sábado, 16 de outubro de 2010

UMA FOGUEIRA CHAMADO HOSPITAL PEDRO II PARTE 2

por Ana Carolina Torres - 16.10.2010

08h30m.Zona Oeste

Mecânicos ajudaram a tirar pacientes do Hospital Pedro II


Eram por volta das 11h30m de quinta-feira quando um grupo de mecânicos que trabalhava na oficina Mineiro, em frente ao Pedro II, ouviram a explosão e começaram a ver o corre-corre no hospital: algumas pessoas andavam pelo teto da emergência. Logo depois, colunas de fumaça preta e labaredas saíram das janelas do subsolo.
— Foi um pânico. Pensei que as pessoas iam se atirar do prédio — disse o mecânico Vanderlei Pereira, de 43 anos. Logo, ele e outros colegas correram para a entrada do hospital e ajudaram na retirada das macas que transportavam pacientes da enfermaria. Mãos sujas de graxa, eles resolveram levar todos para a oficina.
— Sorte que estávamos sem movimento. Pedi para tirarem os dois carros que estavam aqui na frente para acomodar as macas — disse Admides Araújo Rosa, de 50 anos, responsável pelo comércio.O lugar destinado aos consertos de motores e outras peças de carros foi então tomado pelos pacientes. Sacos de soro e tanques de oxigênio acompanhavam as macas.
— No início estava todo mundo meio nervoso. As pessoas só se acalmaram por volta de umas duas da tarde. Mas somente às cinco (da tarde) começaram a retirar os doentes — contou Admides. Nesta sexta-feira, depois de saber que todos os pacientes ajudados por eles haviam sobrevivido, Admides e sua equipe falaram com humor sobre a situação.
— Viramos um novo tipo de mecânico: os mecânicos-enfermeiros — brincou Edvaldo Rocha, de 48 anos.

uma fogueira chamado Pedro II

Publicada em 14/10/2010 às 18:54


Incêndio atinge o Hospital Pedro II, em Santa Cruz

Ana Claudia Costa, Daniel Brunet e RJTV


RIO - O Hospital estadual Pedro II, em Santa Cruz, foi atingido por um incêndio que começou às 11h30m desta quinta-feira. O fogo teve início no transformador da rede de energia elétrica que fica no subsolo do prédio e ficou restrito a apenas este setor. Segundo a subsecretária de Atenção à Saúde, Hellen Miyamoto, o incêndio não atingiu os andares superiores do prédio, mas a fumaça chegou aos andares inferiores da unidade. Ainda de acordo com Hellen, ninguém ficou ferido.





( Veja as fotos da remoção dos pacientes )



Alguns pacientes que estavam em macas foram retirados do hospital e, de forma improvisada, tiveram que aguardar em uma oficina mecânica e em bares da região. Foram transferidos 72 pacientes, para hospitais como Carlos Chagas, Albert Schweitzer, Adão Pereira Nunes, Azevedo Lima e Rocha Faria, além de UPAs. Todos eles em estado grave, pessoas que estavam em setores como CTI, CTI neonatal e emergência pediátrica. As informações são da Secretaria Estadual de Saúde.



O prédio do Pedro II ficou sem energia elétrica. A Light informou, por volta das 16h, que pôs à disposição da unidade de saúde um gerador para atender o serviço de emergência e o centro cirúrgico. A rede elétrica da companhia foi afetada pelo incêndio, deixando alguns trechos de ruas interrompidos temporariamente. No entanto, segundo a concessionária, o fornecimento de energia já está normal na região.



O fogo foi controlado pelos homens do Corpo de Bombeiros dos quartéis de Santa Cruz, Campo Grande e Itaguaí em 30 minutos. Por causa do incêndio, ruas no entorno do hospital foram fechadas ao trânsito.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

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1ª ROMARIA DA PAZ -Belém - PA Brasil

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

1ª Romaria da Paz em Belém - Pará

08/10/2010 - 10:30h


Romaria em defesa da paz

Familiares de pessoas vítimas da violência ou negligência médica no Pará e também em outros Estados realizaram ontem (07) a 1ª Romaria da Paz, com o intuito de promover e despertar sentimentos de paz, amor e justiça na sociedade. A romaria, que saiu do Centro Arquitetônico de Nazaré (CAN), começou por volta de 8h30 e contou com a presença do reitor da Basílica Santuário, padre José Ramos.



Com camisas personalizadas e cartazes contendo fotos e mensagens de paz e justiça, vários familiares das vítimas acompanharam a romaria. Inês Pires Teixeira, mãe de Roberta Miranda, de 25 anos, que faleceu em 2006 por causa de complicações após uma cirurgia plástica, faz parte do Grupo Movida e afirma que eles estão sempre buscando chamar a atenção para a questão da violência. “Todas as famílias sentem medo, não só aquelas que já vivenciaram alguma situação, mas todas sentem. Por isso, acreditamos que todo mundo precisa colaborar para que a paz aconteça”, disse.

>> Leia mais no Diário do Pará

08/10/2010 - 10:30h


Romaria em defesa da paz

Familiares de pessoas vítimas da violência ou negligência médica no Pará e também em outros Estados realizaram ontem (07) a 1ª Romaria da Paz, com o intuito de promover e despertar sentimentos de paz, amor e justiça na sociedade. A romaria, que saiu do Centro Arquitetônico de Nazaré (CAN), começou por volta de 8h30 e contou com a presença do reitor da Basílica Santuário, padre José Ramos.



Com camisas personalizadas e cartazes contendo fotos e mensagens de paz e justiça, vários familiares das vítimas acompanharam a romaria. Inês Pires Teixeira, mãe de Roberta Miranda, de 25 anos, que faleceu em 2006 por causa de complicações após uma cirurgia plástica, faz parte do Grupo Movida e afirma que eles estão sempre buscando chamar a atenção para a questão da violência. “Todas as famílias sentem medo, não só aquelas que já vivenciaram alguma situação, mas todas sentem. Por isso, acreditamos que todo mundo precisa colaborar para que a paz aconteça”, disse.

>> Leia mais no Diário do Pará



sábado, 2 de outubro de 2010

UM ABSURDO,UM ABSURDO!

Enviado por Flávia Junqueira - 2.10.2010| 7h30m.Souza Aguiar
Coren diz que enfermeiro não é capacitado para dispensar paciente
“Rebocotarepia”. Para o presidente do Conselho Regional de Enfermagem do Rio (Coren-RJ), Pedro de Jesus Silva, este é o nome que se deve dar ao que a Secretaria municipal de Saúde chama de projeto de acolhimento, feito na porta da emergência do Hospital Souza Aguiar. Segundo ele, não é atribuição de um enfermeiro dispensar pacientes:

— Isso é exercício ilegal da profissão. ‘Rebocoterapia’, ou seja, rebocar o paciente para outro lugar, não tem a ver com a política nacional de humanização do Ministério da Saúde. O acolhimento deve ampliar o acesso dos usuários ao atendimento e não excluí-los.

Fichas de encaminhamento obtidas pelo Sindicato dos Médicos e relatos de pacientes mostram como é feita a triagem na porta da maior emergência do Rio. Com uma prancheta na mão, a enfermeira pergunta ao doente o que ele tem. O que ela classifica como “atendimento ambulatorial” é redirecionado a postos de saúde ou UPAs. Sem encostar no paciente, o profissional também acaba dispensando pessoas em estado grave, como uma mulher que chegou ao CMS Marcolino Candau, no último dia 16 de abril, com sangramento retal intenso e dor.

— A classificação de risco pode e deve ser feita por enfermeiros. Não pode ser técnico ou auxiliar de enfermagem. Mas é preciso que se faça a consulta de enfermagem, com medição de pressão, temperatura e pulsação. Perguntar sobre doenças preexistentes. Não é pegar uma prancheta e perguntar a queixa do paciente na fila. Se não há condições de se implantar o projeto como manda a portaria do ministério, é melhor que não se faça — diz o presidente do Coren.

Segundo Silva, a classificação de risco pode salvar a vida do paciente, direcionando-o ao profissional certo e diminuindo seu tempo no hospital:

— Mas um enfermeiro não é capacitado para dispensar pacientes. Até uma dor de cabeça merece atenção. O paciente pode estar com crise hipertensiva e, se eu o mando embora, ele pode sofrer um AVC (derrame) na esquina.

O secretário municipal de Saúde, Hans Dohmann, explica que a enfermeira é treinada para separar o que é atendimento ambulatorial e casos de emergência:

— Estamos testando processos. O acolhimento já reduziu o tempo de espera e, há seis meses, não temos mais aquela superlotação que se via há anos na emergência.