quinta-feira, 12 de maio de 2011

Governo pune médicos que atendem por plano de saúde; entidades reagem

Edição do dia 11/05/2011






11/05/2011 09h04 - Atualizado em 11/05/2011 09h04

Governo pune médicos que atendem por plano de saúde; entidades reagem

O governo acusa as entidades que representam os médicos de pressionar os planos de saúde e proibiu práticas que considera abusivas.

imprimir Deu o que falar a decisão do Ministério da Justiça de punir os médicos credenciados a planos de saúde que fizeram uma paralisação. Nessa briga, ficou claro que o paciente não pode ser prejudicado.



Os médicos reagiram à decisão do Ministério da Justiça, que pediu punição para o Conselho Federal de Medicina, a Associação Médica Brasileira e a Federação Nacional dos Médicos. O governo acusa as entidades de estimular o uso de uma tabela única de preços e de apoiar boicotes. Os médicos querem aumento do valor das consultas pagas pelos convênios. Os planos de saúde alegam que já deram reajustes acima da inflação. O consumidor continua sendo mal atendido.



A supervisora operacional Verônica Marinho paga plano de saúde. Grávida de sete meses, ela ainda não conseguiu encontrar um médico que faça o parto pelo convênio.



“Hoje, por exemplo, liguei no medico e não atende mais o convênio. Outro eu ligo, e eles têm vaga para junho ou julho. Ou seja, minha criança nasce em julho, eu ainda tenho de aguardar ate lá. Mas se for particular eles têm vaga para amanhã”, comentou.



Por que os médicos têm tantas restrições aos planos de saúde? A resposta está no valor pago pelas operadoras. A maior parte repassa entre R$ 25 e R$ 40 por uma consulta. “Os honorários que nos pagam, esses sim são imorais. Se concordamos que há imoralidade, é nela que temos que agir”, declarou José Amaral, presidente da Associação Médica Brasileira.



A federação das operadoras, em uma audiência na Câmara dos Deputados, afirmou que nos últimos oito anos o reajuste médio das consultas variou entre 80% e 116%. “[Para dar mais], tem de haver rearranjo. Se você fizer isso, de onde você tira? Vai colocar no consumidor?”, indagou José Ceckin, diretor da Fenasaúde.



O governo acusa as entidades que representam os médicos de pressionar os planos de saúde e proibiu práticas que considera abusivas. A justificativa é proteger o consumidor e a livre concorrência.



Os médicos que atendem por plano de saúde estão proibidos de adotar uma tabela única de preços pelos serviços prestados e de fazer boicote, como descredenciamento coletivo. Eles não podem mais cobrar taxas extras.



“Não é possível que o consumidor pague um plano de saúde e que, quando ele vai ao médico, o médico diga: ‘Olha, o plano está me pagando muito pouco. Então, eu vou cobrar além do que o plano vai me pagar. Eu vou cobrar uma taxa extra de você’”, afirmou Vinicius Carvalho, o secretário de Direito Econômico do Ministério da Justiça.

Edição do dia 11/05/2011




11/05/2011 09h04 - Atualizado em 11/05/2011 09h04

Governo pune médicos que atendem por plano de saúde; entidades reagem

O governo acusa as entidades que representam os médicos de pressionar os planos de saúde e proibiu práticas que considera abusivas.

imprimir Deu o que falar a decisão do Ministério da Justiça de punir os médicos credenciados a planos de saúde que fizeram uma paralisação. Nessa briga, ficou claro que o paciente não pode ser prejudicado.



Os médicos reagiram à decisão do Ministério da Justiça, que pediu punição para o Conselho Federal de Medicina, a Associação Médica Brasileira e a Federação Nacional dos Médicos. O governo acusa as entidades de estimular o uso de uma tabela única de preços e de apoiar boicotes. Os médicos querem aumento do valor das consultas pagas pelos convênios. Os planos de saúde alegam que já deram reajustes acima da inflação. O consumidor continua sendo mal atendido.



A supervisora operacional Verônica Marinho paga plano de saúde. Grávida de sete meses, ela ainda não conseguiu encontrar um médico que faça o parto pelo convênio.



“Hoje, por exemplo, liguei no medico e não atende mais o convênio. Outro eu ligo, e eles têm vaga para junho ou julho. Ou seja, minha criança nasce em julho, eu ainda tenho de aguardar ate lá. Mas se for particular eles têm vaga para amanhã”, comentou.



Por que os médicos têm tantas restrições aos planos de saúde? A resposta está no valor pago pelas operadoras. A maior parte repassa entre R$ 25 e R$ 40 por uma consulta. “Os honorários que nos pagam, esses sim são imorais. Se concordamos que há imoralidade, é nela que temos que agir”, declarou José Amaral, presidente da Associação Médica Brasileira.



A federação das operadoras, em uma audiência na Câmara dos Deputados, afirmou que nos últimos oito anos o reajuste médio das consultas variou entre 80% e 116%. “[Para dar mais], tem de haver rearranjo. Se você fizer isso, de onde você tira? Vai colocar no consumidor?”, indagou José Ceckin, diretor da Fenasaúde.



O governo acusa as entidades que representam os médicos de pressionar os planos de saúde e proibiu práticas que considera abusivas. A justificativa é proteger o consumidor e a livre concorrência.



Os médicos que atendem por plano de saúde estão proibidos de adotar uma tabela única de preços pelos serviços prestados e de fazer boicote, como descredenciamento coletivo. Eles não podem mais cobrar taxas extras.



“Não é possível que o consumidor pague um plano de saúde e que, quando ele vai ao médico, o médico diga: ‘Olha, o plano está me pagando muito pouco. Então, eu vou cobrar além do que o plano vai me pagar. Eu vou cobrar uma taxa extra de você’”, afirmou Vinicius Carvalho, o secretário de Direito Econômico do Ministério da Justiça.



A categoria protestou contra as medidas. “É autoritário. É um atentado à democracia. Vamos responder”, declarou Aloísio Tibiriçá Miranda, vice-presidente do Conselho Federal de Medicina.



Se desobedecerem as medidas, a Associação Médica Brasileira, a Federação Nacional dos Médicos e o Conselho Federal de Medicina podem ser multados.



A categoria protestou contra as medidas. “É autoritário. É um atentado à democracia. Vamos responder”, declarou Aloísio Tibiriçá Miranda, vice-presidente do Conselho Federal de Medicina.



Se desobedecerem as medidas, a Associação Médica Brasileira, a Federação Nacional dos Médicos e o Conselho Federal de Medicina podem ser multados.


O governo acusa as entidades que representam os médicos de pressionar os planos de saúde e proibiu práticas que considera abusivas.

imprimir Deu o que falar a decisão do Ministério da Justiça de punir os médicos credenciados a planos de saúde que fizeram uma paralisação. Nessa briga, ficou claro que o paciente não pode ser prejudicado.



Os médicos reagiram à decisão do Ministério da Justiça, que pediu punição para o Conselho Federal de Medicina, a Associação Médica Brasileira e a Federação Nacional dos Médicos. O governo acusa as entidades de estimular o uso de uma tabela única de preços e de apoiar boicotes. Os médicos querem aumento do valor das consultas pagas pelos convênios. Os planos de saúde alegam que já deram reajustes acima da inflação. O consumidor continua sendo mal atendido.



A supervisora operacional Verônica Marinho paga plano de saúde. Grávida de sete meses, ela ainda não conseguiu encontrar um médico que faça o parto pelo convênio.



“Hoje, por exemplo, liguei no medico e não atende mais o convênio. Outro eu ligo, e eles têm vaga para junho ou julho. Ou seja, minha criança nasce em julho, eu ainda tenho de aguardar ate lá. Mas se for particular eles têm vaga para amanhã”, comentou.



Por que os médicos têm tantas restrições aos planos de saúde? A resposta está no valor pago pelas operadoras. A maior parte repassa entre R$ 25 e R$ 40 por uma consulta. “Os honorários que nos pagam, esses sim são imorais. Se concordamos que há imoralidade, é nela que temos que agir”, declarou José Amaral, presidente da Associação Médica Brasileira.



A federação das operadoras, em uma audiência na Câmara dos Deputados, afirmou que nos últimos oito anos o reajuste médio das consultas variou entre 80% e 116%. “[Para dar mais], tem de haver rearranjo. Se você fizer isso, de onde você tira? Vai colocar no consumidor?”, indagou José Ceckin, diretor da Fenasaúde.



O governo acusa as entidades que representam os médicos de pressionar os planos de saúde e proibiu práticas que considera abusivas. A justificativa é proteger o consumidor e a livre concorrência.



Os médicos que atendem por plano de saúde estão proibidos de adotar uma tabela única de preços pelos serviços prestados e de fazer boicote, como descredenciamento coletivo. Eles não podem mais cobrar taxas extras.



“Não é possível que o consumidor pague um plano de saúde e que, quando ele vai ao médico, o médico diga: ‘Olha, o plano está me pagando muito pouco. Então, eu vou cobrar além do que o plano vai me pagar. Eu vou cobrar uma taxa extra de você’”, afirmou Vinicius Carvalho, o secretário de Direito Econômico do Ministério da Justiça.



A categoria protestou contra as medidas. “É autoritário. É um atentado à democracia. Vamos responder”, declarou Aloísio Tibiriçá Miranda, vice-presidente do Conselho Federal de Medicina.



Se desobedecerem as medidas, a Associação Médica Brasileira, a Federação Nacional dos Médicos e o Conselho Federal de Medicina podem ser multados.

Veja o vídeo no link abaixo
http://glo.bo/ju9kFT

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