sábado, 1 de junho de 2013

'Erros médicos são comuns na rede pública particular', diz especialista


Nesta sexta-feira (31), fez duas semanas da morte da menina Luana Mesquita, 8 anos, que morreu no último dia 17 no Hospital do Satélite, Zona Leste de Teresina, após receber soro glicosado na veia. A direção do hospital afirmou que o médico não tinha como saber que a criança tinha diabetes e por isso não errou. Mas casos de erros médicos são comuns tanto na rede pública quanto na particular. Há quatro anos, o militar Francisco Wellington foi vítima de erro médico. Tudo aconteceu quando ele foi submetido a um exame delicado conhecido como vídeo colonoscopia, em poucos dias apresentou um quadro de infecção e, o sofrimento durou cerca de três meses. Por conta do erro ele foi submetido à outra cirurgia para colocação de uma bolsa na alça intestinal. “Foram dias de sufoco e agonia. O normal seria não acontecer o erro, porque afinal de contas os médicos estão cuidando de vidas. Quando a pessoa não morre. Por trás de um erro médico, há sempre uma dor irreparável e uma longa espera por respostas”, disse. Socorro Mesquita, mãe de Luana, contou que somente após o óbito da filha é que os médicos fizeram um exame de sangue para investigar a suspeita, foi aí que eles chegaram a conclusão de que a menina tinha diabetes. “Quando colocaram o primeiro soro, ela começou a passar mal, falamos com uma funcionária que simplesmente disse que era normal”, relatou. Há anos o advogado Fábio Holanda, estuda casos sobre erros médicos, ele acredita que uma série de fatores contribui para que essa situação aconteça. “Falha humana, falta de estrutura e a conscientização por parte da própria população”, explicou. O advogado afirmou que muitos pacientes ainda resistem em procurar seus direitos. “Por falta de conhecimento e ainda aquela concepção que o médico é incapaz de errar”, alertou Holanda. Para quem foi vítima e sofreu na pele os efeitos de um erro médico não se conforma com a situação. “Está faltando mais compromisso, pois quando os médicos se formam fazem um juramento para preservar a vida independente da situação financeira de cada um”, reclamou o militar. Já para a mãe de Luana, que perdeu a única filha por um descuido banal é difícil aceitar a perda. “A minha vida agora vai ser sonhar com ela todos os dias e imaginar que um dia irei reencontra-la”, finalizou Socorro. O presidente da Fundação Hospitalar de Teresina, Aderivaldo Andrade, disse que abriu processo administrativo para apurar se houve falha por parte dos médicos e do hospital. De acordo com a assessoria de comunicação do Conselho Regional de Medicina do Piauí, até o momento a família não procurou a entidade e que este ano nenhum médico foi afastado ou teve o registro cassado, mas o conselho apura todas as denúncias. Fonte :G1 http://glo.bo/16xdVUk

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