segunda-feira, 11 de junho de 2018

MAIS UM ABSURDO


    Não é fácil! Mas vou resumir, MEU FILHO ESTAVA RESFRIADO; O MÉDICO NÃO FEZ O EXAME PRÉ OPERATÓRIO; O MÉDICO NÃO OLHOU MEU FILHO E NEM O PRONTUÁRIO DELE ANTES DA CIRURGIA; E, APÓS A CIRURGIA O DOUTOR TAMBÉM NÃO O ACOMPANHOU; SOMENTE DURANTE A MADRUGADA DO OUTRO DIA QUE ELE JÁ HAVIA TIDO DIVERSAS CRISES DE GRITOS E CONTORÇOES, QUE OUTRO MÉDICO QUE ESTAVA PASSADO NO CORREDOR FOI CHAMADO POR UMA ENFERMEIRA, E O MESMO SOMENTE OLHOU PRO MEU FILHO E PERGUNTOU DA ENFERMEIRA, QUEM HAVIA FEITO A CIRURGIA? A MESMA RESPONDEU O NOME, E ESSE DISSE: VOU CHAMA-LO, POIS ELE ESTA DORMINDO AQUI NA SALA AO LADO. SÓ ENTÃO QUE O DOUTOR QUE FEZ A CIRURGIA VEIO. ASSIM EU VENDO O DOUTOR NERVOSO COM A SITUAÇÃO, ME APROXIMO E PERGUNTEI: OQUE ESTAVA ACONTECENDO, QUE MEU FILHO ESTAVA MORRENDO? ELE DISSE: QUE DEVERÍAMOS TER AVISADO ELE QUE A CRIANÇA ESTAVA RESFRIADA, QUE A CIRURGIA NÃO TERIA ACONTECIDO. E, EU DISSE QUE , FOI AVISADO SIM PARA AS ENFERMEIRAS, QUE ELAS TINHA RELATADO NO PRONTUÁRIO. O QUE ELE FEZ? SIMPLESMENTE BAIXOU A CABEÇA E SAIU. EU QUE TIVE QUE CARREGAR CILINDRO DE OXIGÊNIO, POIS NÃO TINHA NA SALA; DEPOIS TIVEMOS QUE CARREGA-LO COM A MACA PARA FAZER O RAIO X, PARA COMPLETAR ! NÃO TINHA O FILME DO RAIO X NA HORA. AO AMANHECER A ENFERMEIRA JUNTO COM DOIS HOMENS QUE NÃO FAZIA PARTE DA EQUIPE DE ENFERMAGEM TIVERAM QUE COLOCAR UMA SONDA DE ADULTO NO MEU FILHO, NESSA HORA A VÓ QUE TAMBÉM ESTAVA JUNTO COMIGO PRESENCIOU O SOFRIMENTO DO MEU PEQUENO ISAAC. APÓS ISSO, FOI TRANSFERIDO PARA A AMBULÂNCIA, E CONSTATOU- SE QUE O CILINDRO ESTAVA QUEBRADO, ENQUANTO EU AJUDAVA NOVAMENTE O ENFERMEIRO A TROCAR POR OUTRO CILINDRO, MEU FILHO CONTINUAVA A PASSAR MAU SEM OXIGÊNIO! AO CHEGAR NO HOSPITAL DE MANAUS, O MÉDICO LARGOU O PACIENTE SEM SEU PRONTUÁRIO DE PROCEDIMENTOS CIRÚRGICO. SOMENTE LÁ MEU FILHO TEVE UMA ATENÇÃO MÉDICA; E APÓS FAZEREM EXAMES, E TIRARAM BASTANTE LÍQUIDO DOS PULMÕES; NOS FOI REVELADO QUE ELE ESTAVA COM INFECÇÃO GENERALIZADA, O MÉDICO NOS EXPLICOU QUE ERA UMA BACTÉRIA MUITO FORTE,QUE PEGOU DURANTE CIRURGIA, ESSA BACTÉRIA RESISTIA A TODO MEDICAMENTO. DEPOIS DA MORTE DO MEU FILHO O HOSPITAL DE PRESIDENTE FIGUEIREDO -AM, ME NEGOU O PRONTUÁRIO DELE, ENTÃO TIVE QUE ENTRAR COM UMA AÇÃO JUDICIAL PARA PODER TER ACESSO AO PRONTUÁRIO. PELO QUE NÓS SOFREMOS JUNTO COM NOSSO FILHO, BUSCO POR JUSTIÇA! E JUSTIÇA É SÓ O QUERO!





Campanha MOBEM -Movimento Basta com Erros Médicos

Pai acusa erro médico após morte de bebê na barriga da mãe e descoberta de sexo trocado em Guará, SP

Polícia Civil instaurou inquérito para apurar as circunstâncias da morte de um bebê, ainda na barriga da mãe, em Guará (SP). Segundo o pai da criança, o médico responsável pelo acompanhamento do pré-natal na rede municipal de saúde foi negligente. Ele afirma que uma semana antes da constatação da morte, a mãe procurou atendimento, relatando perda de líquido amniótico, e foi orientada a fazer repouso. Um ultrassom particular, no entanto, apontou o nível crítico do fluido, o que pode ter afetado a gestação. O casal ainda foi surpreendido após a cirurgia para retirada do feto, quando descobriu que a menina esperada era, na verdade, um menino. “A gente não se conforma, custa a dormir. Minha esposa fica chorando por causa desse erro médico que teve. Ela fica se sentindo culpada, mas ela não é culpada, porque toda semana ela ia no retorno que tinha no postinho”, diz o pai Elielton Lima Joana da Silva. Procurada, a Secretaria Municipal de Saúde informou que o Comitê de Mortalidade Materna e Infantil de Guará apura o caso. Em nota, a Santa Casa informou que o caso é investigado pela Diretoria Clínica e que aguarda os laudos do Serviço de Verificação de Óbito (SVO). Segundo a instituição, o médico plantonista seguiu todos os procedimentos clínicos recomendados. Vanessa e Elielton no chá de bebê em Guará, SP (Foto: Arquivo pessoal/Divulgação) Vanessa e Elielton no chá de bebê em Guará, SP (Foto: Arquivo pessoal/Divulgação) Vanessa e Elielton no chá de bebê em Guará, SP (Foto: Arquivo pessoal/Divulgação) Dores e morte da criança Segundo o pai, os problemas na gestação da mulher, Vanessa Fernandes da Silva Lourenço, começaram quando ela passou a apresentar perda de líquido nas primeiras semanas. Elielton afirma que o médico do posto de saúde, responsável pelo pré-natal, orientou repouso à paciente por se tratar de um quadro normal. No dia 2 de maio, já na 37ª semana de gestação, Vanessa sentiu fortes dores e foi levada pelo marido à Santa Casa de Guará, onde passou por exames. “O médico colocou o aparelho para escutar o coraçãozinho do bebê. Ele falou que escutou e minha esposa falou que não escutou, porque dá para escutar o coraçãozinho normal.” Vanessa fez o pré-natal no posto de saúde da rede municipal em Guará, SP (Foto: Reprodução/EPTV) Vanessa fez o pré-natal no posto de saúde da rede municipal em Guará, SP (Foto: Reprodução/EPTV) Vanessa fez o pré-natal no posto de saúde da rede municipal em Guará, SP (Foto: Reprodução/EPTV) Vanessa foi liberada após ser medicada com soro e Buscopan para aliviar as dores na barriga e nas costas. No dia seguinte, a mulher voltou a passar mal e retornou à Santa Casa. Desta vez, foi atendida por outro médico, que a encaminhou a um hospital em São Joaquim da Barra (SP) para fazer um ultrassom, uma vez que o equipamento em Guará não era seguro. O pai desembolsou R$ 180 pelo exame e o casal descobriu que a criança estava morta. “O médico falou que ela tinha perdido o bebê por falta de líquido. Não tinha mais líquido na barriga dela.” Erro no sexo Além da tristeza pela perda da criança, o casal ainda descobriu após a cesárea que o bebê era um menino, e não uma menina como foi apontado em todo pré-natal. “As coisas estavam todas preparadas, o berço, as paredes pintadinhas. Tudo para esperar ela, as roupinhas, as fraldas. Mandamos fazer bolsa com o nome dela, kit do berço, urso para por na parede com o nome dela”, afirma. Pai do bebê, Elielton Lima Joana da Silva acusa médicos de negligência em Guará, SP (Foto: Reprodução/EPTV) Pai do bebê, Elielton Lima Joana da Silva acusa médicos de negligência em Guará, SP (Foto: Reprodução/EPTV) Pai do bebê, Elielton Lima Joana da Silva acusa médicos de negligência em Guará, SP (Foto: Reprodução/EPTV) Indignação Para Elielton, a sucessão de falhas no atendimento causou a morte do filho. O pai registrou um boletim de ocorrência e estuda processar os responsáveis no caso. O atestado de óbito aponta que a causa da morte não foi esclarecida. O corpo foi encaminhado para autópsia e o resultado do laudo deve ser conhecido em 30 dias. “Eu estou muito indignado e revoltado. A Santa Casa daquele tamanho não tem uma estrutura de posto, não ter um ultrassom compatível, é uma pouca vergonha. O erro maior foi ela toda semana ir ao postinho e o médico falar que era normal a perda de líquido.” Amiga de Vanessa, a assistente social Gabriele Ponciano diz que a sensação é de descaso, uma vez que as queixas da paciente foram ignoradas e o acompanhamento médico foi falho. “A gente se sente impotente porque tentou fazer tudo dentro da via pública. Não temos condições de pagar um plano de saúde, a gente acredita no SUS. As características do bebê que o ultrassom conseguiu ver davam a entender que ela tinha uma gestação de 39 semanas, e não de 37 como vinha sendo dito aqui pelo pré-natal no município.” Pai mostra enxoval preparado para receber bebê em Guará, SP (Foto: Reprodução/EPTV) Pai mostra enxoval preparado para receber bebê em Guará, SP (Foto: Reprodução/EPTV) Pai mostra enxoval preparado para receber bebê em Guará, SP (Foto: Reprodução/EPTV) Veja mais notícias da região no G1 Ribeirão e Franca Fonte : G1

Família acredita que erro médico tenha causado morte de bebê no subúrbio de Salvador

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Um bebê de cinco meses morreu após ser atendido três vezes na Unidades de Pronto Atendimento (UPA) de Paripe, no subúrbio de Salvador. Os pais da criança acreditam que a morte do pequeno Ian Felipe pode ter sido causada por negligência médica. No dia 25 de maio, ele teve a primeira febre desde que nasceu. A mãe, Carolina Sales, 20, levou a Ian até a UPA de Paripe, mas ele não foi atendido porque não tinha pediatra na unidade. O pai da criança, Anderson Oliveira, 23, conta que ele voltou à UPA momentos depois, para ver se já tinha chegado algum profissional que pudesse atender o filho. “No sábado pela manhã ela foi na UPA com ele, chegou lá não teve o atendimento, a pediatra não estava atendendo. Quando foi umas 11h, eu retornei lá sozinho e fui ver se a pediatra já tava atendendo, aí falaram que tava. A gente desceu com ele na UPA daqui de Paripe. Ficamos lá até 16h, aí a médica que fez o atendimento passou os remédios para ele, não fez exame não fez nada”, conta Anderson. Pais de Ian acreditam que houve negligência no atendimento médico prestado à criança (Foto: Reprodução/ TV Bahia) Pais de Ian acreditam que houve negligência no atendimento médico prestado à criança (Foto: Reprodução/ TV Bahia) Pais de Ian acreditam que houve negligência no atendimento médico prestado à criança (Foto: Reprodução/ TV Bahia) Conforme Anderson, os profissionais da UPA não fizeram exames no bebê antes de receitar os remédios, e alegaram que os procedimentos só poderiam ser feitos se ele tivesse o sintoma da febre há pelo menos três dias. “Não fizeram porque tinha que ter três dias de febre. Ela receitou o medicamento e mandou pra casa. Comprei os remédios e viemos para casa com ele”, explicou o pai. Na receita, a médica indicou o uso de remédios para febre, soro fisiológico para o nariz, medicamento para gases e antialérgico, mas nada disso resolveu o problema de Ian. Os pais, então, procuraram novo atendimento na UPA e passaram para as mãos de outro médico. “Ele passou remédio novamente e disse que poderia ser dor de barriga”, relembra. Na receita, o médico indicou o uso de um antibiótico, mas o quadro de Ian piorou rapidamente. Na madrugada do dia 28, a criança foi levada novamente às pressas para a UPA. “Passamos direto [da recepção] e uma enfermeira notou que ele não estava bem. Estava com a boca roxa, pescoço inchado, barriga inchada. Aí entrou para a sala vermelha, para fazer o internamento dele. Quando eu entrei na sala ele já estava com sonda, com aparelho para respirar. As horas que eu estava com ele, nenhum exame foi feito, para saber o que ele tinha”, denuncia a Carolina. Ian tinha 5 meses e morreu após broncopneumonia (Foto: Reprodução/ TV Bahia) Ian tinha 5 meses e morreu após broncopneumonia (Foto: Reprodução/ TV Bahia) Ian tinha 5 meses e morreu após broncopneumonia (Foto: Reprodução/ TV Bahia) Lá, Ian não resistiu e faleceu ainda no dia 28. A família preferiu não fazer o exame de necropsia. O atestado de óbito foi feito com base em relatórios médicos, e revela que ele teve insuficiência respiratória grave, choque séptico e brônquio pneumonia. Além disso, o atestado diz que Ian tinha um problema cardíaco, mas a mãe do bebê afirma que os pediatras que o acompanhavam já tinham dito que não havia nada de grave com o coração da criança. A família fez uma denúncia na Secretaria Municipal de Saúde e espera que a morte do bebê seja esclarecida. "Eu acho que, de uma certa forma, meu filho foi negligenciado. E que, talvez, se tudo tivesse sido como era pra ter sido, hoje ele estaria com a gente. A gente não estaria passando por essa dor que estamos passando. É terrível, ninguém merece passar por isso. É tão preconcemente", desabafou Carolina. Inconformado, Anderson cobra respostas: “A impressão que ficava é que eles [médicos] estavam esperando ele morrer, acontecer o pior". O diretor médico da UPA de Paripe, Thiago Rios, disse que a morte de Ian não tem relação com os atendimentos na unidade e que foram feitos exames laboratoriais, de raio-x e físicos. "Na verdade, ele entrou com quadro de broncopneumonia por aspiração. A criança pode ter inalado alimento, muito provável que tenha sido leite, na via aérea, e isso cursou com a broncopneumonia. Uma bronco pneumonia que evoluiu para um quadro grave de choque séptico, que é uma infecção generalizada. Todo suporte foi dado à criança na nossa unidade", afirmou Thiago. Segundo ele, todos os atendimentos e prontuários referentes à passagem de Ian na unidade foram averiguados. "Vimos que as condutas realizadas pelos profissionais foram corretas diante do atendimento. Foi prestado todo o atendimento na unidade", pondera o diretor.

quinta-feira, 12 de abril de 2018

TJ-RO mantém condenação para prefeitura pagar R$ 102 mil a filhos que viram mãe morrer após erro médico

Prefeitura deverá pagar indenização de R$ 100 mil por danos morais e R$ 2,7 mil por danos materiais. Mulher foi internada com dores e náuseas e recebeu injeção inadequada.

Por Jeferson Carlos, G1 Ariquemes e Vale do Jamari
 
Decisão foi anunciada após votação de desembargadores (Foto: Toni Francis/G1)Decisão foi anunciada após votação de desembargadores (Foto: Toni Francis/G1)
Decisão foi anunciada após votação de desembargadores (Foto: Toni Francis/G1)
O Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO) manteve a condenação da prefeitura de Ariquemes (RO) por causa de um erro médico no Hospital Regional. Em 2013, uma paciente morreu após receber uma injeção errada na unidade. Por causa dessa morte, o poder executivo vai ter que pagar R$ 100 mil de danos morais e mais R$ 2,7 mil por danos materiais aos quatro filhos que viram a mãe morrer.
Conforme o judiciário, a paciente chegou a unidade com dores e náuseas e foi submetida a uma injeção inadequada ao organismo dela, o que a levou à morte. Em nota, a prefeitura diz que o caso ocorreu na gestão antiga e trabalha para que "erros não sejam cometidos" na unidade.
Segundo o TJ-RO, o município recorreu da decisão da 3ª Vara Cível da Comarca de Ariquemes, onde solicitava a anulação da sentença por não haver comprovação da culpa do médico que atuava no Hospital Regional, a comprovação do dano, nem o nexo causal.
Porém o relator da ação decidiu que a condenação foi correta, pois ficou comprovado, durante o processo, que a responsabilidade do município se decorreu em referência ao erro dentro do hospital público, por ato praticado por um profissional médico na medicação injetável de forma indevida, que foi a causa determinante da morte da paciente.
Com a condenação mantida, o município deve indenizar os familiares, pois o falecimento da vítima "retirou de forma repentina o convívio com os filhos, gerando tristezas e abalos psicológicos".
Os desembargadores decidiram, em unanimidade, julgar improcedente o recurso de apelação movido pela prefeitura do município. Desta forma, a indenização a ser paga pelo município será dividida entre os quatro filhos órfãos. A decisão ainda cabe recurso por parte da prefeitura.

Caso

A mãe dos autores do processo começou a sentir dores abdominais e náuseas no dia 18 de junho de 2013 e acionou o Corpo de Bombeiros, que a socorreu até o Hospital Regional de Ariquemes. Na unidade, um médico informou a um dos filhos que a paciente havia sido medicada e que ficaria internada em estado de observação para controlar a pressão alta e o diabetes.
No fim do dia, a paciente disse que não sentia mais dores, mas o médico orientou que ela permanecesse internada e recebendo a medicação. A filha da mulher deixou o hospital e um irmão ficou na companhia da mãe, onde descobriu que genitora havia morrido no fim da noite.
Em juízo, o filho disse que conversava com outra paciente da enfermaria quando uma enfermeira adentrou no local, aplicou uma medicação em uma paciente e em seguida começou a aplicar uma medicação na mãe dele.
Atendimento errado aconteceu em 2013, em hospital de Ariquemes (Foto: Rede Amazônica/Reprodução)Atendimento errado aconteceu em 2013, em hospital de Ariquemes (Foto: Rede Amazônica/Reprodução)
Atendimento errado aconteceu em 2013, em hospital de Ariquemes (Foto: Rede Amazônica/Reprodução)
Entretanto, logo após a aplicação, a paciente passou mal e morreu. Alguns médicos compareceram e chamaram a atenção da enfermeira pelo fato da paciente não ter nenhum medicamento a ser injetado naquele horário, o que caracterizava o erro médico.
Ao serem ouvidos no processo, os profissionais médicos relataram que o prontuário mostrava a aplicação de medicação adequada. Eles ainda informaram que a paciente faleceu após uma crise convulsiva, em virtude de complicações naturais e graves, decorrentes da condição de saúde fragilizada pelo desenvolvimento de hipertensão arterial e diabetes.
Os quatro filhos entraram com a ação requerendo o pagamento de indenização em R$ 100 mil, pelo dano moral e R$ 2.794,16 pelos danos materiais em decorrência com as despesas com o funeral, pagamento da taxa do cemitério e pagamento da taxa da prefeitura.

Outro lado

Procurada pelo G1, a Procuradoria-Geral (PGM) de Ariquemes informou que apesar de o incidente ter ocorrido em uma gestão anterior, a administração atual trabalha para que os erros não sejam cometidos e emitiu uma nota sobre o caso.
“O município de Ariquemes informa que o caso ocorreu em 2013, sendo que, em 2014, a família ingressou com ação judicial, no intuito de auferir indenização em razão do triste infortúnio. Contudo, apenas em fevereiro de 2018, o Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia julgou o caso em 2° grau, condenando o município ao pagamento da indenização pleiteada.
Entendemos que uma ordem judicial deve ser obrigatoriamente cumprida. Ademais, não há indenização suficiente que possa aplacar a dor da família. Estamos trabalhando para garantir a evolução e melhoramento do sistema de saúde municipal, para que episódios como este venham ocorrer novamente”.
Fonte: G1

Médico é condenado por morte de paciente em 2012; pena não deve gerar prisão

Detenção de dois anos deverá ser substituída por punição alternativa. Cirurgião já tem outra condenação e é acusado de outros dois crimes.

Por G1 DF
 
Ataques a equipamentos essenciais podem paralisar atendimentos de emergência, adulterar exames e induzir médicos a erros ou mesmo impedir que pacientes sejam medicados (Foto: Vinicius Marinho/Fiocruz Imagens)Ataques a equipamentos essenciais podem paralisar atendimentos de emergência, adulterar exames e induzir médicos a erros ou mesmo impedir que pacientes sejam medicados (Foto: Vinicius Marinho/Fiocruz Imagens)
Ataques a equipamentos essenciais podem paralisar atendimentos de emergência, adulterar exames e induzir médicos a erros ou mesmo impedir que pacientes sejam medicados (Foto: Vinicius Marinho/Fiocruz Imagens)
A Justiça do Distrito Federal condenou o médico gastroenterologista Sérgio Puttini a dois anos de detenção por homicídio culposo – ou seja, quando não há intenção de matar – da paciente Marlene Pereira de Medeiros. A vítima morreu em 2012, após uma cirurgia de retirada da vesícula biliar com o médico. Os juízes consideraram que Puttini foi negligente no procedimento.
Como a pena é inferior a cinco anos, a reclusão será substituída por duas penas alternativas – multa, serviço comunitário ou restrição de direitos, por exemplo. A forma de cumprimento ainda será definida pela Vara de Execuções Penais.
O Ministério Público do DF já anunciou que irá recorrer da decisão, na tentativa de ampliar a pena. O G1 procurou o advogado de Puttini para saber se a defesa também recorrerá, mas ele não foi localizado até o fechamento desta reportagem.
Esta é a segunda vez que Puttini sofre revés na Justiça. Em dezembro de 2015, ele foi condenado a um ano e quatro meses pela morte de outra paciente após a realização de uma laparotomia (abertura da cavidade abdominal).

Crime

Ministério Público do Distrito Federal (Foto: Raquel Morais/G1)Ministério Público do Distrito Federal (Foto: Raquel Morais/G1)
Ministério Público do Distrito Federal (Foto: Raquel Morais/G1)
O crime ocorreu em novembro de 2012. Segundo a Promotoria de Justiça Criminal de Defesa dos Usuários dos Serviços de Saúde (Pró-vida), o acusado danificou o sistema biliar e arterial hepático da vítima por conta de manipulação cirúrgica indevida, durante a retirada da vesícula.
Segundo familiares da vítima, após a alta, Marlene começou a reclamar de fortes dores. Os parentes entraram em contato com o médico, que disse que os sintomas eram parte do quadro pós-operatório.
Durante vários dias, ela permaneceu sem acompanhamento médico, mesmo apresentando sintomas preocupantes.
A vítima precisou ser internada novamente e passou por outros quatro procedimentos cirúrgicos com o mesmo médico. A família ainda recorreu a outro profissional que fez mais três cirurgias na paciente, mas ela não resistiu à falência múltipla dos órgãos.

Histórico de falhas

Pesquisadores encontraram falhas de segurança em robôs usados para procedimentos cirúrgicos à distância (Foto: SRI International/Wikimedia Commons)Pesquisadores encontraram falhas de segurança em robôs usados para procedimentos cirúrgicos à distância (Foto: SRI International/Wikimedia Commons)
Pesquisadores encontraram falhas de segurança em robôs usados para procedimentos cirúrgicos à distância (Foto: SRI International/Wikimedia Commons)
Especializado em cirurgia do aparelho digestivo, Sérgio Puttini é acusado de causar a morte de quatro pacientes em 2001, 2009, 2011 e 2012. De acordo com laudos médicos apresentado por familiares ao Ministério Público, as vítimas sofreram hemorragias e infecções por causa de uma suposta negligência do médico — que nega o erro.
O registro profisisonal do médico foi cassado pelo Conselho Regional de Medicina (CRM) em março de 2013. Desde então, ele está proibido de trabalhar.
Veja mais notícias da região no G1 DF.
Fonte:G1