e Afonso Pena, como ato final na Praça Ary Coelho. A Associação de Vitimas de Erros Médicos foi fundada por Valdemar Munhoz de Souza, seu presidente, há cinco anos, depois da morte de um irmão em decorrência de erro médico. Segundo Souza, a entidade promove três a quatro passeatas por ano para chamar atenção da sociedade para o problema. A passeata deste sábado é a primeira do ano. Na opinião de Souza, a cada dia vem crescendo a consciência das pessoas quanto à necessidade de denunciar e 0cobrar providências contra erros médicos. “As pessoas criam coragem e fazem as denuncia;. a gente vai verificar agora a procedência”, afirmou ele, referindo-se às 80 denúncias recebidas recentemente. A maioria das denuncias, segundo Souza, são relacionadas a atendimentos em hospitais. O dirigente explica que é difícil para a família tomar alguma atitude imediata diante do erro médico. “A familia quando perde o parente ela fica sem o chão e ao investigar encontra dificuldade para conseguir prontuários. A associação dá ajuda para conseguir os documentos e também entra na Justiça para conseguir indenização”, informou. Um dos casos citados esta manhã, durante a mobilização, foi o de Rita Stefani, que após cirurgia no Hospital Universitário (HU) ficou tetraplégica e mãe conseguiu liminar para custear o tratamento. O outro é o de Josikelly, de 24 anos, que estava grávida e morreu dia 14 de maio no HU e também foi vítima de erro médico. A maioria dos manifestantes, ligados a Josikelly, estava com camisetas e faixas pedindo justiça. A mãe de Josikelly, Naltair Lopes dos Santos, de 48 anos, empregada doméstica. disse que a filha foi “vítima de falta de atendimento médico e negligência”. A moça estava com mais de nove meses em gestação e a mãe conta que, quando ela passou mal, percorreu várias unidades de saúde em busca de atendimento, sempre encontrando pouco interesses e rápidas dispensas. Doméstica Naltair com camista da filha Josikelly, que perdeu o bebê e morreu (Foto: João Garrigó) Segundo Naltair, a filha foi levada para o posto de saúde do Tiradentes, por duas vezes, sendo dispensada. Na terceira vez, Kelly teria sido levada para a Maternidade Candido Mariano e dispensada de novo. O próximo destino foi a unidade de saúde da Moreninha, que a encaminhou para o HU. “Lá no HU foi péssimo o atendimento. Vi minha filha tendo crise e, quando fui atrás em busca de socorro, médicos e enfermeiras gritaram comigo”, lembrou a mãe. O parto de Josikelly foi feito no dia 12de maio e a criança morreu logo em seguida e a máe no dia 14, ambas vítimas de infecção. Josi Kellly deixou três fillhos, de 8, 5 e 2 anos. A mãe recorda-se com muita dor do percurso em busca de socorro médio para a filha Josekelly. “Nas passagens pelos postos, teve dignóstico de que ela estava com gripe e até falaram que era ensaio de parto, que não é a hora ainda”, disse ela, com indignação. Fonte campo grande news

Mãe acusa hospital de erro médico em morte de bebê


Paula Felix e Tatiana Cavalcanti do Agora A família de um bebê que morreu na última segunda-feira acusa o Hospital Albert Sabin, na Lapa (zona oeste de SP), de erro médico. Um laudo entregue pelo hospital diz que a criança morreu por broncoaspiração alimentar (o alimento é aspirado). A mãe da criança, a embaladora Juliana Golzenleuchter Nicolai, 34 anos, conta que a filha, Rebeca, nasceu prematura, no dia 3 de maio, no sétimo mês de gestação, e ficou um mês internada. "Tive uma gravidez de risco, mas segui todas as recomendações do médico e ela nasceu saudável. Depois de 15 dias ela teve uma infecção. Os enfermeiros não usavam luvas", diz Juliana. Ela diz que visitou a filha no domingo e ela estava bem. Mas na manhã seguinte, diz Juliana, foi informada que Rebeca tinha morrido. "Uma funcionária disse que o bebê foi colocado de barriga para cima, em vez de ser de lado. Ela aspirou o leite e foi para o pulmão", diz a mãe. Segundo Juliana, a funcionária contou ainda que durante a tentativa de salvamento o pulmão da criança foi perfurado. Fonte: