quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Cadê Patricia?

Familiares da engenheira Patrícia Amieiro fazem manifestação no Cristo Redentor
Sergio Ramalho




RIO - A família da engenheira Patricia Amieiro Franco - que desapareceu há dois anos e meio - realizou na manhã desta quarta-feira um protesto abaixo da estátua do Cristo Redentor. Com faixas e cartazes, os parentes condenaram policiais militares que estariam envolvidos na morte da engenheira. Entre os cartazes estava "Cadê Patrícia" e "Parem a covardia e falem a verdade".

A jovem de 24 anos desapareceu depois de deixar uma festa no Morro da Urca, na madrugada do dia 14 de junho de 2008. Uma câmera de segurança do local gravou o momento em que Patrícia deixou o o evento. Naquela noite, o carro da engenheira despencou do viaduto na saída do Túnel do Joá, na Barra da Tijuca, a cerca de 25 Km de sua casa, mas ela não estava no veículo. Depois de dois anos de investigações, policiais militares do 31º BPM (Recreio) estão sendo acusados de ter matado a engenheira e desaparecido com seu corpo.

Os quatro PMs acusados de envolvimento no crime - Willian Luis do Nascimento, Marcos Paulo Nogueira Maranhão, Fábio da Silveira Santana e Márcio Oliveira dos Santos - chegaram a ser presos em junho de 2009 , mas desde setembro do mesmo ano respondem ao processo em liberdade, por uma decisão do juiz Fábio Uchôa .

Às vésperas da audiência de instrução e julgamento dos PMs, agendada primeiramente para agosto de 2009, o serviço reservado (P-2) do 31º BPM encontrou uma suposta testemunha que gerou uma reviravolta no caso , chegando à versão de que a engenheira usaria drogas e teria sido assassinada por traficantes na Favela da Rocinha.

Naquele mesmo mês, uma megaoperação aconteceu na Rocinha com a finalidade de encontrar a ossada de Patrícia . A ação envolveu cerca de cem homens, entre agentes do Batalhão de Operação Especiais (Bope), do 31º BPM, da Companhia de Cães, do Batalhão Florestal, dois blindados e dois helicópteros da PM, mas nada foi encontrado

sábado, 11 de setembro de 2010

mas casos - Belford Roxo

Enviado por Matheus Vieira - 10.09.2010| 06h30m.Não é de hoje
Mulher lamenta bebê perdido por mau atendimento em Belford Roxo

Martineli da Silva Santana, de 36 anos, está prestes a viver mais uma vez o sonho de mãe: em um mês vai dar à luz o pequeno Leonardo. Mas há dois anos, o final não foi tão feliz assim. A dona de casa também estava grávida, de oito meses, de Dyimily. Depois de idas e vindas ao Centro Social Laurindo José Ferreira, em Paracambi — ligado ao Hospital de Clínicas de Belford Roxo —, o bebê dela nasceu morto, no dia 17 de agosto de 2008.

A dona de casa chegou a forjar residência na casa do irmão em Paracambi para conseguir o atendimento no centro social. Desta maneira, poderia realizar o parto no hospital de Belford Roxo e fazer laqueadura. Na oitava consulta pré-natal, em 8 de agosto, com Deoldato José Ferreira, dono do hospital de Belford Roxo, ela já se queixava de dores e de sangramento. Deodalto e o irmão dele, Flávio Campos Ferreira — que é, inclusive, candidato a deputado estadual pelo PR, e, na época, candidato a prefeito de Paracambi — autorizaram a realização da cesariana.

Nos dias 8 e 9 de agosto, Martineli foi a Belford Roxo, se queixando, cada vez mais, de dores e sangramento. Ela foi encaminhada aos cuidados de uma médica chamada Dulcinete — supostamente irmã de Deodalto e Flávio — mas foi atendida por um médico que assinou em cima do carimbo de Deodalto. Martineli não guardou o nome deste médico.

— Eu estava com muita dor e perdendo água e sangue. Ele disse que isso era normal e mandou que eu voltasse quando o doutor Deodalto estivesse lá. No dia 13 eu voltei lá, mas o doutor Deodalto me mandou voltar para casa, e marcou minha cesariana com laqueadura para o dia 20.

Não foi possível, no entanto, esperar até esta data. No dia 16, Martineli sentiu que a criança não se mexia mais, e no dia 17, correu para a Maternidade Praça Quinze, onde foi encaminhada para a Maternidade Pró-Matre. A médica tentou reanimar a menina a todo custo, mas não adiantou: Dyimily nasceu sem vida.

— Senti uma raiva muito grande. Se o doutor Deodalto estivesse ali, eu o matava — desabafa.
Na época, a dona de casa chegou a ir na 54 DP (Paracambi), mas não deu continuidade à denúncia. Hoje, depois de ver casos parecidos com o dela, Martineli pretende voltar à delegacia.

— O filho que estou esperando hoje está bem. Com a carteira do SUS, paguei 25 reais por mês para fazer ultrassom todo mês em clínica particular, pois não confio mais em qualquer um. Mas ele não vai substituir a filha que planejei tanto e perdi.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

mas um absurdo!!

Polícia investiga suposto erro médico em parto de adolescente em SP
Bebê tinha corte profundo nas costas e hematomas no corpo.
Secretaria da Saúde também apura o caso.
Do G1 SP

imprimir A Polícia Civil de São Paulo investiga a morte de um bebê recém-nascido ocorrida na manhã de domingo (29), no Hospital Municipal do Campo Limpo, na Zona Sul de São Paulo. Segundo a Secretaria da Segurança Pública, há suspeita de erro médico.

A mãe da criança, uma adolescente de 14 anos, foi submetida a uma cesariana e a criança morreu logo em seguida. Segundo policiais civis que tiveram acesso ao cadáver da criança, ela possuía diversos hematomas no corpo e um corte profundo nas costas.

De acordo com a polícia, a coordenação do hospital foi questionada e informou que o ferimento foi proveniente da incisão feita na barriga da menina para que o parto fosse realizado.

O médico responsável pelo procedimento informou aos policiais que houve complicações durante o parto e confirmou que fez a incisão com ajuda de uma médica. Outro motivo de questionamento foi a guia de encaminhamento de cadáver dado à família. Segundo a polícia, na linha destinada ao tempo de gestação havia uma rasura. No mesmo espaço havia a informação de que a gravidez durou 31 semanas –contra 26 registradas na guia do hospital.

Além de não informar a razão das lesões na criança, o documento encaminhava o corpo ao Serviço de Verificação de Óbito (SVO) e não ao Instituto Médico Legal (IML), como procede em mortes com sinais de violência. O representante do hospital não soube dizer a causa da alteração da guia.

Em nota, a Secretaria Municipal da Saúde, responsável pelo hospital, lamentou a morte e informou “que já está aberta uma comissão preliminar de apuração para investigar o óbito”.

A polícia solicitou exame necroscópico no bebê. O caso foi registrado como homicídio culposo (sem intenção) e falsidade ideológica no 92º Distrito Policial (Parque Santo Antônio).

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

MAS UM FALSO MÉDICO NA PRAÇA

O dono do Hospital das Clínicas de Belford Roxo, Deodalto José Ferreira, será chamado para depor na Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Saúde Pública (DRCCSP), informou o delegado Fábio Cardoso, e pode ser indiciado. Na tarde deste domingo, a polícia prendeu o estudante de medicina Silvino da Silva Magalhães, de 41 anos, que atendia, irregularmente, como ginecologista na clínica. Silvino foi preso em flagrante por uma policial que se passou por uma cliente. Na pasta do estudante, a polícia encontrou o carimbo de Deodalto.

Na delegacia, Silvino contou que estava sendo supervisionado e já atendia na clínica há dois anos. No momento da prisão, nenhum médico estava presente no hospital. Testemunhas disseram que um outro homem, um boliviano, também se passava por médico e atendia na clínica. Ele teria fugido ao perceber a presença dos policiais. Com Silvino foram encontradas receitas assinadas e carimbadas por outros profissionais, além de um receituário que permitia a compra de remédios controlados.